Desde 1995 o CPTEC (Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos) tem disponibilizado
à sociedade spanersos resultados de modelos numéricos
de previsão de tempo. O grande número de pesquisas
possibilitou o aumento da confiabilidade dos modelos, gerando
maior interesse de empresas nas spanersas áreas: agricultura,
indústria, transporte, geração e transmissão
de energia, comércio, turismo, educação
entre outras.
A procura dos meios de comunicação, escolas
e universidades pelas informações meteorológicas,
vem crescendo, consideravelmente. Dos atendimentos à
imprensa feitos pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), 80% são dirigidos ao CPTEC. São
atendidos, em média, entre televisão, jornal,
rádio e internet 15 contatos, diariamente. Com relação
às visitas de escolas e universidades, o CPTEC recebe,
em média, dez visitas por mês.
Por ser recente a spanulgação meteorológica
na mídia, a linguagem utilizada pelo meteorologista
não é apropriada à linguagem jornalística,
fazendo-se necessária à edição
do material para spanulgação, o que pode descaracterizar
o conteúdo. Para isso, esse glossário visa abordar
as principais áreas de meteorologia e de meio ambiente
tendo como desafio a adequação da linguagem
técnica para uma forma simplificada ao atendimento
a essas instituições. Isso deverá ser
feito com a pesquisa dos conceitos meteorológicos junto
aos meteorologistas e pesquisadores do CPTEC, livros e artigos
da área.
Este desenvolvimento dar-se-á através de ferramentas
para análises dos conceitos meteorológicos de
fácil entendimento ao público alvo, permitindo
que a interação sujeito / objeto ocorra de forma
clara e incontestável.
O propósito desde projeto vem ao encontro com esta
necessidade de facilitar as relações de manipulação
entre educadores, educandos e pesquisadores e os meios de
comunicação para as novas tecnologias disponíveis.
O principal objetivo e produtos esperados do trabalho, será
além de material de spanulgação impressa,
na internet e para os meios de comunicação,
a elaboração de um Glossário Meteorológico
para acesso das escolas, universidades e usuários dos
produtos do CPTEC.
Registros históricos mostram o
surgimento da previsão de tempo no período das
cavernas, com os homens primitivos, há milhões
de anos.
Um homem primitivo observou umas nuvens negras ao horizonte,
um bando de pássaros no céu; apanhou um punhado
de terra e lançou-a ao alto para saber a direção
do vento. Esta atitude tão “simples” ao
nosso ver deu início a história de um dos estudos
de maior importância no crescimento e desenvolvimento
de um país.
Já nessa época saber tudo o que pudesse sobre
o tempo era mais que uma descoberta, mas uma questão
de sobrevivência pois, a partir, desses conhecimentos
saberiam como e quando caçar. Esse homem das cavernas
não deixou nenhuma indicação de conhecimentos
concretos sobre a atmosfera.
A meteorologia era pouco conhecida até mesmo pelas
civilizações mais adiantas. A população
egípcia tinha grande preocupação com
o Rio Nilo, porém pouco se sabia sobre meteorologia
já que o clima quase não variava durante o ano.
Durante toda a Antiguidade as chuvas, ventos e tempestades
entre outros eram consideradas obras dos deuses e qualquer
tipo de pergunta eram considerada sacrilégio.
Já no Novo Testamento a previsão de tempo surgiu
através da palavra de Deus como na passagem em que
Elias disse a Jô: “ ...do sul vem o tufão
e do norte vem o frio...”. Assim aconteceu com Noé
que previu 40 dias de chuvas e com José que através
de um sonho previu sete anos de abundância e sete anos
de fome no Egito.
Os babilônios há seis mil anos deixaram vestígios
sobre estudos, mas cientificamente, foram os gregos os primeiros
a estudar a atmosfera alguns séculos mais tarde.
Um dos mais brilhantes pensadores gregos de todos os tempos,
Aristóteles, foi quem mais estudou a meteorologia.
O sábio estudou as nuvens, a chuva, o vento, o trovão,
o orvalho e as condições de tempo associadas.
Chegou a escrever um livro chamado “Meteorologia”
cujo significado é “coisas acima da Terra”
. Por falta de alguns instrumentos como termômetro,
barômetro tão utilizados hoje, Aristóteles
cometeu alguns erros, mas muitos acertos. Mesmo sem instrumentos,
como já foi dito, foi capaz de previsão precisa
sobre as chuvas.
O livro de Aristóteles não caiu no gosto popular
e Teofrasto, outro grego, que utilizando-se da leitura de
“ Meteorologia” escreveu “ O livro dos Sinais”
bem ao gosto popular da época. Neste, relatava oito
maneiras de previsão de chuvas e centenas de provérbios
sobre previsão de tempo, muitas dessas regras hoje
absurdas. Tudo o que gregos e romanos precisavam fazer para
saber sobre tempo era abrir o livro na página certa.
Só na Idade Média, considerada a Idade das Trevas
é que a meteorologia voltou a marcar passo.
Até o renascimento a obra de Aristóteles foi
a última palavra em meteorologia o que o denominou
o pai da Meteorologia.
Com tudo isso a previsão de tempo só foi estabelecida
em meados do século XVIII pelo cientista francês
Jean Baptiste de Monet.
Como vimos antes a previsão de
tempo sempre preocupou o homem desde a antiguidade. Contudo,
as previsões de tempo só começaram a
serem feitas em forma sistemática na Europa no final
do século XIX. Naquela época, a Meteorologia
era uma ciência basicamente observacional, as previsões
possuíam pouca confiabilidade e eram feitas para um
prazo máximo de 24 horas.
Com a Segunda Guerra Mundial, a meteorologia teve um grande
avanço devido à necessidade de determinar rotas
de vôo e navegação, assim como definir
estratégias militares. Neste período, foram
realizadas as primeiras sondagens atmosféricas, permitindo
descobrir a estrutura e funcionamento da alta atmosfera e
sua grande influência sobre o estado do tempo. O radar
meteorológico foi desenvolvido a partir do radar militar,
pois em dias de chuva as imagens ficavam mais difusas. Estas
melhoras na observação atmosférica, complementadas
décadas depois pelo desenvolvimento dos satélites
meteorológicos, foram acompanhadas pelo surgimento
de novas teorias que tinham a finalidade de explicar o funcionamento
dos sistemas de tempo.
Nesta época, a previsão baseava-se na observação
da atmosfera manualmente representada em mapas meteorológicos.
A partir destes dados, os previsores prognosticavam o movimento
dos sistemas meteorológicos, utilizando a sua experiência
e algumas metodologias simples. Portanto, a confiabilidade
destas previsões era baixa e com prazo máximo
de 36 horas.
A atmosfera, como sistema físico,
é regida por um sistema de equações matemáticas
que deriva da segunda lei de Newton e do desenvolvimento do
cálculo diferencial (Século XVIII). Porém,
o sistema de equações que determina o movimento
da atmosfera é muito complexo e não pode ser
resolvido de forma exata e analítica exigindo algumas
aproximações. No início do século
houve uma tentativa de resolver estas equações
manualmente: milhares de pessoas demoram maus de 48 horas
para fazer uma previsão de 24 horas, obtendo resultados
desastrosos. A partir disto, os meteorologistas perceberam
a grande necessidade de realizar operações numéricas
mais rápidas e de contar com um sistema de equações
mais simplificado e eficiente.
Uma invenção do computador ba década
de 50 possibilitou rodas pela primeira vez previsões
de tempo em forma numérica, surgindo os primeiros “modelos
atmosféricos”. Os primeiros modelos eram muito
simples e representavam a atmosfera composta por uma única
camada como se fosse um oceano de ar. Gradativamente, com
o desenvolvimento de computadores mais rápidos e eficientes,
os modelos numéricos ficaram mais precisos e completos.
Já nas décadas de 70 e 80, a Europa e Estados
Unidos possuíam modelos relativamente sofisticados,
embora no Brasil, as previsões ainda eram feitas em
forma subjetiva, aproveitando as informações
de modelos rodados no exterior.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC) começou a ser idealizado em meados dos anos
80, quando pesquisadores e o próprio governo brasileiro
tomaram consciência da necessidade de o país
sair do atraso na previsão de tempo. Nesta época,
países mais avançados já dominavam há
anos metodologias de previsão meteorológica
com uso de supercomputadores.
Meteorologia de primeiro mundo - Com a inauguração
do CPTEC, em novembro de 1994, houve uma rápida e contínua
modernização da meteorologia brasileira.
Atualmente, o Brasil iguala-se aos países mais avançados
na previsão de tempo e, principalmente, na previsão
climática, área de atividade restrita a um seleto
grupo de oito países.
Antes da criação do CPTEC, as previsões
de tempo eram fornecidas para até um dia e meio de
antecedência, com índice de 60% de acerto. Hoje
as previsões são geradas para até 15
dias, com 98% de acerto para as 48 h, chegando a 70% com cinco
dias. A tendência, com a operação da terceira
geração de supercomputadores do CPTEC, é
de que as previsões alcancem períodos mais longos,
mantendo a confiabilidade.
A constante atualização do sistema computacional
tem permitido não somente previsões mais confiáveis,
mas também de melhor qualidade para microrregiões.
O modelo regional do CPTEC já chega a uma resolução
de 20 quilômetros. Isto significa ter capacidade para
gerar previsões de tempo com maior grau de detalhamento
para cidades próximas como São Paulo e cidades
da região do Grande ABC.
As previsões climáticas, fornecidas com até
três meses de antecedência, também têm
demonstrado importância estratégica no planejamento
de atividades econômicas e sociais. A previsão
de eventos naturais como El Nino ou La Niña que provocam
chuvas intensas e seca para regiões diferentes do País,
tem auxiliado governos de diferentes esferas em ações
para atenuar danos materiais e perdas humanas.
Em meados de 2002 iniciou-se os estudos de meio ambiente e
hoje já com o supercomputador SX-6, da NEC, adquirido
em 2003, iniciou-se uma nova etapa na pesquisa e na previsão
climática, possibilitando rodar modelos que projetem
diferentes cenários climáticos para até
100 anos, a partir da simulação de diferentes
situações ambientais. No caso da Amazônia
será possível inferir como será o clima
desta região com o avanço do desmatamento.
Tendo a responsabilidade tecnológica
de prover informações meteorológicas
cada vez mais confiáveis, refinadas e mais especializadas,
o CPTEC contratou o fornecimento de um novo e potente sistema
computacional que integra as melhores característica
de processamento de altíssimo desempenho existentes:
um cluster com 12 supercomputadores NEC SX6. Este sistema
se apresenta com o desafiante paradigma de programação
em memórias compartilhadas e distribuídas. Este
grande desafio vem no momento em que o CPTEC encontra-se plenamente
preparado para enfrentá-lo.
O primeiro lote (ou primeira parte do SX6) chegou em agosto
de 2002 e foi inaugurado em dezembro do mesmo ano, e já
trouxe uma enorme vantagem ao país com relação
à melhoria na qualidade de previsões de tempo
e clima. Este novo conceito permitiu, além do aumento
da resolução dos modelos, também a produção
de prognósticos climáticos mais confiáveis
através da técnica de execução
do modelo global em spanersos membros (chamado "emsemble")
que já estava sendo executado com o SX4 (supercomputador
NEC com oito processadores - 1998 até 2004).
Espera-se também os avanços utilizando modelos
regionais na previsão de longo prazo (chamado de Eta
Climático) e o avanço nas áreas de cenários
de mudanças climáticas. O Brasil começou
seus estudos, nessa área, em agosto de 2003 com a criação
de uma spanisão de Clima e Meio Ambiente.
Até 2004 o CPTEC/INPE possuía 4 (quatro) Supercomputadores
SX6 com 32 processadores, 256GIGAFLOPS de desempenho, com
128GIGABYTES de memória e 70 TETRABYTES de disco.
O segundo lote (ou o SX6 Completo) classificou o Brasil como
um país de alto desempenho em Supercomputação,
em comparação com países de destaque
nessa área no mundo. Com o SX6 completo somos o maior
país do Hemisfério Sul, em Supercomputação,
e os meteorologistas podem seguir seu desafio: "Meteorologia
sempre a serviço da Sociedade", com muito mais
confiabilidade e equilíbrio.
O SX6 do CPTEC em números:
- 12 Supercomputadores SX6;
- 96 processodores;
- 768 GFLOPS de performace de pico;
- 768 GBYTES de Memória;
- 16 TBYTES de disco;
- 49.470 metros de cabos;
- Peso total: 13.500 quilos;
- Área para instalação: 12 x 12 metros.
Com tudo isso a confiabilidade das previsões passaram
a ser 100% em 24 horas chegando em torno de 70% com 5 dias
de antecedência.
Antigamente a previsão era feita somente com as análises
observacionais e imagens de satélite e o meteorologista
conseguia acompanhar os sistema e prever até 48 horas
no máximo. Com o evento de previsões numéricas
(simulação matemática) temos agora uma
ferramenta para acompanhar e prever até 15 dias com
confiabilidade.
A previsão de tempo é o
produto que chega para o usuário depois de várias
análises feitas pelos meteorologistas. Por de traz
desse resultado existe muitas operações matemáticas
e análises que são necessárias para a
interpretação do que poderá acontecer.
O meteorologista necessita saber como está a atmosfera
no momento em que se reúnem e avaliam o comportamento,
através de diagnósticos de imagem de satélite,
cartas de superfícies e dados observados. Esses dados
observados são um chute inicial para uma simulação
matemática do que a atmosférica esta vendo para
o estado futuro. A previsão numérica de tempo
é utilizada como uma das mais importantes ferramentas
da meteorologia nos últimos anos.
Temos que analisar todas as ferramentas e discutir com vários
pesquisadores e meteorologistas para se obter, uma previsão
de consenso e assim disponibilizá-la para o usuário.
Para se fazer uma simulação numérica
é necessário equipamentos com características
e qualidade, por isso, a necessidade de supercomputadores
que possam fazer os cálculos matemáticos, rapidamente,
e disponibilizar para análise dos meteorologistas.
O processamento operacional diário
é controlado e produtos finais são gerados por
dois grupos de meteorologistas operacionais. O grupo "Meteorologia
Operacional" (METOP) monitora a rotina do processamento
do modelo global do CPTEC e mantém os arquivos de previsão
numérica atualizados. A fim de monitorar o desempenho
das previsões do modelo global e identificar seus erros
sistemáticos, são efetuadas comparações
subjetivas e objetivas das previsões com a análise
da carta de superfície, imagens de satélite
e dados observacionais. Nas comparações são
utilizados métodos estatísticos como correlações
entre a anomalia da previsão e a anomalia da análise.
O objetivo maior desse grupo operacional é a interação
com os pesquisadores de modelagem, para que estes possam aprimorar
o modelo global através de novas técnicas de
parametrizações dos spanersos processos físicos.
Para tanto, são feitas discussões diárias
sobre as diferenças das previsões (acertos e
erros) do modelo global do CPTEC em relação
às análises. Esse grupo também prepara
os boletins técnicos direcionados a pessoas ligadas
à área de meteorologia que tenham acesso à
INTERNET.
O grupo de "Produtos Meteorológicos" (PROMET)
acessa os resultados do modelo global, disponíveis
no ambiente computacional interno, para spanulgação
e disseminação da previsão de tempo,
principalmente nas formas gráfica e textual de avaliação.
O Modelo de Circulação Geral
da Atmosfera (MCGA) do CPTEC tem sido utilizado para a realização
de previsão climática, no CPTEC, desde janeiro
de 1995. As previsões são realizadas mensalmente
e são usadas quatro condições iniciais
de quatro dias consecutivos do meio do mês. Para cada
condição inicial, o MCGA é integrado
duas vezes, uma com condições de contorno inferior
dadas por valores climatológicos da Temperatura da
Superfície do Mar (TSM) e outra com TSMs observadas
entre a data da condição inicial até
o mês no qual está sendo feita a integração,
e anomalias de TSM persistidas para os meses de previsão.
São feitas médias das diferenças entre
as integrações de previsão-controler
para fornecer a previsão do conjunto, para 4 meses.
Os resultados mensais e trimestrais são analisados,
com os destaques para as previsões sazonais.
Clima: constitui o estado médio
e o comportamento estatístico da variabilidade dos
parâmetros do tempo (temperatura, chuva, vento, etc.)
sobre um período, suficientemente, longo de uma localidade.
O período recomendado é de 30 anos.
Tempo: conjunto de condições atmosféricas
e fenômenos meteorológicos que afetam a biosfera
e a superfície terrestre em um dado momento e local.
Temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade,
etc., formam o conjunto de parâmetros do tempo.
A teoria de maior aceitação
sobre a formação da atmosfera é a de
que ela nunca sucedeu aos planetas mas, ao contrário,
desenvolveu-se a partir dos materiais que estavam neles. Estas
matérias-primas dos constituintes gasosos da atmosfera
foram aprisionados nos estágios iniciais da formação
planetária, em bolsões no material original,
ou combinadas em substâncias mais complexas como carbonatos
de cálcio. Quando cessaram os bombardeios planetários
e o aquecimento interno dos novos planetas começou
a se desenvolver, estes gases foram liberados. Grande parte
dos átomos e moléculas eram muito pesados para
escapar à atração gravitacional local
do planeta e, portanto, permaneceram por ali e formaram a
atmosfera. Muitos gases mais leves, como o hidrogênio,
puderam escapar para o espaço.
Atualmente visualizamos um Planeta Terra muito diferente em
nosso longínquo passado primordial que a que vemos
hoje: um planeta recém formado com uma atmosfera consistindo
principalmente em nitrogênio e dióxido de carbono,
e uma pequena quantidade de hidrogênio. Nos oceanos
primitivos da antiga Terra, uma sopa primordial de compostos
orgânicos começava a se agitar. A concorrência
de raios atmosféricos iniciou a formação
de aminoácidos, blocos estruturais essenciais para
a vida fundamentada no átomo de carbono. O oxigênio,
gás volátil necessário para a maioria
das formas de vida que conhecemos hoje, não existia
em estado livre na atmosfera do planeta até bem recentemente,
há 2 bilhões de anos.
Tendo ficado a química do planeta em cozimento por
alguns bilhões de anos, o oxigênio, que tinha
sido originalmente liberado e em seguida aprisionado nos oceanos
e em rochas ricas em cálcio, começou a ser liberado
novamente, à medida que o calor quebrava as ligações
químicas que uniam o oxigênio a outros elementos.
Posteriormente, o oxigênio liberado difundiu-se até
as camadas superiores da atmosfera, onde encontrou intensa
radiação ultravioleta do Sol. Este processo
produziu a camada de ozônio. Esta camada de ozônio
serve como escudo para a ação nociva da radiação
ultravioleta. Há, aproximadamente, 450 milhões
de anos, o desenvolvimento do ozônio foi suficiente
para criar uma nesga de oportunidade que permitiu à
vida no solo fincar um ponto de apoio.
Essa foi a chave final para o estabelecimento permanente do
oxigênio em nossa atmosfera: a própria vida gera
o oxigênio da fotossíntese das plantas. A produção
de oxigênio era agora auto sustentada, e o suprimento
tornava-se cada vez mais rico à medida que o tempo
passava e a biomassa terrestre crescia exponencialmente. O
oxigênio era criado pela fotossíntese, e reabsorvido
nos oceanos e rochas. O dióxido de carbono era absorvido
pela flora e pelos oceanos e liberado novamente pela liberação
gasosa vulcânica. A terra começava uma progressão
cíclica de absorção, uso e liberação
que continua até os dias de hoje.
Conjunto visível de partículas
minúsculas de matéria como gotículas
d'água e/ou cristais de gelo, no ar. Uma nuvem se forma
na atmosfera como resultado da condensação do
vapor d'água.
Cirrus: nuvem isolada em forma de filamentos
brancos e delicados ou de bancos ou faixas estreitas, brancos
ou quase brancos. Esta nuvem tem aspecto fibroso como fios
de cabelo ou rabo de galo. O cirro é constituído
por cristais de gelo. Normalmente, visualizamos cirrus antes
de uma frente fria chegar, na linguagem popular é chamada
de “crista de galo”. É a nuvem mais alta
que se forma no céu, com exceção do topo
das bigornas de nuvens cumulunimbus (CB) que, ocasionalmente,
se formam em alturas excessivas.
Condição de tempo associada: tempo estável
com aproximação de áreas de instabilidade.
Normalmente, antes da chegada de uma frente fria observam-se
muitos cirros, também são observados sobre a
bigorna de cumulunimbus.
Cirruscumulus: banco, lençol ou camada
fina de nuvens brancas constituídas por elementos muito
pequenos em forma de grãos, rugas, ligados ou não;
Estas nuvens são constituídas quase que, exclusivamente,
por cristais de gelo; podem também existir gotículas
de água. O Cirroscumulus é transparente a ponto
de revelar a posição do Sol ou da Lua. Cria,
geralmente, um "céu escamado", ou seja, as
ondulações podem se parecer com escamas de peixe.
Condição de tempo associada: tempo estável
com aproximação de áreas de instabilidade.
Cirrustratus: véus nebulosos, transparentes
e esbranquiçados, de aspecto fibroso como de cabelo
liso que cobre total ou parcialmente o céu e produz
em regra fenômenos de Halo. O cirrustratos é,
principalmente, constituído por cristais de gelo. Esta
nuvem é uma boa precursora de precipitação,
indicando que isto pode ocorrer num prazo de 12 à 24
horas.
Condição de tempo associada: tempo estável.
Altostratus: lençol ou camada de nuvem
acinzentada ou branco azulado, de aspecto estriado, fibroso ou
uniforme, cobrindo inteiramente ou parcialmente o céu, mas com porções
menos espessas que deixam ver o Sol, pelo menos vagamente (como
através de um vidro fosco).
Condição de tempo associada: normalmente, se formam na frente de
tempestades com chuva ou neve contínua. Ocasionalmente, a chuva pode
partir de um Altostratus, e se esta chega ao solo, a nuvem pode se
classificar Nimbostratus.
Altocumulus: banco, lençol ou
camada de nuvens brancas ou acinzentas, ou simultaneamente brancas e
acinzentas, formada por elementos com o aspecto de pequenas lâminas,
glóbulos, rolos, etc., de aspecto muitas vezes, parcialmente fibroso,
soldados ou não e geralmente com sombra própria. Na maior parte das
vezes os elementos atingem uma largura aparente compreendida entre 1 a
5 graus; estão regularmente dispostos e encontram-se afastados o
suficiente para permitir ver o azul do céu entre eles, quando
observados de baixo.
Condição de tempo associada: altocumulus ocorrem em
várias camadas distintas, simultaneamente e, raramente produzem chuva
que alcançam o solo.
Stratus: camada nebulosa, cinzenta, de
base uniforme e definida. São constituídos por
gotículas de água e quando espessos, podem conter
gotículas de chuvisco. Podem ser tão tênues
que permitem distinguir, nitidamente, o contorno do Sol ou
da Lua.
Condição de tempo associada: quando produzem
precipitação é sempre em forma de chuvisco.
Estas nuvens podem se formar muito próximo do solo,
produzindo restrição da visibilidade horizontal
semelhante a um nevoeiro denso.
Stratoscumulus: camada de nuvens cinzentas
ou esbranquiçadas, quase sempre com porções
escuras, constituídas por massas em mosaico, glóbulos,
rolos etc., de aspecto não fibroso, ligadas ou não.
Condição de tempo associada: mantém o
céu nublado e por muitas vezes com chuva fraca e contínua.
Geralmente, são formadas quando há uma forte
circulação marítima (ventos vindos do
Oceano ou de sudeste/leste).
Nimbustratos: nuvem típica
da formação de chuva. Muitas vezes, sua base
não pode ser vista devido ao peso da precipitação.
Geralmente, estão associadas às condições
climáticas do outono e do inverno, podendo, contudo,
aparecer em qualquer estação.
Condição de tempo associada: estas nuvens sempre
produzem chuva fraca à moderada que pode perdurar por
horas.
Cúmulus: nuvens isoladas, geralmente,
densas e de contornos nítidos, que se desenvolvem verticalmente
em forma de torres. O topo parece, muitas vezes, uma couve-flor
ou um amontoado de algodão. As porções
da nuvem iluminadas pelo sol são quase de um branco
brilhante; a base é relativamente sombria. O topo do
cúmulo é, às vezes, esfarrapado e constituído
por gotículas de água e cristais de gelo nas
porções mais elevadas em que a temperatura é
inferior a 0º C.
Condição de tempo associada: cúmulos
bem desenvolvidos produzem pancadas de chuva ou aguaceiros;
cúmulos pequenos, lembrando flocos de algodão
são também conhecidos como cúmulos de
bom tempo.
Cumulunimbus: nuvem densa de grande extensão
vertical, em forma de montanha ou enormes torres. A região
superior, pelo menos em parte, é lisa, e quase sempre
achatada em forma de bigorna. O cumulunimbus é constituído
por gotículas de água e cristais de gelo na
parte superior. Contém também grandes gotas
de chuva e granizo. Quando cobre grande parte do céu
pode, facilmente, confundir-se com Nimbustratus. É
responsável pela formação de tempestades,
trovoadas, e em alguns casos, tornados.
Condição de tempo associada: estas nuvens produzem
aguaceiros violentos, acompanhados de relâmpago, trovão
e rajadas de vento moderadas a forte. Algumas vezes produzem
granizo.
Existem vários processos de formação
das nuvens e das suas conseqüentes formas e dimensões.
As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até
a condensação da água, devido à
subida e expansão do ar. É o que sucede quando
uma parcela de ar sobe para níveis onde a pressão
atmosférica é cada vez menor e o volume de ar
se expande. Esta expansão requer energia que é
absorvida do calor da parcela, e, por isso, a temperatura
desce. A condensação e congelamento ocorrem
em torno de núcleos apropriados.
Uma vez formada, a nuvem poderá evoluir, crescendo
cada vez mais, ou se dissipar. A dissipação
da nuvem resulta da evaporação, das gotículas
dágua que compõem motivada por um aumento de
temperatura decorrente da mistura do ar com outra massa de
ar mais aquecida ou, ainda, pela mistura com uma massa de
ar seco.
Uma nuvem pode surgir quando uma certa massa de ar é
forçada a deslocar-se para cima acompanhado o relevo
do terreno.
Após formadas, as nuvens podem
ser transportadas pelo vento no sentido ascendente ou descendente.
No primeiro caso a nuvem é forçada a se elevar
e, devido ao resfriamento, as gotículas d'água
podem ser total ou parcialmente congeladas. No segundo caso,
como já vimos, a nuvem pode se dissipar pela evaporação
das gotículas d'água. Assim, a constituição
da nuvem vai depender da temperatura que apresenta a esta,
da altura onde a nuvem se localiza.
Tornado é um redemoinho de ventos
girando com muita velocidade e que se forma em condições
especiais num ambiente de tempestade muito forte. Este redemoinho
descende de uma nuvem de tempestade (cumulunimbus) muitas
vezes, atinge o chão, causando destruição
por onde passa. A dimensão espacial do tornado é
de centenas de metros e ele, normalmente, tem uma vida média
de poucos minutos e percorre uma extensão de 500 a
1500 metros, ainda que na sua trajetória os ventos
passem comumente de 200 km/h. A maioria deles giram em sentido
ciclônico quando observados de cima, mas alguns foram
vistos girando em sentido anti-ciclônico, ou seja, em
sentido horário, quando observados de cima.
Este fenômeno é visível por causa da poeira
e sujeira levantadas do solo e pelo vapor d'água condensada.
A pressão baixa dentro de um funil causa a expansão
e resfriamento do ar, resultando na condensação
do vapor d'água. As vezes, o ar é tão
seco que os ventos giratórios permanecem invisíveis
até atingir o solo e começam a carregar sujeiras.
Ocasionalmente, o funil não pode ser visto por causa
da chuva, nuvens de poreira, ou escuridão. Muitos tornados
possuem um barulho distinto que pode ser ouvido por muitas
milhas até quando eles não são bem visíveis.
Este som parece ser mais alto quando o tornado toca o solo.
Contudo, nem todos os tornados produzem este barulho. A maioria
dos tornados tem o diâmetro de 100 a 600 metros. Alguns
são de poucos metros de largura e outros excedem 1600
metros.
Os tornados ocorrem em muitas partes do mundo, mas os mais
freqüentes e violentos acontecem nos Estados Unidos,
numa média de mais de 800, anualmente. As Planícies
Centrais dos EUA estão mais sujeitas aos tornados porque
a atmosfera favorece o desenvolvimento de trovoadas severas
que produzem tornados. Especialmente, na primavera, o ar úmido
e quente na superfície é abaixo do ar mais frio
e seco produzindo uma atmosfera instável. Embora tornados
ocorram a qualquer hora, eles são mais freqüentes
entre 16h e 18h quando o ar na superfície é
mais instável. Também ocorrem na Inglaterra,
Canadá, China, França, Alemanha, Holanda, Hungria,
Índia, Itália, Japão, Rússia,
e até em Bermuda e nas Ilhas Fiji. Porém não
estão restritos somente nestes países.
Tornados destroem os instrumentos necessários para
medir velocidades de ventos e pressão dentro de tornados,
por essa razão, características são desconhecidas.
Sabemos que a pressão de um tornado é muito
baixa mas podemos apenas estimar que esta pressão seja
60% abaixo do normal.
Um furacão é um ciclone
tropical que se tornou muito intenso com ventos girando no
sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido
anti-horário no Hemisfério Norte ao redor de
um centro de baixa pressão. Normalmente, bem no centro
do furacão há uma região sem nuvens e
com ventos calmos, chamada de olho do furacão. Nesta
região, há movimentos de ar descendentes, ao
lado de uma grande área circular de centenas de quilômetros
com vigorosos movimentos ascendentes do ar, o que provoca
formação de nuvens e muita chuva. Há
também várias outras formas de ciclones, como
os ciclones extra-tropicais, onde também os ventos
giram em torno de um centro de baixa pressão, mas os
processos físicos de formação e manutenção
são muito distintos daqueles que atuam no furacão.
Normalmente, os ciclones tropicais se formam quando um centro
de baixa pressão viajando sobre oceanos tropicais encontra
águas com temperaturas acima de 26ºC. Nesse ponto,
aumenta a evaporação da superfície do
oceano e o ar úmido ascendendo próximo ao centro
esfria e formam-se nuvens com mais de 8 a 10 km de altura.
Quando o vapor d'água se condensa nas gotículas
de chuva, libera o calor latente de condensação
devido à mudança de fase da água. Este
calor liberado aquece o ar, que sobe ainda mais e faz com
que a pressão atmosférica baixe mais no centro
do sistema. Com o abaixamento da pressão, mais ar circundante
é deslocado em direção ao centro do sistema
e o sistema se realimenta disso para continuar a se intensificar.
Quanto mais baixa a pressão em seu centro, mais fortes
serão os ventos ao seu redor, tendo que estar acima
de 119 km/hora para ser classificado como furacão.
Além de águas acima de 26ºC e ventos que
não podem variar muito com a altura outras condições
na atmosfera precisam estar presentes para a formação
dos furacões. Se os ventos forem muito fortes entre
5 e 10 km de altura, um ciclone tropical não se tornará
um furacão. Até o Furacão Catarina, nunca
havia sido observado um furacão no Atlântico
Sul, uma vez que, em sua porção tropical, as
águas estão quase sempre abaixo de 26ºC.
Furacões não se formam precisamente sobre o
Equador porque necessita estar um pouco afastado do Equador
para os sistemas meteorológicos sentirem os efeitos
da rotação da Terra, que faz com que os ventos
girem ao redor do centro de baixa pressão.
Furacões acontecem sobre a maioria dos Oceanos Tropicais
em áreas onde a temperatura do mar encontra-se acima
de 26ºC. Até o Furacão Catarina, a grande
exceção era o Atlântico Sul. Ocorrem com
maior freqüência no Atlântico Tropical Norte,
Pacífico Tropical Oriental, Pacífico Tropical
Norte Oriental e Pacífico Tropical Sul Oriental, além
do Oceano Índico.
Segundo o pesquisador do INPE, Carlos Nobre o Furacão
Catarina foi o primeiro furacão observado no Atlântico
Sul, pelo menos desde que há registros meteorológicos
confiáveis no Brasil, isto é, por 100 anos ou
mais. Nos últimos 40 anos, desde que há satélites
meteorológicos, não há registros de furacões
nesta parte do Oceano Atlântico. Também, o Furacão
Catarina originou-se a partir de um ciclone extra-tropical,
ao passo que a maioria absoluta dos ciclones tropicais, dos
quais alguns deles virão a se tornar furacões,
originam-se de depressões tropicais, isto é,
centros de baixa pressão tropicais. Por último,
furacões se formam sobre águas oceânicas
acima de 24ºC. Na região de formação
do Catarina, as águas encontravam-se entre 24ºC
e 26ºC, um pouco abaixo deste limiar. Portanto, um fenômeno
raro e atípico, sob qualquer ponto de vista, mas que
se formou, de qualquer maneira. Em outras palavras, o Furacão
Catarina fez mudar o paradigma sobre furacões no Atlântico
Sul.
Previsão de ciclones tropicais são somente factíveis
na escala de dias. Portanto, nós somente saberemos
se poderá haver furacões no Atlântico
Sul, quando acontecer algum outro, além do Furacão
Catarina, que ocorreu em março de 2004. Ainda não
há certeza científica de que o Atlântico
Sul se tornará um local onde furacões passarão
a ocorrer com freqüência, mas é uma hipótese
que não pode ser descartada. Na faixa subtropical do
Atlântico Sul, podem aumentar as chances de ocorrência
de furacões pelo lado da atmosfera, isto é,
situações onde a velocidade do vento não
varia muito com a altura em relação àquela
da superfície. Se a temperatura do mar continuar aumentando
com o aquecimento global, estes mares subtropicais chegarão
a ter mais comumente temperaturas acima de 26ºC, que
é outra condição para furacões
se formarem. Há, porém, outros determinantes
que indicam que dificilmente seria uma região com ocorrência
de muitos furacões, no caso de voltarem a ocorrer.
Com relação a esses fenômenos ocorrerem
em estados brasileiros, como São Paulo, Nobre explica
que teoricamente, se as temperaturas do mar continuarem a
subir devido ao aumento do efeito estufa, mais e mais regiões
dos oceanos sub-tropicais do Atlântico Sul terão
temperaturas acima dos 26ºC na maior parte do ano. Simulações
com modelos climáticos globais indicam que num planeta
mais aquecido poderia haver um número maior de sistemas
meteorológicos como ciclones extratropicais no Atlântico
Sul, ainda que tais projeções necessitem de
estudos mais detalhados. Porém, devemos lembrar que
o Furacão Catarina originou-se de um ciclone extratropical
e estes normalmente, como o próprio nome diz, ocorrem
fora da faixa tropical e sub-tropical. O efeito dos ciclones
extra-tropicais sobre o Atlântico Sul é sentido
nas ressacas que afetam todo o litoral Sul e também
o litoral do Sudeste do Brasil.
Climatologicamente, a Zona de Convergência
do Atlântico Sul (ZCAS) pode ser identificada, na composição
de imagens de satélite, como uma banda de nebulosidade
que se estende desde o sul da região Amazônica
até a região central do Atlântico Sul,
ou ainda em padrões de distribuição de
radiação de onda longa.
Os mecanismos que originam e mantém a ZCAS não
estão ainda totalmente definidos, porém, estudos
indicam que esse sistema sofre influências de fatores
remotos e locais. Aparentemente as influências remotas
modulam o início, duração e localização
da ZCAS, enquanto os fatores locais são determinantes
para a ocorrência desse.
Nos fatores remotos a simulação de uma onda
estacionária associada à um modelo de circulação
geral da atmosfera mostrou que a existência dessa onda
estava vinculada à convecção na região
tropical e nas próprias Zonas de Convergência.
spanersos podem ser os fatores locais, porém, o único
consenso parece ser quanto ao papel da convecção
na região Amazônica.
Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos
atuando nos trópicos. Devido à sua estrutura
física, tem se mostrado decisiva na caracterização
das diferentes condições de tempo e de clima
em spanersas áreas da Região Tropical.
A ZCIT possui um deslocamento num período aproximado
de um ano, alcançando sua posição mais
ao norte durante o verão e sua posição
mais ao sul durante o mês de abril, no Hemisfério
Norte. Além dessa oscilação anual, a
ZCIT apresenta oscilações com maiores freqüências,
com o período variando de semanas a dias.
Além da influência da ZCIT no tempo e no clima
das áreas tropicais, ela também está
envolvida na manutenção do balanço térmico
global. Na escala planetária atua no sentido de transferir
calor e umidade dos níveis inferiores da atmosfera
das regiões tropicais para os níveis superiores
da troposfera e para as médias e altas latitudes.
Alta: é a região
de relativa alta pressão em comparação
com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou
mesmo nível de pressão.
Anticiclone: é uma região de
circulação no sentido anti-horário no
plano horizontal no Hemisfério Sul que podem se encontrar
nos altos, médios e baixos níveis da atmosfera.
Crista: é uma região alongada
de uma relativa alta pressão num plano. Na região
de crista as linhas de pressão não são
fechadas, como um anticiclone. As isóbaras (linhas
de pressão) abertas apresentam uma ondulação
para o lado das baixas pressões.
Condição de tempo associada a sistemas de
alta pressão: as regiões de alta pressão
normalmente mantêm o tempo estável (tempo bom,
sem chuva), pois estas regiões desfavorecem a formação
de nuvens, porém quando o sistema de alta pressão
em superfície traz ventos úmidos do oceano para
o continente favorece a formação de nuvens do
tipo Estrato e stratuscumulus, onde normalmente acontecem
os nevoeiros e neblinas.
Baixa: é a região da relativa
baixa pressão em comparação com a vizinhança
no mesmo nível horizontal ou mesmo nível de
pressão.
Ciclone: é uma área com pressão
inferior àquela apresentada em áreas circunvizinhas,
considerando-se um mesmo nível. Resulta em convergência
de ventos, os que se movem no sentido horário no Hemisfério
Sul.
Durante algum tempo houve a confusão entre os ciclones,
furacões e tornados, mas essa dúvida foi discutida
por vários pesquisadores, por exemplo o que foi discutido
na revista Ciência Hoje de novembro de 2005 pelo Dr.
Carlos Nobre e Dr. José Marengo. “Ciclones são
centros de baixa pressão atmosférica em torno
dos quais ocorrem ventos giratórios, formando estruturas
de grandes dimensões (atingem mais de 200 km de diâmetro)”.
Os ventos giram no sentido horário no Hemisfério
Sul. Os ciclones surgem principalmente sobre os oceanos, em
geral em regiões tropicais, e podem durar vários
dias e se deslocar por longas distâncias, tornando-se
às vezes muito intensos. Quando ocorrem fora dos trópicos,
caso do sul do Brasil, são chamados de ciclones extratropicais.
Ciclones com ventos de mais de 119 km/h são classificados
como Furacões. A intensidade dos furacões é
medida de acordo com a pressão no centro (o olho) e
a velocidade de vento. A escala mais conhecida, baseada na
velocidade do vento, inclui os níveis, verifique a
figura 2.14. Quando maior o nível, maior a descrição.
Tufão é o nome dado aos furacões que
ocorrem na Ásia. Já os tornados são ventos
giratórios em forma de funil. Formados geralmente em
terra, com diâmetro (junto ao solo) entre alguns e dezenas
de metros. O tornado é considerado o fenômeno
meteorológico mais destrutivo, já que a velocidade
do vento pode superar 400 km/h, mas, em comparação
com os furacões, atinge áreas muito menores
e dura menos tempo (alguns minutos a cerca de uma hora).
Ciclogênese: é a formação
de um novo sistema de baixa pressão ou ciclone, ou
intensificação um sistema pré-existente.
Cavado: é uma região alongada
de uma relativa baixa pressão num plano horizontal.
Na região de cavado as linhas de pressão não
são fechadas. As linhas de pressão abertas apresentam
uma ondulação para o lado das altas pressões.
Tornado: Um tornado é um pequeno,
porém, intenso redemoinho de vento, formados por uma
tempestade. Se o redemoinho chega a alcançar o chão,
há repentina queda na pressão atmosférica
e os ventos de alta velocidade (que podem alcançar
mais de 250 km/h), faz com que o tornado destrua tudo o que
encontra no meio do seu caminho para o alto. Quando se forma
sobre superfícies líquidas, são menos
intensos e com menores dimensões e conhecidos como
tromba d’água por levantar uma coluna de água.
Perturbação: este termo pode
ser aplicado para a ocorrência de área de baixa
pressão, ou ciclone pequeno em tamanho e influência,
ou para uma área que esteja exibindo sinais de desenvolvimento
ciclônico.
Condição de tempo associada a sistemas de
baixa pressão: esta situação favorece
a condição de tempo instável e a formação
de nuvens do tipo cumulus e cumulunimbus.
Satélite: o termo é freqüentemente
usado para definir objetos fabricados pelo homem e que estejam
na órbita da Terra de forma geo-estationária
ou polar. Algumas das informações colhidas por
satélites meteorológicos, como o GOES-8, incluem
temperatura nas camadas superiores da atmosfera, umidade do
ar e registro da temperatura do topo das nuvens, da Terra
e do oceano. Os satélites também acompanham
o movimento das nuvens para determinar a velocidade dos ventos
altos, rastreiam o movimento do vapor de água, acompanham
o movimento e a atividade solar e transmitem dados para instrumentos
meteorológicos ao redor do mundo.
ÓRBITA GEOESTACIONÁRIOS: A
órbita geoestacionária é um satélite
equatorial que fica permanentemente sobre a linha do equador.
Apresenta o período de rotação coincidente
com o período sideral de rotação da Terra,
portanto, gira com a mesma velocidade de rotação
da Terra. Como tem o mesmo sentido de rotação
que o da Terra e excentricidade da órbita nula,
sempre permanece acima de um ponto e à mesma distância
da Terra. O satélite pode observar uma região
circular com um raio aproximado de até 70° de latitude.
Entretanto, devido às deformações relacionadas
à curvatura da superfície terrestre, a área
de observação é limitada. Habitualmente,
na prática das análises numéricas, os
dados dos satélites geoestacionários se restringem
àqueles de uma área limitada por um círculo
com raio de até 55° de latitude, com o centro no
ponto subsatélite, e com raio de até 65°
de latitude nas analises qualitativas (não-numérica).
GOES (Geostationary Operational Environmental Satellites):
Satélites americanos mantidos pela National Oceanic
and Atmospheric Administration (NOAA). Os dados são
distribuídos pelo National Environmental Satellite
and Information Service (NESDIS). Sua altitude e órbita
são semelhantes ao Meteosat. As imagens do globo terrestre
são obtidas a cada 30 minutos. O GOES é um dispositivo
de 5 canais espectrais sendo um Visível (0,55-0,75
µm), três canais Infravermelhos (3,8-4,0 µm,
10,2-11,2 µm, 11,5-12,5 µm) e o canal de Vapor
d'Água (6,5-7,0 µm). No canal Visível,
a resolução é 1 km. Nos canais Infravermelhos,
a resolução é de 4 km. No canal Vapor
d'água, a resolução é de 8 km.
METEOSAT: Satélites geoestacionários
europeus mantido pela EUMETSAT. A EUMETSAT é uma organização
intergovernamental criada em uma convenção internacional
que reuniu 17 países europeus. A altitude dos satélites
é de 35.800 km. Seu campo de imagem (42% da superfície
da terra) é restrito à sua localização
sobre na vertical sobre a intersecção do Equador
com o meridiano de Greenwich. Equipado com um sensor espectral,
ele explora a superfície terrestre por faixas. Para
cada pixel desta faixa, se obtém a energia irradiada
para diferentes gamas espectrais. Os três espectros
do Meteosat são o Visível (0,45-1,00 µm).
o Infravermelho (10,5-12,5 µm) e Vapor d'Água
(5,7-7,1 µm).
ÓRBITA POLAR:
Os satélites
de órbita polar passam pelos polos ou perto deles.
Os períodos de suas órbitas são de uma
a duas horas. Os satélites meteorológicos mais
conhecidos no Brasil são os da série NOAA (National
Oceanic and Atmosphere Administration, dos Estados Unidos).
Este satélite é heliossíncrono. Ele gira
numa órbita que permanece sempre no mesmo plano, enquanto
a Terra gira a razão de 15 graus por hora. Entre duas
passagens do satélite pelo equador (a cada 101 minutos),
o satélite passa por novas regiões, sobre as
quais o sol está aproximadamente na mesma posição
(na mesma hora solar) que na passagem anterior. Esta característica
permite que ele observe a Terra em pontos que têm o
mesmo tipo de iluminação. Cada satélite
passa pelo mesmo local uma vez a cada 12 horas (uma de dia,
outra de noite). Com dois satélites pode-se obter informações
quatro vezes por dia.
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration):
O programa de satélites NOAA é gerido pela National
Oceanic and Atmosferic Administration (NOAA), através
do National Environmental Satellite Data and Information Service
(NESDIS), e pela National Aeronautics and Space Administration
(NASA), que é responsável pelo desenvolvimento
e lançamento dos aparelhos.
Este programa começou por se denominar TIROS (Television
and Infrared Observation Satellite), e foi desenvolvido pela
NASA e pelo Departmento de Defesa dos Estados Unidos, na tentativa
de desenvolver um sistema de satélites meteorológicos.
Entre 1960 e 1965 foram lançados 10 satélites
TIROS. Entre 1966 e 1969, foram lançados 9 novos satélites,
denominados TOS (TIROS Operational Satellites), operados pela
ESSA (Environmental Science Services Administration), pertencente
à NOAA. Em 1970, o TIROS-M recebeu a designação
de ITOS (Improved TOS), iniciando-se assim uma nova geração
de satélites, que incluíam sensores de infra-vermelhos.
TERRA - AQUA - (Sensor MODIS): O sensor MODIS
(Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) é o
principal instrumento a bordo do satélite Terra (EOS
AM-1) e Aqua (que também transporta o HSB (Humidity
Sensor for Brazil), sensor brasileiro de umidade atmosférica),
um dos Sistemas de Observação da Terra da NASA.
O MODIS realiza observações de toda a superfície
terrestre a cada 1 ou 2 dias, e adquire dados em 36 bandas
espectrais que se situam entre 0.4 e 14.4 mm e se distribuem
em diferentes grupos de resolução espacial.
Estes dados contribuem para melhorar nossa compreensão
da dinâmica global e os processos que ocorrem na terra,
nos oceanos e na atmosfera mais baixa.
Radar: acrônimo
de Radio Detection And Ranging - alcance da detecção
de sinal de rádio. É o instrumento eletrônico
usado para detectar objetos a distância através
da maneira como esses objetos propagam ou refletem ondas de
rádio. Precipitação e nuvens são
fenômenos detectáveis pela força dos sinais
eletromagnéticos por eles refletidos. Radar de Doppler
e Nexrad são alguns exemplos de radares.
O princípio de funcionamento do radar meteorológico
é análogo ao sistema de navegação
de um morcego. O morcego emite sons de alta freqüência
que ao serem interceptados por obstáculos retornam
ao ouvido do morcego. Quanto mais rápido o som retornar,
mais perto estará o obstáculo e quanto mais
distante este estiver, mais demorado será o retorno.
Desta forma, o morcego é capaz de avaliar a distância
ao obstáculo e se desviar do mesmo antes da colisão.
No radar meteorológico são empregadas, ao invés
de som, ondas eletromagnéticas de alta energia para
se alcançar grandes distâncias. As ondas eletromagnéticas
ao passarem por uma nuvem, causam em cada gota uma ressonância
na freqüência da onda incidente, de modo que cada
gota produz ondas eletromagnéticas, irradiando em todas
as direções. Parte desta energia gerada pelo
volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar
volta ao prato do radar e sabendo-se o momento em que o feixe
de onda foi emitido pelo radar e quanto tempo depois o sinal
retornou, determina-se a distância do alvo ao radar.
A intensidade do sinal de retorno esta ligada ao tamanho e
distribuição das gotas no volume iluminado pelo
radar.
Além disso, sabe-se qual é a elevação
da antena e o azimute correspondente. Deste modo, pode-se
determinar com precisão a região do espaço
onde está chovendo. Para uma mesma elevação
e azimute são transmitidos cerca de 200 pulsos de alta
energia e, assim sendo, a mesma região do espaço
é amostrada 200 vezes. Em seguida é feita uma
média do sinal de retorno. Este processo é bastante
rápido já que as ondas eletromagnéticas
viajam à velocidade da luz (300.000 km/s). A duração
de cada pulso determina a resolução dos dados
de radar. O valor médio desta resolução,
para diferentes radares, é da ordem de 500 metros.
O radar não mede diretamente chuva. O radar recebe
um determinado nível de retorno dos alvos de chuva
denominado refletividade. Esta refletividade possui uma relação
física com o espectro de gotas observado pode-se determinar
a partir deste espectro uma relação entre a
refletividade do radar e a taxa de precipitação
correspondente. Esta relação é conhecida
como relação ZR. Para a maioria dos radares
meteorológicos o limite inferior da taxa de precipitação
é de 1mm/h, a uma distância de 190 km.
Uma característica importante dos radares meteorológicos
modernos é o software para tratamento do grande volume
de dados de refletividade gerados. Esse software permite ter-se
em tempo real o mapa de chuva a um nível de altura
constante, denominado CAPPI, do inglês Constant Altitude
Plan Position Indicator. Os dados de chuva na área
do radar são interpolados num nível de altura
constante entre 1,5 a 18,0 km de altura, numa área
de 360x360 km, com uma resolução de 2x2 km.
Esta resolução espacial eqüivale a ter-se
32400 postos pluviográficos numa área de 152.000
km2 aproximadamente.
A partir de dois CAPPIS distintos, separados por um intervalo
de tempo variável entre 20 e 50 minutos, determina-se
através de uma correlação espacial entre
as taxas de precipitação observadas a velocidade
do sistema. De posse da velocidade e da direção
de deslocamento da chuva é possível extrapolar
os campos de precipitação, no tempo e no espaço
e, desta forma, obter a previsão para até 3
horas a frente da chegada do sistema, numa determinada área.
A qualidade dos dados do radar meteorológico é
investigada constantemente, pois o equipamento é sensível
e pode ser descalibrado por spanersos fatores. Nesse sentido
é importante manter telepluviômetros para aferição
da relação ZR.
Hoje no estado de São Paulo temos vários radares
meteorológicos, veja os links:
- http://www.ipmet.unesp.br
- http://www. univap.br
- http:// www.simepar.br
- http:// www.redemet.aer.mil.br
São ondas eletromagnéticas
curtas emitidas pelo Sol, responsáveis pelo aquecimento
terrestre. A radiação solar é parcialmente
refletida pelo Planeta Terra. A partir da irradiância
emergente no topo tenta-se avaliar a irradiância global
à superfície. Existem dois pontos de vista básicos
para estimar a irradiância global à superfície.
Os "modelos estatísticos" procuram ajustar
a irradiância emergente no topo da atmosfera com dados
de "verdade terrestre" fornecidos por redes solarimétricas,
através de alguma função empírica.
Estes modelos são dependentes da existência de
uma rede solarimétrica de referência para avaliar
coeficientes de ajuste, e tem validade apenas regional. Seus
coeficientes podem variar no tempo e precisam de validação
sistemática.
O Índice Ultravioleta (IUV) é
uma medida da intensidade da radiação UV, incidente
sobre a superfície da Terra. Ele é calculado
à partir de dados sobre a concentração
de ozônio na atmosfera, altitude da localidade, horário
do dia, estação do ano, além de condições
atmosféricas.
De acordo com o meteorologista Marcelo Corrêa, os altos
índices de radiação solar são
normais durante o verão no Brasil, devido sua localização
próximo à linha do Equador.
O sol possui três tipos de radiação.
A radiação C, considerada a mais forte e não
chega à Terra. Já a radiação
A e B chega à Terra e são muito nocivas, porém
podem ser atenuadas com a presença de nuvens.
O aumento da radiação solar não deve
ser atribuído à redução da camada
de ozônio, pois ela é pequena nesta parte do
globo por estarmos em um país Tropical.
O IUV representa o valor máximo diário da
radiação ultravioleta. Isto é, no período
referente ao meio-dia solar, o horário de máxima
intensidade de radiação solar.
Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico
e variável, o IUV é sempre apresentado para
uma condição de céu claro. Isto é,
para ausência de nuvens que, na maioria dos casos,
representa a máxima intensidade de radiação.
O IUV é apresentado como um número inteiro.
De acordo com recomendações da Organização
Mundial da Saúde, esses valores são agrupados
em categorias de intensidades.
Alguns elementos são imprescindíveis para
o cálculo do IUV:
- Concentração de Ozônio
- Posição geográfica da localidade
- Altitude do superfície
- Hora do dia
- Estação do ano
- Condições atmosféricas (presença
ou não de nuvens, aerossóis, etc.)
- Tipo de superfície (areia, neve, água, concreto,
etc.)
Como estimar o Índice Ultra-Violeta
O IUV sob condição de nebulosidade pode ser
estimado da seguinte forma:
Após obter o IUV da localidade, multiplique o valor
CMF (Cloud Modification Factor) de acordo com o tipo de cobertura
de nuvens.
Por exemplo, vamos supor que a previsão do IUV para
São Paulo seja 10. Porém, ao meio-dia o céu
está "carregado". Ou seja, totalmente encoberto
com nuvens baixas. Assim, o IUV aproximado para essa ocasião
será:
IUV = IUVo x CMF
IUVo = 10 (calculado sob céu limpo)
CMF = 0.2 (vide tabela acima, para céu totalmente encoberto,
0-100%, de nuvens baixas)
Portanto o IUV será dado por:
UV = 10 x 0.2
IUV = 2
Num planeta mais aquecido, há uma
aceleração do ciclo hidrológico e, resultante
disso, fenômenos climáticos e meteorológicos
extremos como secas, inundações, tempestades
severas, ventanias, incêndios florestais se tornam mais
freqüentes. Um exemplo disso é o derretimento
das geleiras continentais. O permafrost (ver glossário
meteorológico) do Ártico está derretendo
em algumas áreas, mudando a ecologia dos animais que
dependem da superfície do gelo para viver e caçar,
como os ursos polares. Há algumas evidências
científicas de que as secas têm se tornado mais
freqüentes nas últimas décadas e que o
aquecimento global poderia ter parte da responsabilidade nisso,
ou seja, não seria somente uma variação
natural. Ainda é difícil dizer se os eventos
climáticos extremos deflagradores de desastres naturais
estão ocorrendo com mais freqüência; mas,
várias projeções, a partir de modelos
climáticos globais indicam que isto virá, gradualmente,
a acontecer.
Países em desenvolvimento são, especialmente,
vulneráveis aos extremos climáticos e meteorológicos.
Tais eventos extremos provocam desastres naturais como deslizamentos
em encostas, colapso de safras agrícolas de subsistência,
poluição do ar, epidemias, entre outros. Aprender
a conviver com a variabilidade natural do clima, incluindo
seus extremos, é o primeiro passo para adaptar-se às
mudanças climáticas e com um eventual aumento
da ocorrência de fenômenos extremos. Isto pressupõe
o entendimento dos fenômenos naturais como as secas
do Nordeste do Brasil, e o desenvolvimento econômico
e social, ambientalmente saudável. São questões
difíceis de equacionar em países em desenvolvimento
com grandes contrastes e desigualdades, como é o Brasil.
Aumentar a resistência de sistemas sociais é
a melhor estratégia para fazer frente aos fenômenos
naturais extremos no país.
O aquecimento global é responsável pelo aumento
da temperatura dos oceanos em meio grau nos últimos
60 anos, de acordo com a maioria dos cientistas, assim como,
o aumento da temperatura sobre os continentes, que foi um
pouco maior que 0,5 C.
Para evitarmos essas catástrofes existem duas escalas
de tempo aqui envolvidas. Por um lado, fenômenos climáticos
e meteorológicos extremos acontecem regularmente e
fazem parte da variabilidade natural do planeta. Normalmente,
nada mais são do que manifestações da
atmosfera, em parceria com os oceanos, em busca do equilíbrio,
já que algumas regiões recebem maior aquecimento
solar do que outras. Nesta visão, estes fenômenos
extremos são maneiras radicais da atmosfera tentar
restabelecer o equilíbrio. O que o aquecimento global
faz é aumentar a freqüência de ocorrência
destes fenômenos extremos. A escala de tempo, neste
caso, é aquela que a moderna previsão de tempo
permite a antecipação dos fenômenos, em
uma semana. A resposta adequada deve ser a preparação
para fazer frente ao desastre natural em formação.
Porém, há outra escala de tempo mais preocupante.
Tem a ver com as mudanças climáticas irreversíveis,
com potencial catastrófico, como derretimento de geleiras
na Groelândia ou Antártica Ocidental que elevariam
o nível do mar em sete metros globalmente.
Talvez, a sociedade planetária tenha que agir resoluta
e intensamente nas próximas três a cinco décadas
para evitar grandes catástrofes.
Um primeiro passo para se evitar grandes catástrofes
naturais é a redução rápida e
brusca das emissões de todos os gases do efeito estufa,
principalmente, o gás carbônico e o metano. O
Protocolo de Quioto é outro passo importante nesta
direção, mas o esforço terá que
ser muito maior, isto é, para ficarmos no lado mais
seguro e evitarmos riscos de mudar o clima do planeta de maneira
perigosa. Globalmente, teríamos que reduzir as emissões
em cerca de 60% em relação ao nível de
emissões atual. Trata-se de uma tarefa árdua
e que deve envolver todos os países e todos os habitantes
do planeta.
A seca no centro e oeste da Amazônia nos últimos
meses é efetivamente de grande intensidade. As causas
precisas ainda não são conhecidas da ciência,
mas podemos tecer algumas considerações especulativas.
Provavelmente, esta prolongada e atípica estiagem esta
ligada a um padrão de aquecimento das águas
do Oceano Atlântico Tropical Norte, que vem ocorrendo
há meses. Curiosamente, é nesta mesma região
que os intensos furacões do Caribe dos últimos
meses ganharam força, também em virtude das
altas temperaturas das águas do oceano. Portanto, é
um fenômeno de grande escala espacial, milhares de quilômetros.
Regionalmente, nas áreas de floresta sob seca prolongada,
as árvores têm dificuldade para manter suas,
normalmente, altas taxas de transpiração e menos
vapor d’água é reciclado na atmosfera,
possivelmente contribuindo para uma redução
das, normalmente, poucas chuvas locais durante a estação
seca. Há alguns estudos recentes que indicam que a
própria fumaça das queimadas pode ser um fator
de inibição das chuvas durante a estação
seca.
A seca, em especial na Amazônia, tem uma gravidade muito
particular. A combinação sinérgica dos
desmatamentos, do aquecimento global, dos aumentos da incidência
de incêndios florestais e situações de
secas intensas tornam a floresta mais vulnerável e
podem levar à "savanização"
de partes da floresta Amazônia, principalmente no centro-leste
e na borda sul da região.
Nos últimos tempos, diariamente, tem acontecido grandes
tragédias provocadas por fenômenos naturais.
Esses fenômenos climáticos extremos fazem parte
da natureza de nosso planeta e sempre aconteceram, com maior
ou menor freqüência. Nos últimos 100 anos,
a ação humana vem modificando a composição
da atmosfera através da injeção de muitos
gases que provocam o chamado efeito estufa na atmosfera e
aquecem a superfície. Isto tem resultado no aquecimento
da superfície, quase 1 grau centígrado nos últimos
100 anos. O principal fator que tem provocado essas catástrofes
é a degradação ambiental, principalmente
os desmatamentos das florestas.
Deve-se esclarecer que terremotos e tsunamis (causados por
terremotos no fundo do mar, os maremotos) nada têm a
ver com mudanças climáticas. Ocorrem devido
a movimentos das placas tectônicas que formam a crosta
terrestre. Vem ocorrendo há bilhões de anos
e vão continuar a ocorrer. Em março de 2004,
ocorreu o primeiro furacão de que se tem registro no
Oceano Atlântico Sul. Ainda não sabemos se este
raro fenômeno aconteceu como resposta ao aquecimento
global, mas não podemos descartar tal possibilidade.
Para todos esse fenômenos climáticos o CPTEC
desenvolve um trabalho que busca calcular, através
de complexos modelos matemáticos do sistema climático
global, quais os cenários mais prováveis de
mudanças climáticas para o Brasil até
o final do século. Tais informações deverão
servir para que a sociedade brasileira se dê conta da
gravidade da questão, o que impulsionará ações
de governos para, por um lado, reduzir as emissões
brasileiras de gases de efeito estufa e, por outro lado, buscarmos
adaptarmos àquelas mudanças climáticas
que inevitavelmente acontecerão.
Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC), medidas do aquecimento global são baseadas
em registros históricos de temperaturas nas estações
meteorológicas no mundo, desde 1860. Entretanto, a
Organização Mundial de Meteorologia (OMM), estabeleceu
o período entre 1961-1990 como base, e sua média
histórica é usada para calcular as variações
de temperatura.
Outra forma de medir o aquecimento global é a reconstrução
do clima existente no passado, baseando-se em análises
de indicadores de clima, como o gelo, o pólen e esqueletos
de animais fossilizados, os quais indicam uma maior concentração
de CO2 na atmosfera nos períodos de temperaturas mais
elevadas. Nesses casos, o pesquisador do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE/CPTEC) José Antônio
Marengo explica que o aquecimento observado é baseado
nas anomalias de temperatura mais elevadas e não somente
na concentração de gases de efeito estufa, porém
as duas maneiras têm uma associação muito
forte entre si.
Marengo explicou ainda que, para se medir as taxas do aquecimento
global, usa-se a variação de temperatura de
um determinado período, além da variação
da umidade do ar e de outras propriedades locais que possam
interferir no resultado final. Essa operação
é realizada desde o século XVIII.
El Niño representa o aquecimento
anormal das águas superficiais e sub-superficiais do
Oceano Pacífico Equatorial. Assim, definiu o pesquisador
do Inpe, Gilvan Sampaio, em seu livro o “El Niño
e Você – o fenômeno climático”
.
A palavra El Niño é derivada do espanhol, e
refere-se a presença de águas quentes que todos
os anos aparecem na costa norte de Peru na época de
Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença
de águas mais quentes de Corriente de El Niño
em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus.
Na atualidade, as anomalias do sistema climático que
são mundialmente conhecidas como El Niño e La
Niña representam uma alteração do sistema
oceano-atmosfera no Oceano Pacífico tropical, e que
tem conseqüências no tempo e no clima em todo o
planeta. Nesta definição, considera-se não
somente a presença das águas quentes da Corriente
El Niño mas também as mudanças na atmosfera
próxima à superfície do oceano, como
o enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de
leste para oeste) na região equatorial. Com esse aquecimento
do oceano e com o enfraquecimento dos ventos, começam
a ser observadas mudanças da circulação
da atmosfera nos níveis baixos e altos, determinando
mudanças nos padrões de transporte de umidade,
e portanto variações na distribuição
das chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias
e altas. Em algumas regiões do globo também
são observados aumento ou queda de temperatura.
Que é o El Niño-Oscilação
Sul (ENOS)?
O El Niño–Oscilação Sul (ENOS)
representa de forma mais genérica um fenômeno
de interação atmosfera-oceano, associado a alterações
dos padrões normais da Temperatura da Superfície
do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região
do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e no
Pacifico oeste próximo à Austrália.
Além de índices baseados nos valores da temperatura
da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial,
o fenômeno ENOS pode ser também quantificado
pelo Índice de Oscilação Sul (IOS). Este
índice representa a diferença entre a pressão
ao nível do mar entre o PacÍfico Central (Taiti)
e o Pacifico do Oeste (Darwin/Austrália). Esse índice
está relacionado com as mudanças na circulação
atmosférica nos níveis baixos da atmosfera,
conseqüência do aquecimento/resfriamento das águas
superficiais na região. Valores negativos e positivos
da IOS são indicadores da ocorrência do El Niño
e La Niña respectivamente.
Algumas observações:
O evento El Niño e La Niña tem uma tendência
a se alternar a cada três e sete anos. Porém,
de um evento ao outro, o intervalo pode mudar de 1 a 10 anos.
As intensidades dos eventos variam bastante em cada caso.
O El Niño mais intenso desde a existência de
"observações" de TSM ocorreu em 1982-83
e 1997-98.
Algumas vezes, os eventos El Niño e La Niña
tendem a ser intercalados por condições normais.
Como funciona a atmosfera durante uma situação
normal e durante uma situação de El Niño?
1) Imagine uma piscina (obviamente com água dentro),
num dia ensolarado;
2) Coloque numa das bordas da piscina um grande ventilador,
de modo que este seja da largura da piscina;
3) Ligue o ventilador;
4) O vento irá gerar turbulência na água
da piscina;
5) Com o passar do tempo, você observará um represamento
da água no lado da piscina oposto ao ventilador e até
um desnível, ou seja, o nível da água
próximo ao ventilador será menor que do lado
oposto a ele, e isto ocorre pois o vento está "empurrando"
as águas quentes superficiais para o outro lado, expondo
águas mais frias das partes mais profundas da piscina.
É exatamente isso que ocorre no Oceano Pacífico
sem a presença do El Niño, ou seja, é
esse o padrão de circulação observado.
O ventilador faz o papel dos ventos alísios e a piscina,
é claro, do Oceano Pacífico Equatorial. Águas
mais quentes são observadas no Oceano Pacífico
Equatorial Oeste. Junto à costa oeste da América
do Sul as águas do Pacífico são um pouco
mais frias. Com isso, no Pacífico Oeste, devido às
águas serem mais quentes, há mais evaporação.
Havendo evaporação, há a formação
de nuvens numa grande área. Para que haja a formação
de nuvens o ar teve que subir. O contrário, em regiões
com o ar vindo dos altos níveis da troposfera (região
da atmosfera entre a superfície e cerca de 15 km de
altura) para os baixos níveis raramente há a
formação de nuvens de chuva.
Um modo simplista de entender isso é imaginar que a
atmosfera é compensatória, ou seja, se o ar
sobe numa determinada região, deverá descer
em outra. Se em baixos níveis da atmosfera (próximo
à superfície) os ventos são de oeste
para leste, em altos níveis ocorre o contrário,
ou seja, os ventos são de leste para oeste. Com isso,
o ar que sobe no Pacífico Equatorial Central e Oeste
e desce no Pacífico Leste (junto à costa oeste
da América do Sul), juntamente com os ventos alísios
em baixos níveis da atmosfera (de leste para oeste)
e os ventos de oeste para leste em altos níveis da
atmosfera, forma o que os Meteorologistas chamam de célula
de circulação de Walker.
Outro ponto importante é que os ventos alísios,
junto à costa da América do Sul, favorecem um
mecanismo chamado pelos oceanógrafos de ressurgência,
que seria o afloramento de águas mais profundas do
oceano. Estas águas mais frias têm mais oxigênio
dissolvido e vêm carregadas de nutrientes e micro-organismos
vindos de maiores profundidades do mar, que vão servir
de alimento para os peixes daquela região. Não
é por acaso que a costa oeste da América do
Sul é uma das
regiões mais piscosas do mundo. O que surge também
é uma cadeia alimentar, pois os pássaros que
vivem naquela região se alimentam dos peixes, que por
sua vez se alimentam dos microorganismos e nutrientes daquela
região.
Existe uma região chamada de termoclima onde há
uma rápida mudança na temperatura do oceano.
Esta região separa as águas mais quentes das
águas mais frias. Os ventos alísios "empurrando"
as águas mais quentes para oeste, faz com que a termoclima
fique mais rasa do lado leste, expondo as águas mais
frias.
Vamos imaginar o seguinte:
Desligue o ventilador, ou coloque-o em potência mínima.
Agora, o arrasto que o vento estava provocando na água
da piscina irá desaparecer ou diminuir. As águas
do lado oposto ao ventilador irão então refluir
para que o mesmo nível seja observado em toda a piscina.
O Sol continuará aquecendo a piscina e as águas
deverão, teoricamente, estar aquecidas igualmente em
todos os pontos da piscina.
Correlacionando com o Oceano Pacífico, o ventilador
desligado ou em potência mínima, significa o
enfraquecimento dos ventos alísios. Veja que os ventos
não param de soprar. Em algumas regiões do Pacífico
ocorre até a inversão dos ventos, ficando estes
de oeste para leste. Agora, todo o Oceano Pacífico
Equatorial começa a aquecer. E como dito anteriormente:
aquecimento gera evaporação com movimento ascendente
que por sua vez gera a formação de nuvens. A
diferença agora é que, ao invés, de observarmos
a formação de nuvens com intensas chuvas no
Pacífico Equatorial Ocidental, vamos observar a formação
de nuvens principalmente no Pacífico Equatorial Central
e Oriental.
O termo La Niña ("a menina", em espanhol)
surgiu pois o fenômeno se caracteriza por ser oposto
ao El Niño. Pode ser chamado também de episódio
frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol).
Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño,
porém como El Niño se refere ao menino Jesus,
anti-El Niño seria então o Diabo e portanto,
esse termo é pouco utilizado. O termo mais utilizado
hoje é: La Niña
Para entender sobre La Niña, imagine a situação
normal que ocorre no Pacífico Equatorial, que seria
o exemplo da piscina com o ventilador ligado(ver fenômeno
El Niño); voltando para o Oceano Pacífico, sabemos
que o ventilador faz o papel dos ventos alísios e que
o acúmulo de águas se dá no Pacífico
Equatorial Ocidental, onde as águas estão mais
quentes. Há também aquele mecanismo que citei
anteriormente, o qual é chamado de ressurgência,
que faz com que as águas das camadas inferiores do
Oceano, junto à costa oeste da América do Sul
aflorem, trazendo nutrientes e que por isso, é uma
das regiões mais piscosas do mundo. Até aqui
tudo bem, esse é o mecanismo de circulação
que observamos no Pacífico Equatorial em anos normais,
ou seja, sem a presença do El Niño ou La Niña.
Agora, ao invés de desligar o ventilador, vamos ligá-lo
com potência maior, ou seja, fazer com que ele produza
ventos mais intensos. Com os ventos mais intensos, maior quantidade
de água vai se acumular no lado oposto ao ventilador
na piscina. Com isso, o desnível entre um lado e outro
da piscina também vai aumentar. Vamos retornar ao Oceano
Pacífico. Com os ventos alísios (que seriam
os ventos do ventilador) mais intensos, mais águas
irão ficar "represadas” no Pacífico
Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico
Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais
intensos a ressurgência também irá aumentar
no Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão
mais nutrientes das profundezas para a superfície do
Oceano, ou seja, aumenta a chamada ressurgência no lado
Leste do Pacífico Equatorial. Por outro lado, devido
a maior intensidade dos ventos alísios as águas
mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do
que o normal e, portanto, novamente teríamos águas
mais quentes que geram evaporação e, conseqüentemente,
movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva
e que geram a célula de Walker, que em anos de La Niña
fica mais alongada que o normal.
A região com grande quantidade de chuvas é do
nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano
Pacífico passando pela Indonésia, e a região
com movimentos descendentes da célula de Walker é
no Pacífico Equatorial Central e Oriental. É
importante ressaltar que tais movimentos descendentes da célula
de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais
intensos que o normal o que inibe, e muito, a formação
de nuvens de chuva.
Em geral, episódios La Niña também têm
freqüência de dois a sete anos, todavia, tem ocorrido
em menor quantidade que o El Niño durante as últimas
décadas. Além do mais, os episódios La
Niña têm períodos de, aproximadamente,
nove a doze meses, e somente alguns episódios persistem
por mais que dois anos. Outro ponto interessante é
que os valores das anomalias de temperatura da superfície
do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores
que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se
anomalias de até 4,5ºC acima da média em
alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as
maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC
abaixo da média.
Episódios recentes do La Niña ocorreram nos
anos de 1988/89 (que foi um dos mais intensos), em 1995/96
e em 1998/99. "
O Efeito Estufa é a forma que a
Terra tem para manter sua temperatura constante, impedindo
que os raios solares sejam refletidos para o espaço
e que o planeta perca seu calor, portanto é um fenômeno
natural. A atmosfera é altamente transparente à
luz solar, porém cerca de 35% da radiação
que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço,
ficando os outros 65% retidos na Terra. Sem ele, a Terra teria
temperaturas médias abaixo de - 10ºC.
O que vem ocorrendo é o aumento do efeito estufa causado
pelas intensas atividades humanas, sendo a principal delas
a liberação de CO2 (dióxido de carbono)
na atmosfera. Ele é um dos gases que, naturalmente,
contribuem para o efeito estufa normal do planeta, porém,
nos últimos anos, a concentração de CO2
na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; a principal
fonte de liberação de CO2 é a queima
de combustíveis fósseis (combustíveis
derivados do petróleo, como a gasolina; carvão
e gás natural). Outros gases como Metano, Clorofluorcarbonetos
(CFC) liberados pelo homem também aumentam o efeito
estufa.
O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar
um aumento da temperatura global estimado entre 2ºC e
6ºC nos próximos 100 anos.
Um aquecimento desta ordem de grandeza não só
irá alterar o clima mundial como também irá
aumentar o nível médio das águas do mar
em, pelo menos, 30 cm, interferindo na vida de milhões
de pessoas habitantes das áreas costeiras mais baixas.
Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a
atmosfera, seria demasiada fria para a vida. As condições
seriam hostis à vida, a qual de tão frágil
que é, bastaria uma pequena diferença nas condições
iniciais da sua formação para que não
houvesse vida.
Desde a época pré-histórica que o dióxido
de carbono tem tido um papel determinante na regulação
da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização
de combustíveis fósseis a concentração
de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos
cem anos. Neste ritmo e com o desmatamento, o dióxido
de carbono começará a proliferar levando a um
aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de
poucos graus, levaria ao degelo das calotas polares e a grandes
alterações a nível topográfico
e ecológico do planeta.
O ozônio é uma substância
química formada por três átomos de oxigênio.
O oxigênio começou a se acumular na atmosfera
há, aproximadamente, 400 milhões de anos. Mas
as moléculas de oxigênio, sob a ação
constante dos raios ultravioletas do Sol, quebravam e depois
se recombinavam, dando origem ao ozônio; portanto o
papel do oxigênio, nesse contexto, é absorve
o excesso de radiação ultravioleta.
A camada de ozônio situa-se numa faixa de 25 à
30 km da estratosfera e é por servir de capa protetora
ao planeta que a vida pôde evoluir. Diminuindo a intensidade
da chegada dos raios ultravioletas à superfície,
o ozônio evita spanersas doenças como feridas
na pele, câncer e até mutações
degenerativas. Ele funciona como um agente do sistema imunológico
do planeta. Sua ausência deixa todos expostos aos efeitos
da radiação.
Em 1982, detectou-se pela primeira vez, o desaparecimento
de ozônio em áreas sobre a Antártida.
Medições sucessivas constataram que a camada
de ozônio era cada vez mais rarefeita. Atualmente, esse
fenômeno pode ser percebido no Pólo Sul, Ártico,
Chile e na Argentina. Os cientistas apontam os clorofluorcarbonos
(CFC) como os maiores responsáveis pela situação.
Mas, existem outras substâncias que também destroem
a camada de ozônio e que não são proibidas
como é o caso do tetracloreto de carbono, clorofórmio,
dióxido de nitrogênio, entre outros.
Os CFCs são compostos por cloro, flúor e carbono.
Quando chegam à estratosfera, eles são decompostos
pelos raios ultravioleta. O cloro resultante reage com o oxigênio,
destruindo-o. O cloro liberado volta a atacar as moléculas
de oxigênio, recomeçando o ciclo das reações.
Cada átomo de cloro do CFC pode destruir 100 mil moléculas
de oxigênio.
Uma das formas para a diminuição do buraco na
camada de ozônio é a não utilização
do CFC. O problema é que os CFCs são muito estáveis:
depois de 139 anos, metade da quantidade liberada no ar ainda
permanece na atmosfera. Por isso, eles têm muito tempo
para subir até a estratosfera e começar o processo
de destruição. Isso significa, que ainda sofreremos
no século XXI os efeitos dos primeiros CFCs lançados
na atmosfera.
Em Setembro de 1987, o Programa das Nações Unidas
para proteção do Meio Ambiente conseguiu que
um grupo de 31 países reunidos no Canadá assinasse
o "Protocolo de Montreal", determinando a redução
pela metade da produção mundial de CFC até
o ano de 2000. Em 1989, o documento contava com a adesão
de 81 países, inclusive o Brasil. Nessa ocasião,
os signatários do protocolo decidiram interromper completamente
a produção de CFC até o final do século
XX. Em 1992, os Estados Unidos decidiram que suspenderiam
sua produção até 1996. Logo depois, a
Alemanha, a Dinamarca e a Holanda anunciaram que interromperiam
a produção até 1994.
Aberturas: Furos por onde se observa o
céu quando ele está quase todo encoberto por
nuvens.
Ablação: Processos combinados que remove neve
ou gelo da superfície de um glaciar ou de um campo
de gelo.
Abóbada Celeste: O céu considerado sob a forma
com que ele aparentemente se arqueia sobre a cabeça
do observador.
Abrigo de instrumentos ou meteorológico: estrutura
semelhante a uma caixa ventilada, com a função
de proteger os instrumentos que medem, por exemplo, a temperatura,
a pressão, da exposição direta do sol,
das chuvas e condensação.
Absoluto: Refere-se ao mais alto ou mais baixo valor registrado
de um elemento meteorológico.
Absorção: processo no qual a energia luminosa
incidente é retida por uma substância. A radiação
absorvida é então transformada em energia molecular.
Acumulação: Quantidade de neve ou outra forma
de água no estado sólido e que é acrescida
a um glaciar ou campo de neve por alimentação.
Adiabática: Curva que representa num diagrama aerodinâmico,
as variações de temperatura de uma pequena massa
de ar submetida a um processo sem troca de energia com o meio.
Advecção: é o transporte efetuado no
plano horizontal pelo escoamento.
Advecção Fria: é a transferência
horizontal de propriedade da atmosfera, através do
deslocamento de ar com temperatura inferior àquela
presente na localidade de destino.
Advecção Quente: é a transferência
horizontal de propriedade da atmosfera, através do
deslocamento de ar com temperatura superior àquela
presente na localidade de destino.
Aerologia: Estudo da atmosfera livre, no sentido vertical,
em contraste com os estudos que se limitam à camada
atmosférica adjacente à superfície da
Terra.
Aerossol: Suspensão no ar ou em outro gás, de
um conjunto de finíssimas partículas sólidas
ou líquidas. Sobre tais partículas os raios
solares sofrem reflexão, refração ou
difusão.
Aguaceiros: chuva forte originada de nuvens cumulunimbos,
de começo e fim inesperado.
Aglomeração: Processo pelo qual as partículas
crescem por colisão e por assimilação
de partículas de nuvens ou outras de precipitação.
Airep: dados de altitude coletados por aviões comerciais
em rota codificados e disponibilizados pela rede de meteorologia
do comando da aeronáutica – REDEMET.
Alagamento: água acumulada no leito das ruas e no perímetro
urbano por forte precipitação pluviométrica,
em cidades com sistema de drenagem deficiente.
Albedo: É a razão entre a quantidade
de radiação refletida pela superfície
da Terra e a radiação proveniente do Sol. Superfícies
que possuem altas taxas de albedo incluem areia e neve, enquanto
que baixas taxas de albedo incluem florestas e terra fresca.
Alta: é a região da relativa alta pressão
em comparação com a vizinhança no mesmo
nível horizontal.
Altas Latitudes: Faixa de latitude localizada, aproximadamente,
entre 60 e 90 graus ao Norte e ao Sul. Também chamada
de região polar.
Altímetro: Instrumento graduado de maneira a indicar
a altura da aeronave em relação a determinado
nível de referência, que pode ser o do mar.
Altímetro de Pressão: Barômetro aneróide
calibrado para indicar a altitude em pés em vez de
unidades de pressão.
Altitude: Para meteorologia, é a medida da altura vertical
de um objeto sobre o nível do mar.
Altocumulus: Tipo de nuvem pertencente às nuvens médias
e que aparecem em bancos, lençóis ou camadas
brancas e cinzentas, apresentando, geralmente, sombras próprias,
compostas de pequenas lâminas, seixos, rolos, etc; de
aspecto muitas vezes, parcialmente, fibroso ou difuso, soldadas
ou não. Este tipo de nuvem está situado entre
2000 e 6000 metros de altura.
Altostratos: nuvem de altura média basicamente composta
de gotículas de água e, às vezes, de
cristais de gelo encontrada nas latitudes médias entre
15 e e 20 mil pés de altitude, ou seja, 4.400 e 6 mil
metros. Do branco ao cinzento, as nuvens do tipo altostratos
podem criar um véu ou lençol fibroso, muitas
vezes, obscurecendo o Sol ou a Lua. É um bom indicador
de chuvas e, freqüentemente, precede uma tempestade.
Amplitude Térmica: diferença entre a média
das temperaturas máximas e a média das temperaturas
mais mínimas.
Anemômetro: Instrumento meteorológico usado para
medir a direção e a velocidade do vento. O tipo
mais comum é o anemômetro de conchas de Robinson.
A animação das Imagens de Satélite: possibilita
visualizar a existência, a densidade e o deslocamento
de grandes massas de nuvens na atmosfera. Os satélites
internacionais que cobrem a América do Sul são
do tipo geoestacionários (americano GOES-8 e europeu
METEOSAT-5) ou de órbita polar (americanos série
TIROS-N: NOAA-12 e 14).
As imagens são renovadas a cada hora, de forma automática
e a descrição sinótica de 2 a 3 vezes
ao dia pelo meteorologista de plantão. Estas imagens
apóiam o usuário na identificação
dos sistemas meteorológicos locais numa primeira avaliação
da situação. As imagens de alta resolução
são uma ótima ferramenta durante o dia, pois
são imagens do canal visível.
Anticiclone: é uma região de circulação
no sentido anti-horário no plano horizontal no Hemisfério
Sul que podem se encontrar nos altos, médios e baixos
níveis da atmosfera.
Ar: é a mistura de gases que compõem a atmosfera
da Terra. Os principais gases que compõem o ar seco,
e respectivos percentuais de contribuição, são
nitrogênio (N2) 78,09%, oxigênio (O2) 20,946%,
argônio (A) 0,93% e dióxido de carbono (CO2)
0,033%. O vapor d'água (H2O) é um dos componentes
mais importantes do ar e um dos mais importantes gases em
meteorologia.
Arco-íris: Arco luminoso que exibe todas as cores do
espectro visível de luz (vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, azul claro, e violeta). É criado por refração
da luz. É visível quando o Sol brilha e o ar
contém água vaporizada ou pingos de chuva, o
que ocorre durante ou imediatamente após uma chuva.
O arco sempre é visto no céu do lado oposto
em que está o Sol.
Árido: Característica de um clima relacionado
com a insuficiência de precipitação para
manter a vegetação.
Aproximação Boussinesq: é uma simplificação
das equações que governa escoamento atmosférico
ou oceânico baseada na suposição de que
a densidade é considerada constante em todos os termos
das equações governantes exceto quando a densidade
está associada com a gravidade.
Atmosfera: porção gasosa do meio físico
que envolve um planeta. A atmosfera terrestre está
situada mais ou menos próxima à sua superfície
em razão da gravidade. A atmosfera spanide-se em: troposfera,
estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A atmosfera
é tridimensional. Os meteorologistas, de forma prática,
spanidem a atmosfera em níveis: baixos níveis,
próximo a superfície até 2 mil metros
de altitude, médios níveis de 3 a 6 mil metros
e altos níveis acima de 7 mil metros.
Atmosfera Padrão: termo definido pela Organização
Internacional de Aviação. É definida
por temperatura média ao nível do mar equivalente
a 15°C, pressão na superfície de 1.013,25
milibares, ou 760 milímetros de mercúrio e redução
de temperatura igual a 0,65°C, a cada 100 metros, até
11 quilômetros de altitude.
Atrito: é a força que opõe movimento
relativo entre duas lâminas adjacentes do fluido ou
entre o fluido e as paredes rígidas que contém
o fluido. Quando o movimento relativo é nulo a força
do atrito também é nula.
Avisos Meteorológicos: os avisos meteorológicos,
são disponibilizados sempre que há uma condição
de tempo significativa. Há dois estágios de
condições de avisos: Estado de atenção
quando há uma possibilidade de evento meteorológico
ocorrer num prazo de previsão superior a 72 horas;
e Aviso de tempo severo quando o prazo de previsão
do fenômeno é inferior a 48 horas. Os avisos
trazem informações em detalhes, sobre, a intensidade
do fenômeno meteorológico, a previsibilidade
e a confiabilidade da previsão.
Bacia Hidrográfica: região
drenada por uma parte ou pela totalidade de um ou de vários
cursos de água determinados.
Baixa: é a região da relativa baixa pressão
em comparação com a vizinhança no mesmo
nível horizontal.
Baixas Latitudes: cinturão localizado entre 0 (zero)
e 30 graus de latitude, tanto ao norte quanto ao sul do Equador.
Também chamado de região tropical ou tórrida.
Balanço Ciclostrófico: é um balanço
entre as forças de gradiente, pressão e centrífuga.
Este balanço é viável quando a força
de Coriolis e atrito são ausentes ou desprezíveis.
Para os movimentos rotacionais de pequena escala como redemoinhos
e tornados o balanço ciclostrófico é
uma boa aproximação.
Balanço Geostrófico: é um balanço
entre as forças de gradiente, pressão e Coriolis.
Este balanço é viável somente quando
outras forças como centrífuga e atrito são
ausentes ou desprezíveis.
Balanço Hídrico: É um método utilizado
para calcular os recursos de água de uma região.
Ele contabiliza a precipitação, a evaporação
e leva em consideração a capacidade de armazenamento
de água no solo e na atmosfera.
Balanço Térmico: Balanço dos ganhos e
das perdas de calor num dado local e por um sistema dado.
Balão Meteorológico: são balões
simples, semelhantes a um balão de brinquedo, mas feito
de material resistente. Os balões meteorológicos
transportam um pequeno rádio-transmissor automático
chamado rádio-sonda. Este está ligado a instrumentos
que medem a temperatura, a umidade, a pressão, etc.
À medida que o balão sobe, registra e transmite
as medidas tomadas a diferentes alturas (ordem dos 20 a 40
mil metros) acima da superfície da Terra. As rádio-sondas
podem também ser seguidas pelo radar e, assim, pode
se calcular a velocidade e direção do vento
a diferentes alturas da atmosfera. Normalmente o balão
arrebenta e então a rádio-sonda cai mediante
com auxílio de um pequeno pára-quedas.
Balão de Sondagem: Balão livre, não-tripulado,
que transporta um conjunto de instrumentos meteorológicos
auto-registradores.
Banco de Gelo: aglomeração de gelo à
deriva de dimensões inferiores a 10km, cujos limites
são visíveis do cesto da gávea do navio.
Banco de Nuvem: sistema contínuo de nuvens do mesmo
gênero e sensivelmente do mesmo nível, mas não
recobrindo senão uma fração pequena da
abóboda celeste.
Banqueta Costeira: Talude de gelo colado à costa e
que não participa dos movimentos da maré, e
que subsiste depois do deslocamento da banquisa costeira.
Distinguem-se spanersas categorias de banquetas costerira.
Baroclinia: é um estado do escoamento de fluido em
que a temperatura varia sobre superfícies isobáricas.
Sua intensidade e direção são obtidas
através do produto vetorial entre o gradiente térmico
e o gradiente de pressão.
Barógrafo: instrumento que registra, continuamente,
a leitura que o barômetro está fazendo da pressão
atmosférica.
Barômetro: instrumento usado para medir a pressão
atmosférica. Dois exemplos são o barômetro
aneróide e o barômetro de mercúrio.
Barômetro Aneróide: um instrumento usado para
medir a pressão atmosférica. Registra a mudança
na forma de uma célula de metal vazia para medir variações
na pressão atmosférica. O aneróide é
uma cápsula fina e fechada de metal ou célula,
feita, em geral, de fósforo de bronze ou cobre de berílio.
As medidas no vidro registram a pressão em polegadas
e milibares.
Barômetro de mercúrio: instrumento usado para
medir a mudança da pressão atmosférica.
É um tubo de vidro longo, aberto numa ponta e fechado
na outra. Enche-se o tubo com mercúrio e sela-se o
tubo temporariamente, depositando-o num tanque de mercúrio.
Um vazio quase perfeito se forma na parte fechada do tubo,
depois que o mercúrio desce. A altura da coluna de
mercúrio no tubo é a medida da pressão
do ar. Na medida em que a pressão atmosférica
aumenta, o mercúrio se movimenta do tanque para a parte
superior do tubo; quando a pressão atmosférica
diminui, o mercúrio volta para o fundo. As medidas
são calculadas em polegadas de mercúrio.
Barotropia: é um estado do escoamento em que as superfícies
de igual densidade são idênticas.
Barômetro: Instrumento meteorológico usado para
medir a pressão atmosférica. O mais comum é
o barômetro de mercúrio. Existem outros, como
o aneróide e por sensores.
Barreira de Nuvens: Massa compacta de nuvens que aparece no
horizonte com a aproximação de um intenso ciclone
tropical, paredão de nuvens, muro de nuvens.
Biometeorologia: Estudo das influências exercidas sobre
os organismos vivos pelos elementos meteorológicos.
Biosfera: a biosfera é a zona de transição
entre a Terra e a atmosfera, dentro da qual é encontrada
a maior parte das formas de vida terrestre, incluindo o homem,
a flora e a fauna dos oceanos. É considerada a porção
exterior da geosfera e a porção interna ou mais
baixa da atmosfera.
Biruta: Indicador da direção do vento, localizado
junto ao campo de pouso. Consiste de um cone de tecido com
duas aberturas, uma das quais é maior e acoplada a
um anel de metal.
Blizzard: Vento extremamente frio e violento acompanhado de
neve.
Bóia: dados coletados por bóias oceânicas
fixas e moveis.
Boletim de Previsão de Tempo: é possível
consultar de maneira pratica a previsão para todas
os municípios do país e os principais boletins
de previsão de interesse para a Região Sudeste,
Vale do Paraíba e para cidade de São Paulo.
Bolsa de Ar: massa de ar na qual uma aeronave perde sustentação
por causa das fortes correntes de ar descendentes.
Bora: ventos frios, de rajadas, que sopra durante o inverno
na direção sudoeste no litoral banhado pelo
mar Adriático. Sopra através da Grécia
proveniente dos Balcãs.
Borrasca: Tempestade súbita de vento, normalmente,
acompanhada de chuva forte ou neve.
Borrifo: conjunto de gotículas de água arrastadas
pelo vento à superfície de uma vasta extensão
de água, geralmente, das cristas das ondas e transportadas
a curtas distâncias na atmosfera.
Brisa: é a circulação gerada por um gradiente
horizontal de temperatura, com o intuito de restabelecer o
equilíbrio nessa região.
Brisa Marítima: é a brisa ou o vento próximo
a superfície no sentido do mar para o continente que
se desenvolve nas regiões litorâneas nos períodos
de tarde. A brisa, normalmente, penetra alguns km até
100 km para dentro do continente. A circulação
no plano vertical perpendicular à costa é fechada
em uma profundidade de 1 a 2 km.
Brisa Terrestre: é a brisa ou vento próximo
a superfície no sentido do continente para o mar que
se desenvolve nas regiões litorâneas nos períodos
noturnos. A brisa afeta alguns km até 100 km para dentro
do mar. A circulação no plano vertical perpendicular
à costa é fechada em uma profundidade de 1 a
2 km.
Bruma: suspensão de gotículas de água
na camada atmosférica justaposta à superfície
da Terra, reduzindo a visibilidade horizontal a não
menos que 1km. É também referida como neblina.
Calmaria: condições atmosféricas
destituídas de vento ou de qualquer outro movimento
do ar. Em termos oceânicos, é a ausência
aparente de movimento da superfície de água,
quando não há nenhum vento ou ondulação.
Calmas Equatoriais: nome dado a uma região nos trópicos
onde, de vez em quando, os ventos são muito leves durante
semanas. Nos tempos da navegação à vela,
os navios mantinham-se em calmaria ou calmas equatoriais durante
longos períodos, porque não havia vento que
enchesse as velas. Localizam-se de ambos os lados do Equador,
entre as duas cinturas dos ventos alísios. A sua posição
exata varia de mês para mês, estando mais para
o Norte em junho do que em dezembro. O clima desta região
é quente e úmido com céu nevoado, ventos
leves muito variáveis, muitas trovoadas, calmarias
e tempestades.
Calor: forma de energia transferida entre dois sistemas em
virtude de uma diferença na temperatura. A primeira
lei da termodinâmica demonstra que o calor absorvido
por um sistema pode ser utilizado para a realização
de trabalho ou para elevar a energia interna deste sistema.
Camada de Ekman: na atmosfera é a camada com, aproximadamente,
2 km de profundidade próximo a superfície, na
qual os efeitos do atrito interagem para produzir um hodógrafo
de ventos que giram no sentido anti-horário com a altura
no Hemisfério Sul.
Camada de Inversão: Camada atmosférica na qual
a temperatura aumenta com o aumento da altura.
Camada de Ozônio: é uma forma de oxigênio
com 3 átomos que se forma, naturalmente, nas camadas
superiores do ar e filtra os perigosos raios ultravioleta
da radiação solar. Situa-se entre a troposfera
e a estratosfera, entre 15 e 20 quilômetros da superfície
da Terra. Nas camadas inferiores ele contribui para a formação
do "Smog".
Camada de Superfície: é a camada atmosférica rente
à superfície, geralmente inferior a 100m em
que o transporte turbulento vertical da quantidade de movimento
é constante.
Canal de Relâmpago: Trajeto irregular através
do ar, ao longo do qual ocorre uma descarga de relâmpagos.
Capacidade do Vento: Quantidade total de partículas
materiais que podem ser levantadas por um vento de uma dada
velocidade.
Caramelo: Pedaço de gelo marítimo que é
menor que um fragmento de gelo de tamanho médio.
Carga D'água: Pancada de chuva repentina e excepcionalmente
violenta.
Carta de Previsão: Previsão representada, graficamente,
para uma fração de espaço aéreo.
Catabático: Vento que sopra de encosta abaixo ou vento
de gravidade.
Cavado: é uma região alongada de uma relativa
baixa pressão num plano horizontal. Na região
de cavado as linhas de pressão não são
fechadas. As linhas de pressão abertas apresentam uma
ondulação para o lado das altas pressões.
Cavado Equatorial: área alongada de baixa pressão
atmosférica que é associada com a uma área
de circulação ciclônica mínima.
Oposto de crista.
Ceilômetro: Instrumento usado para medir a altura da
nuvem desde a horizontal até uma mancha de luz projetada
em sua base. É também conhecido como tetômetro
e nefobasímetro.
Células de Circulação: grandes áreas
de circulação do ar, criadas pela rotação
da Terra e pela transferência de calor em direção
aos pólos proveniente do Equador,. A circulação
é restrita a uma região específica, como
os trópicos, regiões de clima temperado ou polar,
o que influencia no tipo de clima nestas regiões.
Central Meteorológica: órgão que coleta,
registra e interpreta os dados meteorológicos de uma
determinada área.
Cerração ou Nevoeiro: massa de minúsculas
gotas de água suspensas na atmosfera, próximas
ou junto à superfície da Terra, que reduzem
a visibilidade horizontal para menos de 1 Km.
Céu Claro: o mesmo que céu limpo.
Céu Limpo: o estado do céu quando nenhuma nuvem
ou obscurecimento são vistos ou detectados do ponto
de observação.
Cheia: enchente de um rio causada por chuvas fortes. Elevação
temporária e móvel das águas de um rio
ou lago. O mesmo que inundação.
Chuva: quantidade de precipitações de qualquer
tipo, principalmente da água em estado líquido.
Chuvas esparsas: chuvas intermitentes durante um período
em pontos isolados.
Chuva Estimada por satélite: indica as chuvas ocorridas
nas últimas 24 horas observadas pelo satélite
meteorológico.
Chuvas isoladas: chuvas distribuídas espacialmente
por algumas localidades de uma determinada área.
Chuvisco: precipitação que cai lentamente em
forma de minúsculas gotas de água.
Chuvoso: céu nublado a encoberto com chuva continua
durante todo o período.
Ciclo da Água: a água evapora-se da superfície
dos mares, rios, lagos e da vegetação terrestre.
O vapor sobe e forma nuvens nas quais esfriam e condensam-se,
voltando a transformar-se em água ou gelo. Depois,
cai sob a forma de chuva, neve ou granizo e a seguir corre
para os rios e os mares completando o ciclo.
Dos 1360 milhões de quilômetros cúbicos
de água que existe na Terra, 97% encontra-se nos oceanos,
2,14% nas calotas polares, 0,37% nos lagos e rios e apenas
0.1% fica na atmosfera estando restante contida no solo. Da
água presente na atmosfera, 84% provém da evaporação
dos oceanos por ação da energia solar; os 16%
restantes resultam da evaporação da água
do solo e dos seres vivos, nomeadamente da transpiração
dos vegetais. A condensação desse vapor de água
atmosférico forma as nuvens.
Ciclone: é uma área com pressão inferior
àquela apresentada ao redor do centro, considerando-se
um mesmo nível. Resulta em convergência de ventos,
os que se movem no sentido horário no hemisfério
Sul. Podem receber nomes específicos de acordo com
sua características e origem como no caso dos Ciclones
Extatropicais que estão normalmente associados às
frentes frias.
Ciclogênese: processo que cria um novo sistema de baixa
pressão ou ciclone, ou intensifica um sistema pré-existente.
Ciclone Extratropical: qualquer ciclone de origem não
tropical. Geralmente, associado às frentes frias e
encontrado nas médias e altas latitudes.
Ciclone Tropical: sistema de baixa pressão de núcleo
quente, que se desenvolve sobre águas tropicais e,
às vezes, subtropicais. Possui circulação
organizada ao redor de seu centro. Dependendo da intensidade
dos ventos em superfície, o sistema pode ser classificado
como distúrbio tropical, depressão tropical,
tempestade tropical ou furacão.
Cintilação: consiste em variações
rápidas, muitas vezes com pulsações,
da luz proveniente de estrelas ou de fontes luminosas terrestres.
É semelhante à tremulina.
Circulação: linha da velocidade tangencial ao
longo de um circuito de partículas do escoamento do
fluido.
Circulação Atmosférica: Movimentos atmosféricos
que se estendem sobre uma parte ou sobre a totalidade da Terra.
Esse movimento de ar e a distribuição dos ventos,
considerando-se as condições médias tomadas
num longo período de tempo, são provenientes
dos diferentes gradientes de pressão (horizontal) e
temperatura(vertical) , das forças de atrito(superfície)
e Coriolis (rotação da Terra).
Circulação descendente de vale e montanha: é
o aquecimento de um fluxo de ar quando desce uma colina ou
o declive de uma montanha. Oposto de circulação
ascendente.
Cirro: nuvem isolada em forma de filamentos brancos e delicados
ou de bancos ou faixas estreitas, brancos ou quase brancos.
Esta nuvem tem aspecto fibroso como fios de cabelo ou rabo
de galo. O cirro é constituído por cristais
de gelo. *Condição de tempo associada: Tempo estável
com aproximação de áreas de instabilidade.
Normalmente na vanguarda da frente fria observam-se muitos
cirros, também são observados sobre a bigorna
de cumulonimbo.
Cirrocúmulo: banco, lençol ou camada fina de
nuvens brancas, sem sombras próprias, constituídas
por elementos muito pequenos em forma de grãos, rugas,
ligados ou não, e dispostos regularmente; a maioria
tem largura inferior a um grau. Estas nuvens são constituídas
quase que, exclusivamente, por cristais de gelo; podem também
existir gotículas de água fortemente sobrefundidas
que passam, rapidamente, a cristais de gelo. O cirrocúmulo
é transparente a ponto de revelar a posição
do Sol ou da Lua.
*Condição de tempo associada: Tempo estável
com aproximação de áreas de instabilidade.
Cirrostrato: véus nebulosos, transparentes e esbranquiçados,
de aspecto fibroso como de cabelo liso que cobre total ou
parcialmente o céu e produz em regra fenômenos
de Halo. O cirrostrato é, principalmente, constituído
por cristais de gelo. *Condição de tempo associada: Tempo estável.
Cisalhamento Vertical: é a diferença vetorial
da velocidade do vento em dois pontos do espaço spanidida
pela distância vertical entre eles, é também
chamado de cortante vertical do vento.
Clima: constitui o estado médio e o comportamento estatístico
das variáveis de tempo (temperatura, chuva, vento,
etc.) sobre um período, suficientemente, longo de uma
localidade. O período recomendado é de 30 anos.
Clima Árido: condição climática
de uma determinada região caracterizada pelo fato de
que as taxas de evaporação e transpiração
são maiores do que a precipitação.
Clima Seco: clima, excessivamente, seco numa região
específica. Deve ser, suficientemente, prolongado para
que a falta de água cause sério desequilíbrio
hidrológico.
Climatologia: é o estudo do clima. Inclui dados climáticos,
a análise das causas das alterações no
clima e a aplicação de dados climáticos
na solução de objetivos específicos ou
problemas operacionais.
Coalescência: é a fusão de duas gotas
de água em uma única gota de maior dimensão.
Código METAR: Indicativo de código para mensagem
de boletins meteorológicos.
Código PILOT: Indicativo do código internacional
de ventos em altitude.
Código SHIP: Indicativo do código sinótico
internacional para navios.
Código Sinótico: Código meteorológico
aprovado pela OMM, no qual os elementos meteorológicos
observados à superfície da Terra são
codificados e grupos de cinco algarismos e transmitidos para
fins sinóticos.
Código SYNOP: Indicativo de código sinótico
internacional para estações meteorológicas
terrestres.
Código TEMP: Indicativo do código de sondagens
com radiosonda.
Comprimento de Onda: é a distância entre duas
cristas consecutivas ou dois cavados consecutivos de uma função
ou campo ondulatório.
Condensação: processo pelo qual o vapor de água
sofre mudança do estado gasoso para o estado líquido.
Processo oposto ao da evaporação.
Condução: transferência de calor pela
ação de uma substância molecular, ou pelo
contato de uma substância com outra.
Confiabilidade: probabilidade de ocorrência de um fenômeno
previsto baseada no numero de modelos meteorológicos
concordantes e na experiência do meteorologista.
Confluência: é uma característica do escoamento
em que as linhas de corrente se unem ou se aproximam. Difluência
é a característica oposta.
Constante de Gás: é a constante de proporcionalidade
entre o produto da pressão, o volume específico
e a temperatura de um gás onde são calores específicos
a pressão constante e volume constante, respectivamente.
Contracorrente: ventos que sopram em direção
oposta aos ventos de nível inferior ou superior como
poderia suceder na circulação monçônica.
Convecção: movimentos em um fluido, responsáveis
pelo transporte e mistura de suas propriedades. Estas propriedades
podem ser calor e/ou umidade.
Convergência: é uma característica do
escoamento em três dimensões em que um elemento
material do fluido tende a diminuir seu volume. Em um escoamento
de duas dimensões um elemento material do fluido tende
diminuir a sua área sob o efeito da convergência.
Coordenadas: usadas na meteorologia são georeferenciadas.
Em qualquer ponto da atmosfera ou oceano, o eixo-x, y e z
apontam nas direções leste, norte e verticalmente
para cima. Isto é, o eixo-z aponta no sentido oposto
da gravidade. Os eixos x, y, z medem as distâncias nas
suas respectivas direções.
Coordenadas universais do tempo: um dos vários nomes
para as 24 horas do dia, usado pelas comunidades científicas
e militares. Outros nomes para esta medida de tempo são
Zulu (Z), ou Tempo Médio de Greenwich (GMT).
Cores crepusculares: spanersas colorações do
céu e dos picos das montanhas ao por do Sol. São
produzidas por refração, dispersão ou
absorção seletiva dos raios luminosos do sol
na atmosfera.
Coroa: Uma ou mais séries, raramente mais de três,
de anéis coloridos de diâmetro relativamente
pequeno, centrados no sol ou na lua. Em cada série
o anel interno é violeta ou azul e o exterior é
vermelho. Entre eles podem ocorrer outras cores.
Corrente de Jato: área de ventos fortes concentrados
em uma faixa relativamente estreita na troposfera, superior
em latitudes médias e regiões subtropicais dos
Hemisférios Sul e Norte.
Cortante do vento: Grau de variação horizontal
ou vertical da direção e velocidade do vento
com relação à distância. É
a diferença vetorial da velocidade do vento em dois
pontos do espaço spanidida pela distância entre
eles.
Cortina de areia: Frente de uma tempestade de areia ou de
poeira tendo a aparência de uma alta cortina gigantesca
que se move mais ou menos rapidamente.
Couve-flor: Uma das formas assumidas pelas nuvens cúmulus.
Crista: é uma região alongada de uma relativa
alta pressão num plano. Na região de crista
as linhas de pressão não são fechadas,
apresentando uma ondulação para o lado das baixas
pressões.
Cúmulo: nuvens isoladas, geralmente densas e de contornos
nítidos, que se desenvolvem verticalmente em forma
de torres. O topo parece muitas vezes uma couve-flor. As porções
da nuvem iluminadas pelo sol são quase de um branco
brilhante; a base é relativamente sombria. O topo do
cúmulo é, às vezes, esfarrapado e constituído
por gotículas de água e cristais de gelo nas
porções mais elevadas em que a temperatura é
inferior a 0º C. *Condição de tempo associada: cúmulos
bem desenvolvidos são capazes de produzir pancadas
de chuva ou aguaceiros; cúmulos pequenos, lembrando
flocos de algodão são também conhecidos
como cúmulos de bom tempo.
Cumulonimbo: nuvem densa e forte de grande extensão
vertical, em forma de montanha ou enormes torres. A região
superior, pelo menos em parte, é lisa, fibrosa ou estriada,
e quase sempre achatada em forma de bigorna. O cumulonimbo
é constituído por gotículas de água
e cristais de gelo na parte superior. Contém também
grandes gotas de chuva e granizo. Quando cobre grande parte
do céu pode, facilmente, confundir-se com Nimbostrato.
Condição de tempo associada: estas nuvens produzem
aguaceiros violentos, acompanhados de relâmpago, trovão
e rajadas de vento moderadas a forte. Algumas vezes produzem
granizo.
Clinómetro: instrumento usado para medir a elevação
angular de uma luz projetada na base de uma nuvem. Mede o
ângulo da base da nuvem incluído pelo observador
ou equipamento, a lanterna e a mancha iluminada na nuvem.
Dados meteorológicos: informações
da atmosfera (temperatura, pressão, vento, umidade,
chuva, radiação solar, etc.) provenientes de
medidas efetuadas por sensores instalados em satélites,
aviões comerciais, navios mercantes, estações
meteorológicas de superfície e altitude, e radares
meteorológicos.
Deformação: é a característica
do movimento do fluido que deforma um elemento de teste do
fluido, sem aumentar ou diminuir o seu volume e sem rotacioná-lo.
Isto é, sob a atuação de um escoamento
deformativo o elemento sofre uma dilatação ao
longo de uma direção e contração
ao longo de outra, sem alterar o seu volume. Frentes térmicas
e bandas de nebulosidade na atmosfera são feitos do
campo de deformação.
Degelo: fusão da neve ou do gelo, ou dos dois, à
superfície da Terra, em conseqüência da
elevação da temperatura acima de 0ºC.
Densidade: é a massa por volume unitário do
fluido em questão. Unidades são kg m-3. Em condições
normais a densidade da água é 1000 kg m-3. A
densidade da atmosfera no nível do mar, em condições
normais, é aproximadamente 1 kg m-3. Ela se relaciona
com a pressão e temperatura através da equação
do estado.
Depressão: em meteorologia é outro nome usado
para definir uma área de baixa pressão, uma
baixa ou cavada equatorial. Também se aplica a uma
fase de desenvolvimento do ciclone tropical conhecida como
depressão tropical, para distinguir o fenômeno
de outras características sinópticas. Depressão tropical: ciclone tropical no qual os ventos
de sustentação da superfície são
de no máximo 60 quilômetros por hora ou menos.
Pode se formar, lentamente, a partir de uma perturbação
tropical ou de uma ondulação que está
se dirigindo para o leste de forma organizada.
Derivada total ou derivada substancial: taxa de variação
com tempo em uma parcela do fluido seguindo o seu movimento.
Derivada local ou Tendência: taxa de oscilação
da variável com tempo em um dado ponto.
Descarga de Retorno: descarga intensa e muito luminosa que
se segue, imediatamente, à descarga elétrica
inicial no sentido inverso, no mesmo canal de um relâmpago.
Desenvolvimento Vertical: acontece com as nuvens de tipo cumuliformes,
causado pela ação das correntes de ar ascendentes.
Podem chegar a mais de 15.000 metros de profundidade, da base
ao topo.
Desigualdade Anual: variações estacionais originadas
de causas meteorológicas.
Desvio do Vento: ângulo entre a direção
do vento e a direção do gradiente de pressão.
Difluência: um característica do escoamento em
que as linhas de corrente se afastam ou se bifurcam corrente
abaixo. Oposto de Confluência.
Dilúvio: queda de chuvas torrenciais que causam inundação
das áreas afetadas.
Direção do Vento: indica de onde o vento sopra,
sendo normalmente representada pela simbologia S (sul), N
(norte), E (leste), W (oeste), e as direções
intermediárias, SE (sudeste), NE (nordeste), NW (noroeste),
SW (sudoeste).
Dispersão da Luz: quando a luz solar chega à
atmosfera terrestre choca com pequenas partículas (moléculas)
de ar e com pó em suspensão e dispersa-se ou
desvia-se em várias direções. A dispersão
da luz explica a cor do céu. A luz branca é
uma mistura de cores, que tem spanersos comprimentos de onda,
mas nem todos estes sofrem a mesma dispersão. A luz
azul e a luz violeta são mais desviadas do que as outras.
De dia, o céu é azul porque há mais luz
azul desviada para o solo. Pela manhã e ao entardecer,
o Sol está baixo no firmamento e a sua luz tem de atravessar
uma camada atmosférica mais espessa para chegar até
nós. Se olharmos em direção ao Sol, a
luz que chega aos nossos olhos perdeu em grande parte as ondas
azul e violeta. Estas cores foram dispersas por pequenas partículas
de pó na atmosfera. A luz vermelha e laranja têm
maior comprimento de onda, não são desviadas
e por isso, o Sol aparece vermelho quando se levanta e quando
se põe.
Dissipação: diminuição ou desaparecimento
de uma condição meteorológica, como nevoeiro,
nuvens, etc. Difusão pela introdução
de condições diferentes.
Distúrbio Ondulatório: deformação
local de uma frente que caminha na vanguarda principal com
a aparência de uma formação ondulada e
que, geralmente, se transforma num ciclone bem caracterizado.
spanergência: é uma característica do escoamento
em três dimensões em que um elemento material
do fluido tende a se expandir ou aumentar seu volume. Em um
escoamento de duas dimensões um elemento material do
fluido tende aumentar a sua área. É o movimento
do vento que resulta numa corrente horizontal de ar vinda
de uma região em particular. Em níveis mais
baixos está associada, no alto, com um movimento descendente
do ar suspenso. Oposto de convergência.
Dióxido de Carbono: gás pesado e incolor que
é o quarto componente mais abundante do ar seco. Abrange
0,033%.
Doldrums: termo náutico para a área equatorial
de baixa pressão (cavado), com especial referência
aos ventos leves à superfície encontrados nesta
região.
Drenagem de Ar: termo genérico usado para indicar o
fluxo de ar relativamente frio, encosta abaixo, provocado
pela ação da gravidade.
Drosometria: medição da quantidade de orvalho
que se forma diariamente, pelo emprego do drosômetro.
Duplicatus: bancos, lençóis ou camadas de nuvens
superpostas em níveis ligeiramente diferentes, algumas
vezes, parcialmente, soldados entre si. Este termo se aplica,
principalmente ao cirrus, cirrostratus, altocumulus, altostratus
e stratocumulus.
Efeito Coriolis: força por unidade
de massa que deriva apenas da rotação da Terra
e que age como força de deflexão. Depende da
latitude e da velocidade do objeto em movimento. No hemisfério
Norte o ar se desvia para a direita de seu caminho, enquanto
que no hemisfério Sul se desvia para a esquerda. A
força é maior nos pólos Norte e Sul e
quase inexistente no Equador.
Efeito de Lénard: separação de cargas
elétricas na precipitação da chuva provocada
pelo rompimento das gotículas de água, tornando
essas gotículas carregadas positivamente e o ar carregado
negativamente.
Efeito de Umkehr: anomalia provocada pela presença
da camada de ozônio em altitude, das intensidades zenitais
relativas de certas radiações ultravioletas
difusas de origem solar, assim que o sol está próximo
ao horizonte.
Efeito de Venturi: decréscimo local de pressão,
aumento local do vento e o aparecimento de rajadas em certas
regiões quando o vento sopra através de uma
passagem estreita de montanhas ou através de um desfiladeiro.
Efeito Estufa: aquecimento global da parte mais baixa da atmosfera
da Terra, devido principalmente à presença de
dióxido de carbono e vapor de água, que permitem
que os raios do Sol aqueçam a Terra, mas impedem que
parte desse aquecimento retorne para o espaço.
Eficiência Térmica: elemento climático
na classificação de climas de Thornthwaite corresponde
à eficácia da precipitação.
Eixo de Anticiclone: num anticiclone, a linha que une os lugares
de máxima pressão em cada nível.
Eixo de Cavado: linha imaginária num cavado ao longo
da qual a curvatura ciclônica das isóbaras ou
contornos é um máximo.
Elementos Higrométricos: elementos que indicam o grau
de saturação, que são usados nos diagramas
aerológicos.
Elementos Meteorológicos: podemos considerar como sendo:
pressão, temperatura, nebulosidade, umidade, precipitação,
direção e velocidade do vento, etc.
Eletricidade Atmosférica: agregado de vários
fenômenos elétricos que ocorrem naturalmente
na atmosfera.
Eletrojato: corrente de eletricidade que se move na atmosfera
superior ao redor do Equador e das regiões polares,
onde tem lugar o aparecimento das auroras.
Eletrometeoros: é uma manifestação visível
ou audível da eletricidade atmosférica. Podem
ocorrer sob a forma de descargas elétricas descontínuas
como relâmpago e trovão ou fenômenos mais
ou menos contínuos como fogo de São Telmo, aurora
polar, etc.
Elevação da Estação: distância
vertical sobre o nível médio do mar, que é
o nível de referência para todas as medidas atuais
da pressão atmosférica naquela estação.
El Niño: aquecimento cíclico da temperatura
da água do mar no Oceano Pacífico Oriental e
na costa ocidental da América do Sul, que pode resultar
em mudanças significativas dos padrões climáticos.
Isto acontece quando as águas mornas equatoriais mudam
e deslocam as águas mais frias da Corrente de Humbolt,
interrompendo o seu processo de ascensão.
Embacle: empilhamento de gelo numa corrente depois de um recongelamento,
formando assim uma pilha.
Enchente: evento que resulta da incapacidade temporária
de um canal de drenagem de rio, córrego etc, conter
em sua calha normal o volume de água por ele recebido,
ocasionando o extravasamento da água excedente.
Enchente repentina: inundação que acontece muito
rapidamente, com pouca ou nenhuma possibilidade de um alerta
antecipado e que, em geral, resulta de chuva intensa sobre
uma área relativamente pequena. Enchentes repentinas
podem ser causadas por chuva súbita excessiva, pelo
rompimento de uma represa ou pelo descongelamento de uma grande
quantidade de gelo.
Enchimento: aumento da pressão no centro de baixa pressão
durante um certo intervalo de tempo.
Encoberto: céu encoberto por oito oitavos de camada
de nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada
celeste em oito oitavos. O cálculo é baseado
na soma de todas as nuvens daquela camada específica
Encosta de Barlavento: parte da encosta de uma colina ou montanha,
ou mesmo uma região situada de frente para o vento
em conseqüência de um acidente de relevo.
Encosta de Sotavento: parte da encosta de uma colina ou montanha
ou região, abrigada do vento em conseqüência
de um acidente de terreno.
Ensolarado: predomínio de sol.
Eólico: ação e efeito dos ventos.
Eolípila: bola de metal para demonstrar a geração
dos ventos.
Equação de Movimento: equação
que expressa a segunda lei de Newton ou o princípio
de conservação da quantidade de movimento, ou
seja, a aceleração de uma partícula é
igual ao somatório de forças atuantes sobre
a parcela.
Equação de Continuidade: equação
que expressa a conservação de massa.
Equação Termodinâmica: expressão
da lei da conservação da energia.
Equação de Vorticidade: equação
obtida através do rotacional da equação
de movimento. Para os sistemas sinóticos o componente
vertical da vorticidade relativa, é o mais importante.
Equação Omega: equação diagnóstica
obtida pela eliminação da tendência geopotencial
entre as equações quasigeostróficas de
vorticidade e termodinâmica.
Equação de Tendência: equação
diagnóstica obtida pela eliminação da
velocidade vertical nas equações quasigeostróficas
de vorticidade e termodinâmica.
Equador: círculo geográfico a zero graus de
latitude na superfície da Terra. É a linha imaginária
que spanide o planeta em Hemisfério Norte e Hemisfério
Sul, sendo eqüidistante dos pólos Norte e Sul.
Equinócio: ponto no qual a eclíptica intercepta
o Equador celestial. Dias e noites são quase iguais
em duração. No hemisfério Norte, o equinócio
da primavera cai em torno de 20 de março e o equinócio
do outono em torno de 22 de setembro.
Erro de Paralaxe: um dos erros de leitura dos instrumentos
meteorológicos, principalmente do barômetro.
Deve-se às propriedades de refração da
luz e da ótica.
Escala de Temperatura: meio usado para medir a temperatura.
Existem várias escalas de temperatura: Celsius, Fahrenheit,
Kelvin, etc. A escala Celsius é baseada no ponto de
congelamento e ebulição da água, enquanto
a escala Kelvin é fundamentada na teoria cinética
molecular e é a escala usada para os cálculos
científicos.
Escala de Beaufort: sistema para calcular e informar a velocidade
do vento. É baseado na força ou número
de Beaufort, o qual é composto da velocidade de vento,
um termo descritivo, e os efeitos visíveis sobre as
superfícies da Terra ou do mar.
Escala Celsius de Temperatura: medidas de temperatura.
Escala de Intensidade Fujita: escala para classificar os tornados
de acordo com a velocidade de ventos de rotação
e os danos causados pelos tornados.
Escala Fahrenheit de Temperatura: escala de temperatura em
que a água, no nível do mar, tem um ponto de
congelamento de +32 º F e um ponto de ebulição
de +212 º F. Usada em áreas que seguem o sistema
inglês de medidas.
Escala Kelvin de Temperatura : escala de temperatura cujo
ponto de congelamento é em +273º K e o ponto de
ebulição em +373 º K. Usada para propósitos
científicos. É também conhecida como
Escala de Temperatura Absoluta.
Escala Sinóptica: tamanho dos sistemas migratórios
de alta ou baixa pressão na mais baixa troposfera,
levando em consideração uma área horizontal
de várias centenas de quilômetros ou mais. Contrasta
com macro-escala, meso-escala e tempestades.
Escorrimento: escoamento de água em direção
aos rios ao longo da superfície terrestre ou dentro
do solo.
Esporão: saliência de gelo submersa de um icebergue
ou blocos de gelo amontoados. Sua formação deve-se,
habitualmente, à fusão mais intensa da parte
do gelo não submersa.
Estabilidade: característica do escoamento de um fluido
que diz respeito a tendência de diminuição
ou aumento de uma perturbação pequena superposta
nele. Quando a perturbação tende a crescer o
escoamento ou o estado do fluido é dito instável.
Quando a perturbação tende a diminuir o escoamento
ou o estado do fluido é dito estável. Na ciência
atmosférica encontramos vários tipos de estabilidade
ou instabilidade dependendo do tipo e a escala de perturbação.
Estabilidade Estática: medida da estratificação
de um fluido planetário. Para atmosfera terrestre a
expressão em coordenadas isobáricas representa
adequadamente as condições de estabilidade para
perturbações de parcelas do ar na vertical.
Quando é positiva a atmosfera é estável.
Estação meteorológica: local onde são
usados diferentes tipos de instrumentos desenvolvidos para
a realização de observações e
relatórios sobre o estado de tempo em várias
partes do mundo. As estações podem ser classificadas
do seguinte modo: estações Sinópticas,
Climatológicas, de Meteorologia Aeronáutica,
de Meteorologia Agrícola e Espaciais.
Estações de Radiossondagem: são estações
meteorológicas que medem as propriedades físicas
da atmosfera em altitude, em geral, é utilizado um
balão que transporta uma radiossonda a qual, através
de sinais de radio, transmite os valores da pressão,
temperatura e umidade da atmosfera em vários níveis.
Estações do Ano: cada um dos 4 períodos
de tempo separados pelos extremos da rota de translação
da Terra em relação ao Sol, representados por
condições climáticas diferentes causadas
pela inclinação do eixo da Terra em relação
ao plano da eclítica. Os períodos são:
primavera, verão, outono e inverno.
Estegrama: curva associada com os resultados de uma sondagem
aerológica e que representa a pseudotemperatura do
bulbo úmido como uma função da pressão.
Estrato: camadas nebulosas, cinzentas, de base uniforme e
definida. Às vezes, os estratos apresentam-se em forma
de bancos esfarrapados. São constituídos por
gotículas de água e quando espessos, podem conter
gotículas de chuvisco. Podem ser tão tênues
que permitem distinguir, nitidamente, o contorno do Sol ou
da Lua. *Condição de tempo associada: quando produzem
precipitação é sempre em forma de chuvisco.
Estas nuvens podem se formar muito próximo do solo,
produzindo restrição da visibilidade horizontal
semelhante a um nevoeiro denso.
Estratocúmulo: banco, lençol ou camada de nuvens
cinzentas ou esbranquiçadas, quase sempre com porções
escuras, constituídas por massas em mosaico, glóbulos,
rolos etc., de aspecto não fibroso, ligadas ou não.
Estas nuvens são constituídas, principalmente,
por gotículas de água e têm uma transparência
bastante variável. *Condição de tempo associada: mantém
o céu nublado e por muitas vezes com chuva fraca e
continua. Geralmente, são formadas quando há
uma forte circulação marítima.
Evaporação: processo físico pelo qual
um líquido como a água é transformado
em estado gasoso como vapor de água. É o processo
físico oposto de condensação.
Evaporímetro: instrumento utilizado na medição
da perda de água por uma superfície saturada.
Evapotranspiração: total de água transferida
da superfície da Terra para a atmosfera. É composto
da evaporação do líquido, ou “água
sólida”, acrescida da transpiração
das plantas.
Faixa de Vapor D'água: faixas escuras
no espectro solar provocadas pela absorção da
radiação solar pelo vapor d'água existente
na atmosfera terrestre.
Farol de Teto: instrumento usado à noite para projetar
um feixe de luz vertical concentrado à base das nuvens,
a fim de medir a altura das mesmas com o uso do clinômetro.
Fator Pluviométrico: obtém-se spanidindo a quantidade
total de precipitação pela temperatura média.
Fenômeno de Difração: imagem de interferência
produzida no inteior da sombra geométrica projetada
por um objeto devido ao curvamento, por uma quantidade que
varia com o comprimento das ondas luminosas que encontram
obstáculo.
Flecha de Vento: numa carta sinótica, um curto segmento
de reta que termina no círculo da estação
e representa a direção de onde sopra o vento.
Fluxo de Gradiente: fluxo sem fricção horizontal
no qual as isóbaras e as linhas de fluxo coincidem.
Fluxo Luminoso: quantidade característica do fluxo
radiante e que expressa sua capacidade em produzir sensação
luminosa.
Foehn: vento seco com forte componente descendente, quente
para a estação e característico de muitas
regiões montanhosas. O ar é resfriado dinamicamente
ao subir as montanhas, porém, isto conduz à
condensação que detém a queda da temperatura
através da liberação do calor latente.
Fogo de S. Telmo: descarga elétrica luminosa na atmosfera,
mais ou menos contínua, de intensidade fraca ou moderada,
que parte de objetos altos na superfície do globo como
pára-raios, cata-ventos, mastros de navios. Surge muitas
vezes em forma de penachos esverdeados, claramente visíveis
à noite.
Força de Coriolis: força aparente que atua sobre
um elemento do fluido em deslocamento sobre um planeta em
rotação. A força de Coriolis atua na
direção perpendicular ao movimento para a esquerda
do movimento horizontal no hemisfério Sul. Ela é
nula sobre o Equador, negativa no hemisfério Sul e
positiva no hemisfério Norte, atingindo valores extremos
nos pólos.
Força de Gradiente de Pressão: força
que atua num elemento de fluido devido a variação
espacial de pressão. Atua no sentido oposto do gradiente
de pressão e a sua intensidade é proporcional
ao módulo do gradiente.
Fotometeoros: fenômeno luminoso produzido pela reflexão,
refração, difração ou interferência
da luz proveniente do Sol ou da Lua. Podem observar-se nas
seguintes condições: em ar limpo como miragem,
cintilação, raio verde; à superfície
das nuvens ou no seu interior como fenômenos de halo,
coroa, biação, glória; e dos hidrometeoros
ou dos litometeoros como arco-íris, arco-íris
branco, anel de bispo, raios crepusculares.
Fotos de Satélite: fotos tiradas por satélite
meteorológico que revelam informações
importantes, como o fluxo do vapor de água, o movimento
das frentes climáticas e o desenvolvimento de um sistema
tropical. Sequências de imagens registradas por satélites
ajudam os meteorologistas a elaborar as previsões do
tempo. Algumas fotos são tiradas durante um período
de luz visível, luz do dia. Outras são tiradas
com lentes infravermelhas, que revelam a temperatura das nuvens
e podem ser usadas de dia ou de noite.
Fracto: prefixo aplicado à formação de
nuvens e significa "rasgada pelo vento".
Frente: zona de transição entre uma massa de
ar quente e uma massa de ar frio. O gradiente horizontal de
temperatura através da zona frontal é forte.
Frente Anabática: frente na qual o ar quente se eleva
ao longo da superfície de descontinuidade, acima da
qual ele se encontra.
Frente Ativa: plano limítrofe entre duas massas de
ar no qual o ar é forçado a subir.
Frente Catabática: frente na qual o ar quente desce
ao longo da superfície de descontinuidade, acima da
qual ele se encontra.
Frente Climatológica: posição geográfica
média ou característica de frente numa certa
região da Terra.
Frente de Altitude: frente que existe em níveis mais
altos, porém não alcança a superfície
da Terra.
Frente de Tempo: lugar de todas as posições
possíveis de uma aeronave após uma hora de vôo,
a partir do tempo de partida ou de uma frente de tempo anterior.
Frente de Tormenta: acumulação vertical de ar
frio numa frente fria muitas vezes tomando a forma de uma
língua suspensa.
Frente Difusa: frente cuja presença na carta sinótica
de superfície é difícil de ser determinada
após os estudos dos elementos meteorológicos.
O contraste entre os elementos próximos à frente
é fraco e a largura da zona frontal é grande.
Frente Dissimulada : frente real cuja presença, não
é prontamente evidente na carta sinótica de
superfície dadas às influências locais
de radiação.
Frente estacionária: frente que é quase estacionária,
com nenhum ou reduzido deslocamento observado desde o seu
último registro de posição. Também
conhecida como frente semi-estacionária.
Frente Meteorológica: região que delimita duas
massas de ar com características distintas, ocasionando
certos fenômenos meteorológicos como nuvens,
precipitação, turbulência, etc.
Frente fria: massa de ar frio que avança na direção
da massa do ar quente.
Frente oclusa: este sistema se forma quando uma frente fria
alcança uma frente quente.
Frente Polar: fronteira semi-contínua e semi-permanente
entre massas de ar polar e massas de ar tropical. Parte integrante
de uma teoria meteorológica conhecida como "Teoria
da Frente Polar".
Frente quente: massa de ar quente que avança na direção
da massa do ar frio
Frente Semi-Estacionária: frente que é quase
estacionária, com nenhum ou reduzido deslocamento observado
desde o seu último registro de posição.
Também conhecida como frente estacionária.
Freqüência: expressa o número de ciclos
por tempo unitário.
Frio: condição marcada por temperatura reduzida
ou abaixo de seu normal. Ausência de calor.
Frontogênese: é o processo de formação
de frente ou intensificação de uma frente existente.
Em situações de frontogênese o gradiente
térmico aumenta e nas situações de frontólise
o gradiente diminui com tempo.
Frontólise: Processo de atenuação ou
desaparecimento de uma frente ou de uma zona frontal.
Fumaça: pequenas partículas suspensas no ar
produzidas por combustão. Podem se transformar em neblina
quando viajam por uma distância de 40 a 160 quilômetros
ou mais ou ainda, quando as partículas maiores se dispersam.
Neste caso, as partículas restantes se espalham amplamente
pela atmosfera.
Fumigação: aquecimento do ar nas hortas para
combater as geadas.
Furacão: nome dado aos ciclones tropicais com velocidade
de ventos contínuos igual ou superior a 120km/h, de
ocorrência no Oceano Atlântico Norte, mar do Caribe,
Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico.
Este mesmo ciclone tropical é conhecido como tufão
no Pacífico ocidental e como ciclone no Oceano Índico.
Galope: vibrações causadas
pelo vento e formação de gelo nas linhas de
transmissão.
Garganta: área de pressão relativamente baixa
em forma de garganta entre dois anticiclones.
Garoa: expressão regional do Brasil, principalmente
de São Paulo, para expressar chuvisco.
Geada: depósito de gelo cristalino sobre superfície
exposta ao ar livre, resultante do congelamento do vapor d’água
existente no ar próximo a superfície.
Gelo: forma sólida de água. Pode ser encontrado
na atmosfera em forma de cristais de gelo, bolas de gelo e
granizo.
Geopotencial: energia potencial de uma parcela do ar de massa
unitária, sendo que o seu valor referencial de zero
encontra-se, em geral, no nível médio do mar.
Geostrófico: vento que sopra paralelo às isóbaras.
Globo Terrestre: apresenta forma geóide, com um raio
médio de 6.371 km, sendo o raio equatorial cerca de
21,5 km maior que o raio polar. Possui uma camada superficial
rochosa, denominada litosfera, formando a crosta terrestre.
Sobre esta camada deposita-se a hidrosfera, constituída
das águas oceânicas e continentais, e a atmosfera
com suas diferentes camadas.
Glória: constituída por uma ou mais séries
de anéis coloridos, que o observador vê em volta
da sua própria sombra projetada sobre o nevoeiro, orvalho
ou sobre uma nuvem composta por numerosas partículas
de pequenas dimensões. Os anéis coloridos devem-se
à difração da luz e têm disposição
igual à da coroa.
Gradiente: operador vetorial. A orientação do
gradiente é a direção em que a variável
está oscilando com a maior taxa e o seu modulo é
justamente esta taxa.
Granizo: precipitação que se origina de nuvem
cumulonimbo e que cai em forma de bolas ou pedaços
irregulares de gelo.
Grau: medida de diferença de temperatura que representa
uma única spanisão numa escala de temperatura.
Grosswetterlage: distribuição média da
pressão para um intervalo de tempo, durante o qual
as características essenciais da circulação
atmosférica permanecem, aproximadamente, invariáveis
sobre uma vasta região.
Grumo: acumulações de cristais de gelo que permanecem
separados ou apenas congelados entre si. Formam uma camada
delgada dando à superfície do mar um tom cinza
ou cor de chumbo.
Guiagem: influência exercida na direção
do movimento de perturbações de níveis
baixos pelas correntes de ar dos níveis mais altos.
Guiagem Térmica:
Guiamento: dispositivos que têm por fim controlar a
atitude de um veículo, a fim de que descreva uma trajetória
predeterminada, alcance um objetivo ou fixo, ou ainda, que
siga spanersas trajetórias e alcance spanersos objetivos
predeterminados.
Halo: produzido pela refração
ou reflexão da luz por cristais de gelo em suspensão
na atmosfera como nuvens cirriformes, nevoeiro gelado, etc.
Estes fenômenos quando há refração
da luz solar podem apresentar cores. Os halos produzidos pela
luz da lua são sempre brancos. O tipo mais vulgar de
halo é um anel em volta do sol ou da lua.
Heliograma: registro feito por um registrador de insolação.
Também é o diagrama de registro de um heliógrafo.
Heliógrafo: instrumento utilizado para medir insolação
ou radiação total que atinge a superfície
do globo.
Heliógrafo de Campbell-Stokes: utilizado como padrão
de referência para todos os tipos de heliógrafo,
e conhecido por heliógrafo de referência provisório.
Determina a insolação concentrando os raios
solares com uma esfera de vidro de tal modo que incidam sobre
um cartão no qual produzem um traço queimado.
Heterosfera: termo proposto para a região atmosférica
acima de 80km, na qual a composição do ar atmosférico
varia como resultado de uma fotodissociação
ou separação difusa de alguns componentes.
Hidroestimador: método que utiliza uma relação
empírica exponencial entre a precipitação
estimada por radar e a temperatura de brilho do topo das nuvens,
extraídas do canal infravermelho do satélite
GOES-12, gerando taxas de precipitação em tempo
real, isto é, feito de forma automática.
Hidrometeoro: fenômenos meteorológicos resultantes
de modificações no estado de vapor de água
na atmosfera. Podem ocorrer sob as formas seguintes: precipitação
como chuva, chuvisco, neve, saraiva; virga; partículas
mais ou menos em suspensão na atmosfera como nevoeiro,
neblina; depósitos como orvalho, geada, gelo poroso,
gelo vítreo.
Hidrometeorologia: ramo da meteorologia que está relacionado
à hidrologia.
Hidrosfera: partes da superfície da Terra constituídas
de água e de gelo.
Higrógrafo de Cabelo: instrumento que fornece um registo
contínuo da umidade relativa. O cabelo humano isento
de óleo ou gordura, altera o seu comprimento em função
da umidade relativa. Por meio de um sistema de alavancas,
a alteração do comprimento do cabelo é
amplificada e registrada por uma pena sobre um gráfico
aposto a um cilindro que roda em movimento uniforme.
Higrometria: parte da física que determina a quantidade
de água em vapor contida na atmosfera.
Higrômetro: instrumento utilizado na medição
da umidade ou conteúdo de vapor de água na atmosfera.
Hodógrafa: linhas que unem as extremidades dos vetores
que representam em coordenadas polares, as velocidades dos
ventos em altitudes e em níveis sucessivos.
Icebergue: grande massa de gelo, flutuante
ou encalhada, que emerge mais de 5 metros do mar, tendo se
desprendido de uma geleira.
Ilha de Gelo: bloco de gelo à deriva que se destacou
de uma falésia de gelo.
Iluminação Difusa: iluminação
sem qualquer contribuição direta da radiação
solar.
Imagem de alta resolução: na imagem é
possível a identificação de alguns sistemas
meteorológicos que poderão ser vistos em mais
detalhes através do Radar Meteorológico para
verificação se há ou não chuva
como também, a intensificação ou desintensificação
dos sistemas ao longo do tempo.
Incus: porção superior do cumulonimbus que se
expande em forma de bigorna, tendo aspecto fibroso, liso ou
estriado.
Índice de Calor: combinação da temperatura
do ar e umidade que descrevem como a temperatura é
sentida. Não se trata da temperatura atual do ar.
Índices de Frio do Vento: cálculo de temperatura
que considera os efeitos do vento e da temperatura do ar no
corpo humano. Descreve a média da perda de calor num
corpo humano e a maneira como a temperatura é sentida.
Não é a temperatura atual do ar
Índice de Temperatura e umidade: mostra como o calor
e a umidade nos fazem sentir. Se soubermos a temperatura e
a umidade relativa, podemos saber quão desconfortável
estamos.
Índice Ultravioleta: a radiação ultravioleta
(R-UV) é a parte do espectro eletromagnético
referente aos comprimentos de onda entre 100 e 400nm. De acordo
com a intensidade que a R-UV é absorvida pelo oxigênio
e ozônio e, também pelos efeitos fotobiológicos
costuma-se spanidir a região UV em três intervalos:
Pode-se dizer que o Sol emite energia em, praticamente, todos
os comprimentos de onda do espectro eletromagnético
permeados pelas spanersas linhas de absorção.
44% de toda essa energia emitida se concentra entre 400 e
700 nm, denominado espectro visível de energia. O restante
é spanidido entre radiação ultravioleta
(menor que 400nm) com 7%, infravermelho (entre 700 e 1500nm)
com 37% e infravermelho (maior que 1500nm) com 11%. Menos
de 1% da radiação emitida concentra-se acima
da região do infravermelho, como seja, microondas e
ondas de rádio, e abaixo da região ultravioleta,
como raios X e raios gama.
Infiltração: movimento da água de superfície
que penetra no solo. A infiltração é
igual ao total de precipitação menos as perdas
causadas pela captação das plantas, à
retenção nas depressões na superfície
do solo, à evaporação e ao escorrimento
de superfície.
Informação Meteorológica: boletins meteorológicos,
análises, previsões e quaisquer outros elementos
de informações relativos às condições
meteorológicas.
Insolação: radiação solar recebida
pela Terra.
Instabilidade Baroclínica: vulnerabilidade de um escoamento
planetário representado pela corrente de jato a uma
perturbação de escala sinótica e/ou subsinótica.
A instabilidade se deve ao gradiente horizontal de temperatura
ou cisalhamento vertical do escoamento. O desenvolvimento
de sistemas sinóticos de médias latitudes como
ciclones extratropicais se deve a este mecanismo.
Instabilidade Barotrópica: vulnerabilidade do corrente
de jato para perturbação de escala sinótica
devido à variação da vorticidade na zona
do jato. A energia cinética da perturbação
aumenta recebendo a energia cinética do escoamento
básico.
Isoterma: é a superfície na qual a temperatura
é constante. Em um plano horizontal as isotermas são
linhas que passam pêlos pontos de igual temperatura.
Isto é, um lado da isoterma a temperatura é
maior do que no outro lado.
Intercâmbio: mistura das características entre
duas ou mais massas de ar. Termos, geralmente, aplicados à
mistura das massas de ar polares e tropicais.
Inundação: transbordamento de uma área
por águas fluviais, por chuva, neve derretida, etc.
Inverno: do ponto de vista astronômico é o período
entre o solstício de inverno e o equinócio vernal.
É caracterizado pelas temperaturas mais frias do ano,
quando o Sol está sobre o hemisfério oposto.
Isto ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro no
hemisfério Norte, e nos meses de junho, julho e agosto
no Hemisfério Sul.
Inversão: o conceito está associado ao aumento
ou redução habituais de uma propriedade atmosférica
em grandes altitudes. Normalmente, refere-se à razão
direta do aumento de temperatura em elevação
de altitude, que é o inverso do declínio habitual
da temperatura em locais altos.
Inversão de Temperatura: condição pela
qual o ar próximo da superfície da Terra torna-se
mais frio que acima, isto é, o inverso do normal; a
temperatura aumenta com altitude por uma curta distância.
Irisações: são cores que aparecem nas
nuvens, umas vezes misturadas outras vezes em forma de faixas,
sensivelmente paralelas aos bordos das nuvens. Predominam
o verde e o cor de rosa, muitas vezes, com tonalidade pastel.
As linhas de separação entre as cores não
formam círculos com o Sol no centro, mas sim faixas
que acompanham os contornos da nuvem.
Isóbara: superfície na qual a pressão
atmosférica é constante. Em um plano horizontal
as isóbaras são linhas que passam pelos pontos
de igual pressão. Isto é, um lado da isóbara
a pressão é maior do que do outro lado.
Isoterma: superfície na qual a temperatura é
constante. Em um plano horizontal as isotermas são
linhas que passam pelos pontos de igual temperatura. Isto
é, um lado da isoterma a temperatura é maior
do que do outro lado.
Jato Subtropical: ventos fortes em altos
e médios níveis que separa o ar subtropical
e o ar tropical. No Hemisfério Sul tende a migrar para
Sul no verão e para Norte no inverno.
Jet Streams: correntes de jato são ventos que se iniciam
na atmosfera a cerca de 6 km de altitude, provocados por abruptas
diferenças de temperatura entre o ar da troposfera
e da estratosfera e podem estender-se ao longo de milhares
de quilômetros de comprimento e alguns quilômetros
de largura. Umas vezes, estes ventos sobem em direção
à atmosfera, outras descem em direção
à superfície da Terra formando tempestades.
Laguna: extensão de água
salgadas ou salobras, separadas por mar por um cordão
litorâneo cortado por um canal que mantém ligação
com o mar.
La Niña: período de intensificação
dos ventos e resfriamento anormal da superfície no
centro e leste do Pacifico Tropical. O oposto de El Niño.
Lanterna: instrumento que consiste em um tambor e um sistema
óptico que projetam uma faixa estreita e vertical de
luz sobre uma base de nuvem.
Laplaciano: operador que mede as saliências dos campos
escalares tridimensionais ou bidimensionais. Elas são
equivalentes à segunda derivada que mede as máximas
e mínimas. Nas regiões próximas às
máximas o Laplaciano da variável é negativo
e nas regiões de mínimas ele é positivo.
Latitude: medida angular, em graus, entre o plano do Equador
e a normal a um ponto qualquer sobre a superfície elipsoidal
de referência. É com freqüência representada,
graficamente, por linhas que se distribuem paralelamente ao
Equador, em direção aos pólos norte e
sul, localizados a 90º em relação ao Equador.
Latitudes Altas: faixa localizada, aproximadamente, entre
os paralelos de 60 e 90 graus, em ambos os hemisférios.
Esta região é também denominada de Região
Polar.
Latitudes Baixas: faixa localizada, aproximadamente, entre
os paralelos de 0 e 30 graus, em ambos os hemisférios.
Esta região é também denominada de Região
Tropical ou Tórrida.
Latitudes Médias: faixa localizada, aproximadamente,
entre os paralelos de 35 e 65 graus, em ambos os hemisférios.
Esta região é também denominada de Zona
Temperada.
Lei De Ballot: a relação entre a direção
do vento e a localização das altas e baixas
pressões que o geram.
Lençol de Nuvens: disposição particular
das nuvens que formam uma camada contínua e relativamente
fina de grande extensão horizontal.
Levantamento Orográfico: quando o ar úmido é
forçado a se elevar devido a um obstáculo de
grandes proporções. O resfriamento pode resultar
na formação de nuvens.
Língua: saliência da borda do gelo provocada
pelo vento ou pela corrente e que pode ter vários quilômetros
de comprimento.
Linha de Borrasca: rajadas de vento que têm lugar ao
longo de uma linha separando áreas que apresentam grande
diferença de pressão atmosférica.
Linha de Cavado: linha que atravessa uma área ciclônica
e que é perpendicular ao curso do ciclone.
Linha de Corrente: linha traçada dentro do escoamento
de um fluido de tal forma que o escoamento é tangencial
a esta linha em todos os pontos a onde ela passa. As linhas
de corrente que começam na fronteira, necessariamente,
terminam na fronteira do domínio estudado. As linhas
que começam dentro do domínio, necessariamente,
se fecham.
Linha de Corrente de Ar: linhas que são traçadas
paralelamente à direção do vento para
indicar a disposição do fluxo das massas de
ar.
Linha de Descontinuidade: linha de trovoadas que marcam a
posição de uma frente em movimento.
Linha de Instabilidade: região de formação
de nuvens do tipo cumulus e cumulonimbus em formato de uma
linha contínua. O vento pode aumentar abruptamente,
a temperatura cai de modo súbito acompanhadas por pancadas
de chuva e granizo, e muitas vezes por relâmpagos e
trovões. Geralmente, antecede ou sucede as frentes.
Litometeoros: meteoro constituído por um conjunto de
partículas cuja maior parte é sólida
e não aquosa. As partículas estão mais
ou menos em suspensão no ar ou são levantadas
do solo pelo vento como bruma seca, bruma de poeira, fumo,
nuvem de poeira ou de areia, tempestade de poeira ou areia,
turbilhão de poeira ou areia.
Longitude: medida angular, em graus, entre o plano de um meridiano
de referência e o plano meridiano que passa por um ponto
qualquer sobre uma superfície elipsoidal de referência.
É com freqüência representada graficamente
por linhas que circundam o planeta, passando pelos pólos
norte e sul. A distância entre estas linhas é
maior no Equador e menor em latitudes mais elevadas. As Zonas
de Tempo encontram-se relacionadas à longitude.
Luminância: quociente da intensidade da luz emitida
numa direção dada, pela projeção
da área de uma superfície luminosa emissora
sobre um plano perpendicular àquela direção.
Luminância de Nuvem: Luminância determinada pela
quantidade de luz difundida e refletida pelas partículas
que constituem uma nuvem.
Luz Celeste: emissão de radiação quase
permanente pelos gases da alta atmosfera que pode ser distinguida
à noite e que se presume existir durante o dia.
Maestro: vento que sopra na direção SE no mar
Adriático, em geral, no inverno e na primavera.
Mapa Sinóptico: qualquer mapa ou quadro que descreva
as condições meteorológicas ou atmosféricas
de uma grande área em qualquer momento determinado.
Mapas de Tempo: mapas de grandes regiões onde o meteorologista
anota para cada estação meteorológica
os dados de lá provenientes. Podem ser de vários
parâmetros meteorológicos, como chuva, vento,
pressão, temperatura entre outros, que irão
auxiliar o previsor a traçar ou localizar as massas
de ar, as frentes, etc. Os mapas de tempo também são
chamados de cartas meteorológicas ou cartas sinóticas.
Marulho: ver swell.
Massa de Ar: corpo extenso de ar, ao longo do qual, as características
horizontais de temperatura e umidade são semelhantes.
Massa de Ar Ártico: massa de ar que se desenvolve ao
redor do Ártico, caracterizada pelo frio da superfície
nas grandes altitudes. O limite desta massa de ar é,
freqüentemente, definido como frente Ártica, uma
característica semi-permanente, semi-contínua.
Quando esta massa de ar se move de sua região de origem,
pode ficar mais rasa em altura, na medida em que se movimenta
para o sul.
Média diária de Temperatura: temperatura média
de um dia, considerando-se a média das leituras de
hora em hora ou, mais freqüentemente, as temperaturas
máxima e mínima.
Meia Rebarba: na plotagem do vento nas cartas meteorológicas
a meia-rebarba é indicadora da velocidade de um vento
de 5 nós.
Meso-Escala: escala de fenômenos meteorológicos
que variam em tamanho de alguns quilômetros até
cem quilômetros. Fenômenos menores são
classificados pelos valores da micro-escala, enquanto que
os de maior extensão são classificados na escala
sinóptica.
Metar: dados de estações de superfície
dos aeroportos coletados de uma em uma hora e ou horários
intermediários caso esteja ocorrendo algum evento especial
codificados e disponibilizados pela rede de meteorologia do
comando da aeronáutica – REDEMET.
Meteograma: são gráficos de um determinado
ponto, grade do modelo, da previsão dos principais
elementos meteorológicos utilizados na previsão.
Os gráficos de cada elemento meteorológico é
composto por um cabeçalho em vermelho que traz o nome
da variável e a unidade de medida, as linhas pontilhadas
na vertical indica o ponto de 00Z do dia, a linhas horizontais
são a escala de cada elemento meteorológico. Ex:
Cabeçalho: traz as informações
sobre o centro responsável pelo modelo (MCT / INPE
CPTEC); tipo do modelo (regional model); data e hora dos dados
da condição inicial do modelo (24AUGs 2005,
00Z); dia, mês, ano e hora zulu; localidade, cidade,
Estado, BR (Alto Tietê, SP, BR); país,
latitude e longitude (51.22W – 30.02S e altitude 0 m).
Precipitação: indica o volume
de precipitação prevista pelo modelo ao logo
dos dias em milímetro por hora. Por exemplo, no dia
28 de agosto a precipitação máxima
prevista é de 7mm/h e entre os dias 26 e 27 há
traços de precipitação indicando chuva
fraca e continua.
Temperatura: mostra as variações de temperatura
do ar a 2 metros da superfície ao longo dos dias
em graus Celsius.
Umidade Relativa do Ar: Indica o valor de
umidade relativa do ar em porcentagem ao longo dos dias.
Vento: as linhas indicam a velocidade do vento em
metros por segundo e as setas indicam a direção
do vento.
Pressão: mostra a variação
de pressão ao longo dos dias.
Cobertura de Nuvens: as barras indicam a
porcentagem da cobertura de nuvens. As barras em azul indicam
nuvens baixas, as barras em verde indicam nuvens médias
e as barras em laranja indicam nuvens altas.
Meteoro: qualquer fenômeno diferente de uma
nuvem, observado na atmosfera ou à superfície
do Globo. Existem 4 tipos de meteoros: Hidrometeoros; Litometeoros;
Fotometeoros; Electrometeoros.
Meteorologia: ciência que estuda a atmosfera,
suas variáveis, seus fenômenos e suas atividades.
A Meteorologia é uma ciência multidisciplinar
e complexa. Suas raízes ancestrais situam-se nas
inquietações pré-histórica do
homem, na luta pela preservação da vida contra
os fenômenos naturais imprevisíveis ou simplesmente
é a ciência do tempo, e envolve a observação
dos sistemas que estão atuando. Os meteorologistas
estudam fenômenos como as variações
da temperatura, a pressão atmosférica, a umidade
na atmosfera, o estado químico e os movimentos do
ar entre outros.
Meteorologia Observada: quadro que traz informações
sobre as condições de tempo significativas
que estão sendo monitoradas pelos meteorologistas
e ou notícias, sobre transtornos causados por condições
de tempo adversas.
Meteorologista: cientista que estuda a atmosfera
e os fenômenos atmosféricos.
Método das Analogias: método de previsão
baseado na hipótese que a situação
sinótica atual evolui da mesma maneira que evoluiria
uma situação análoga no passado.
Micro-Barógrafo: instrumento projetado para
registrar continuamente a leitura que um barômetro
faz das pequenas alterações na pressão
atmosférica.
Milibar ou HectoPascal: medida de pressão
atmosférica.
Miragem: fenômeno óptico constituído,
principalmente por imagens fixas ou ondulantes de objetos
distantes.
Milímetros: medida de precipitação.
Modelos Meteorológicos de Previsão de Tempo:
spanididos em 2 tipos, são eles: Modelo Regional
- ETA: o modelo ETA é um modelo de meso-escala, em
ponto de grade, de equações primitivas. A
versão do modelo ETA que roda operacionalmente no
CPTEC é hidrostático e cobre a maior parte
da América do Sul e oceanos adjacentes. A resolução
horizontal atual é de 40 km e a vertical de 38 camadas.
As previsões são fornecidas duas vezes ao
dia, uma com condição inicial à meia
noite e outra às 12h UTC. Modelo Global - MCGA: modelo
de Circulação Geral da Atmosfera. A versão
do modelo Global que roda operacionalmente no CPTEC cobre
todo o Globo. A resolução horizontal atual
é de 100 km. As previsões são fornecidas
duas vezes ao dia, uma com condições iniciais
à meia noite e outra às 12 h UTC.
Modelo Numérico: modelo de computador contendo
equações atmosféricas, a fim de obter
a previsão do tempo para vários dias.
Monção: vento da circulação
geral da atmosfera caracterizado pela persistência
estacional de uma dada direção do vento e
para uma variação marcante dessa direção
de uma estação para a outra.
Montículo: elevação formada
por pedaços de gelo empilhados uns sobre os outros
numa superfície de gelo bem mais lisa.
Mosaico de Gelo: pedaços de gelo de idades
diferentes, soldados por congelamento.
Movimento Atmosférico: ar em movimento provocado
por aquecimento desigual da atmosfera pelo sol.
Movimento de Rotação: movimento responsável
pelos dias e noites. A Terra gira de oeste para leste em
torno de seu eixo imaginário, que passa pelos pólos
norte e sul, com um período de aproximadamente 24h.
Movimento de Translação: trajetória
da Terra em torno do sol e que determina a duração
do ano em 365 dias e 6 horas.
Movimento Vertical: é o componente vertical
do movimento da parcela do ar. A sua magnitude, em geral,
é muito menor, por duas a três ordens de magnitude,
que os movimentos horizontais.
Mutatus: termo empregado quando toda ou uma grande
parte de uma nuvem sofre uma transformação
interna completa, assim se tornando de um gênero em
outro. É o caso por exemplo, do stratus em stratocumulomutatus.
Nascer do Sol: aparecimento diário
do Sol a leste do horizonte e que acontece devido ao movimento
de rotação da Terra. Nos Estados Unidos, é
considerado como o momento em que a extremidade superior do
Sol aparece no horizonte no nível do mar. Na Inglaterra,
refere-se ao momento em que o centro do disco solar está
à vista. O cálculo do nascer do Sol é
feito de acordo com o nível médio da água
do mar.
NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration): Seção
do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, é
a principal organização do National Weather
Service (Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados
Unidos). Promove e qualifica medidas de interesse do meio
ambiente mundial, enfatizando os recursos atmosféricos
e marinhos.
Neblina: suspensão de partículas de poeira fina
e/ou fumaça no ar. Invisíveis a olho nu, as
partículas reduzem a visibilidade e são suficientemente
numerosas para dar ao ar um aspecto opaco.
Nebulosidade: parte do céu encoberto por uma camada
de nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada
celeste em oito oitavos.
Nevasca: condição severa do tempo caracterizada
por baixas temperaturas, com ventos de 56 Km/h ou mais e grande
quantidade de neve e vento no ar, o que frequentemente, reduz
a visibilidade para apenas 400 metros ou menos, e dura pelo
menos três horas. Uma nevasca violenta é caracterizada
por temperaturas em torno ou abaixo de -12,2 C, ventos que
excedem 72Km/h e visibilidade reduzida quase a zero pela precipitação
de neve. Neve: precipitação de cristais de gelo translúcidos
e brancos, em geral, em forma hexagonal e complexamente ramificados,
formados diretamente pelo congelamento do vapor de água
que se encontra suspenso na atmosfera. É produzida,
frequentemente, por nuvens do tipo estrato, mas também
pode se originar das nuvens do tipo cúmulo. Normalmente
os cristais são agrupados em flocos de neve.
Névoa: conjunto de microscópicas gotículas
de água suspensas na atmosfera. Não reduz a
visibilidade como o nevoeiro e é, freqüentemente,
confundida com chuvisco.
Névoa seca: suspensão de partículas de
poeira fina e/ou fumaça no ar. Invisíveis a
olho nu, as partículas reduzem a visibilidade e são,
suficientemente, numerosas para dar ao ar um aspecto opaco.
Névoa Úmida ou Neblina: conjunto de microscópicas
gotas de água suspensas na atmosfera. Provoca uma redução
da visibilidade menor do que em condições de
nevoeiro e é, freqüentemente, confundida com chuvisco.
Nevoeiro ou Cerração: massa de minúsculas
gotas de água suspensas na atmosfera, próximas
ou junto à superfície da Terra, que reduzem
a visibilidade horizontal para menos de 1 Km.
Nimbostrato: nuvem típica da formação
de chuva. Muitas vezes sua base não pode ser vista
devido ao peso da precipitação. Geralmente,
estão associadas às condições
climáticas do outono e do inverno, podendo, contudo,
aparecer em qualquer estação.
*Condição de tempo associada: estas nuvens sempre
produzem chuva fraca à moderada que pode perdurar por
horas.
Nível Anemométrico: altura acima do solo em
que é realmente exposto o anemômetro.
Nivômetro Normal: valor padrão reconhecido de
um elemento meteorológico, considerando a média
de sua ocorrência em um determinado local, por um número
determinado de anos. “Normal” significa a distribuição
dos dados dentro de uma faixa de incidência habitual.
Os parâmetros podem incluir temperaturas altas, baixas
e variações; pressão, precipitação
como chuva, neve, etc; ventos, velocidade e direção;
temporais, quantidade de nuvens, percentagem de umidade relativa,
etc.
Nó, km/h ou m/s: medida da velocidade do vento.
Noctilucente: nuvem muito rara que se forma acima do nível
onde se encontram as nuvens do tipo nacarada. Só aparecem
à noite na ionosfera e só pode ser vista por
causa de sua característica fosforescente.
Nublado: céu encoberto por oito oitavos de camada de
nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada
celeste em oito oitavos. O cálculo é baseado
na soma de todas as nuvens daquela camada específica
Núcleos de Condensação: pequenas partículas
existentes no ar. Sua presença possibilita a condensação
do vapor d'água existente na atmosfera, resultando
na formação de gotas d'água.
Número de Onda: seus componentes mede o número
de cristas ou cavados por distância unitária
na direção perpendicular aos planos de fase.
Nuvem: um conjunto visível de partículas minúsculas
de matéria como gotículas d'água e/ou
cristais de gelo no ar. Uma nuvem se forma na atmosfera como
resultado da condensação do vapor d'água.
Nuvens Esparsas: parte do céu encoberto por uma camada
de nuvem. Geralmente, quando três a quatro oitavos da
abóbada celeste está encoberta. O conceito parte
da spanisão da abóbada celeste em oito oitavos.
O cálculo é baseado na soma de todas as nuvens
daquela camada específica.
Nuvem Vírgula: distúrbio de escala subsinótica
que se forma em baixos ou médios níveis dentro
da massa de ar frio. Esses sistemas, típicos de inverno,
podem provocar chuvas intensas mesmo quando se formam sobre
o continente.
Observação: em meteorologia
é a avaliação de um ou mais fatores meteorológicos
tais como temperatura, pressão, ou ventos que descrevem
o estado da atmosfera na superfície da Terra ou na
alta atmosfera. Um observador é aquele que registra
as avaliações dos fatores meteorológicos.
Octante: oitava parte da superfície do globo limitada
em latitude pelo Equador e longitude por um dos meridianos.
É uma das oito spanisões do globo para localização.
Olho: centro de uma tempestade tropical ou furacão,
caracterizado por uma área mais ou menos circular de
ventos claros e chuvas esparsas. Um olho, normalmente, se
desenvolverá quando a velocidade do vento exceder 124
Km/h. Pode variar em tamanho, de 8 a 96 quilômetros,
mas o tamanho comum é de 32 quilômetros. Em geral,
quando o olho começa a diminuir seu tamanho, a tempestade
está se intensificando.
Olho de Tempestade: região central e calma de uma tempestade
(ciclone) ou uma abertura nas nuvens que marca sua localização.
Onda: é alternância de altas e baixas ou máximos
e mínimos numa variável de campo que se propagam
com tempo. Isto é, os máximos e mínimos
do campo se encontram em posições diferentes
em diferentes instantes de tempo.
Onda Baroclínica : é uma onda cujo mecanismo de
desenvolvimento ou manutenção é a instabilidade
baroclínica. Normalmente as ondas baroclínicas
possuem escala horizontal da ordem de 1000 km. Uma onda baroclínica
de latitudes médias apresenta uma defasagem entre os
campos de pressão e o campo térmico de tal forma
que a massa do ar frio fica para esquerda do cavado. Isso
significa que os cavados e cristas inclinam-se para oeste
com altura. As ondas baroclínicas são normalmente
acompanhadas de ventos fortes nos altos níveis.
Onda de Calor: período de tempo desconfortável
e excessivamente quente. Pode durar vários dias ou
várias semanas.
Onda de Rossby: é o movimento ondulatório no
plano horizontal da escala sinótica, na qual as regiões
de vorticidade ciclônica e anticiclônica se alternam
a medida que a onda propaga. A força restauradora desta
onda é a força de Coriolis.
Onda Ciclônica: ondulação sobre uma frente
numa carta sinótica de superfície.
Ondas Externas: são ondas que formam nas interfaces
de dois fluidos com características distintas de densidade.
A amplitude destas ondas é máxima na interface
e decai exponencialmente para os dois lados da interface.
Um exemplo são as ondas na superfície do mar.
Neste caso os dois fluidos são água e ar.
Onda de Gravidade Externa: é a onda que se forma e
propaga na superfície horizontal de um fluido ou na
interface entre dois fluidos. A força restauradora
da perturbação é a gravidade. A velocidade
de propagação depende da profundidade do fluido
e a diferença entre as densidades dos fluidos. Nota-se
que as ondas de gravidade propagam para todos os lados com
a mesma velocidade.
Onda Interna: é a onda que se forma num fluido estratificado
continuamente cuja amplitude é máxima em alguma
região no interior do fluido ou escoamento.
Onda Fria: queda rápida de temperatura num prazo de
24 horas e que demanda cuidados especiais na agricultura,
indústria, comércio e atividades sociais.
Onda Sonora ou Acústica: é a alternância
das compressões e rarefações adiabáticas
do fluido. A força restauradora para estas ondas é
o gradiente de pressão. Esta é uma onda longitudinal
e não dispersiva.
Onda Tropical: outro nome atribuído a uma ondulação
a leste é uma área de relativamente baixa pressão
atmosférica que se move na direção do
oeste através dos ventos convergentes do leste. Geralmente,
está associada a uma extensa área de nebulosidade
e chuvas, e pode ser associada com o possível desenvolvimento
de um ciclone tropical.
O.M.M. (Organização Meteorológica Mundial):
de previsões do tempo à pesquisas sobre poluição,
incluindo mudanças e atividades do clima, estudos sobre
a diminuição da camada de ozônio e previsões
de tempestades tropicais, a O.M.M. coordena a atividade científica
global visando à constante precisão de informações
meteorológicas, bem como de outros serviços
de interesse público, ou mesmo do setor privado e comercial,
incluindo linhas aéreas internacionais e indústrias
de transporte. Fundada pelas Nações Unidas em
1951, a O.M.M. tem 184 sócios.
Opacidade Atmosférica: poder que possui a atmosfera
de se opor, numa certa medida, à propagação
dos raios luminosos.
Orvalho: condensação, na forma de pequenas gotas
d'água, que se acumula na grama e em pequenos objetos
próximos ao solo. Esta condensação ocorre,
geralmente, durante a noite, quando a temperatura se reduz,
atingindo o ponto de orvalho.
Oscilação do Sul: reversão periódica
do padrão da pressão atmosférica na parte
tropical do Oceano Pacífico durante as ocorrências
do El Niño. Representa a distribuição
da temperatura e da pressão atmosférica sobre
uma área oceânica.
Outono: estação do ano que se inicia quando
o Sol se aproxima do solstício de inverno. Caracteriza-se
pela diminuição de temperaturas nas latitudes
médias. Isto ocorre nos meses de setembro, outubro
e novembro no Hemisfério Norte e nos meses de março,
abril e maio no Hemisfério Sul.
Oxigênio: valor padrão reconhecido de um elemento
meteorológico, considerando a média de sua ocorrência
em um determinado local, por um número determinado
de anos. “Normal” significa a distribuição
dos dados dentro de uma faixa de incidência habitual.
Ozônio: gás quase incolor e uma forma de oxigênio
(O2). É composto de uma molécula de oxigênio
composta de três átomos de oxigênio em
vez de dois.
Paleoclima: clima de um período
pré-histórico cujas características principais
podem ser reconstituídas.
Pampero: vento da Argentina e sul do Brasil. Vento com um
gradiente forte, que traz um ar seco e frio da Patagônia.
Pancadas de chuva: chuvas intensas e de curta duração
provocada por nuvens cumulonimbo.
Parantisselênio: fotometeoro da família dos halos
análogo ao parantélio, sendo que o astro luminoso
é a lua.
Parasselênio: fenômeno óptico da família
dos halos, similar porém menos brilhante que o parélio,
sendo que o astro luminoso é a lua.
Pára-vento: dispositivo destinado a diminuir a força
do vento numa região que ele protege e situada na direção
do vento.
Parcialmente Nublado: estado do tempo quando as nuvens estão
notavelmente presentes, mas o céu não está
completamente coberto em nenhum momento do dia.
Parede do Olho: uma faixa organizada de convecção
que cerca o olho ou centro de um ciclone tropical. Contém
nuvem cumulonimbos, chuva intensa e ventos muito fortes.
Parélio: manchas escuras brilhantes à esquerda
do sol e à mesma elevação. Se o fenômeno
ocorrer com a lua pode receber o nome de parasselênio.
Pé-de-vento: vento violento de curta duração,
que surge e desaparece rapidamente; tem lugar entre regiões
adjacentes que apresentam grandes diferenças de pressão.
Pedrisco: glóbulo ou pedaço de gelo, com diâmetro
variando entre 5 e 50mm ou mais, cuja queda constitui a saraiva.
Pêntada: período de cinco dias consecutivos muitas
vezes usado no estudo de um ou de spanersos elementos meteorológicos.
Percolação: movimento descendente da água
no solo ou através de uma camada nevada.
Perfil de Vento: representação gráfica
da variação da velocidade do vento com função
de altura ou distância.
Perfil Hídrico: curva que representa a variação
de umidade do solo como uma função da profundidade.
Permafrost: solo escuro que permanece gelado por mais de dois
anos em regiões árticas e em regiões
montanhosas com planícies ou altiplanos de tundra onde
se desenvolvem pequenos arbustos, musgos e líquens,
muitas vezes ocorrendo camada de solo capeando, nível
de gelo permanente ou que só degela, parcialmente,
em ciclos maiores de aquecimento climático.
Permeabilidade: facilidade maior ou menor com que se efetua
a penetração da água no solo por gravidade.
Ela exprime, portanto, a velocidade da percolação.
Persistência: grau de constância de um elemento
meteorológico quando uma massa de ar está sujeita
a fatores modificadores.
Perturbação: este termo pode ser aplicado para
uma área de baixa pressão, ou ciclone pequeno
em tamanho e influência ou para uma área que
esteja exibindo sinais de desenvolvimento ciclônico.
Região favorável à ocorrência de
tempestades.
Perturbação Tropical: área de convecção
organizada, que se origina nos trópicos, ocasionalmente
nos sub - trópicos e que mantém suas características
por 24 horas, ou mais. Com freqüência, é
a primeira fase de desenvolvimento de qualquer depressão
tropical subsequente, tempestade tropical ou furacão.
Pico: ponto de interseção das frentes fria e
quente de um ciclone extratropical.
Piezotropia: condição da atmosfera quando a
densidade de algum elemento meteorológico depende unicamente
da pressão.
Plotagem: representação das condições
gerais do tempo de uma determinada estação meteorológica
nas cartas de previsão de tempo por meio de símbolos
e algarismos.
Pluviometria: estudo da precipitação incluindo
sua natureza, distribuição e técnicas
de medição.
Pluviômetro: Instrumento meteorológico utilizado
para medir a quantidade de água precipitada. Constitui-se,
basicamente, num funil de captação e um reservatório,
graduado em mm (unidade de medida de chuva). Os pluviógrafos
são pluviômetros que possuem um sistema de registro
contínuo num gráfico.
Pluviómetro-Udómetro: instrumento que mede o
índice de queda de chuva. Sua unidade de medida são
centésimos de polegadas (0,01).
Poalha de Água: conjunto de gotículas de água
arrancadas pelo vento de uma superfície muito extensa
de água, geralmente das cristas das ondas, e transportadas
à pequena distância na atmosfera.
Poeira: partículas pequenas de terra ou outra substância
suspensa no ar.
Polarização Atmosférica: transformação
da luz solar natural em luz polarizada, ocasionada pela dispersão
na atmosfera terrestre.
Polegadas de Mercúrio: nome que vem do uso de barômetros
mercuriais que comparam a altura de uma coluna de mercúrio
com a pressão do ar.
Polínia: extensão de água cercada por
gelo, geralmente banquisa costeira.
Ponto de Congelamento: processo de mudança de um líquido
para o estado sólido. A temperatura à qual um
líquido se solidifica sob qualquer condição.
A água pura sob pressão atmosférica congela
a 0º C. É o oposto de fusão. Em oceanografia,
o ponto de congelamento da água é inversamente
proporcional à salinidade: se esta for crescente, aquele
diminui.
Ponto de Ebulição: temperatura na qual um líquido
se transforma em estado gasoso. A temperatura na qual o equilíbrio
da pressão do vapor entre um líquido e seu vapor
é igual à pressão externa no líquido.
O ponto de ebulição da água pura, considerando
a pressão padrão é 100º C.
Ponto de Geada: temperatura máxima de formação
de geada branca por sublimação, oriunda da umidade
atmosférica sobre uma superfície polida e fria.
Ponto de Orvalho: temperatura na qual ocorre saturação
do vapor d'água contido em uma parcela de ar. A temperatura
do ponto de orvalho é sempre inferior ou igual à
temperatura do ar.
Pôr do Sol: desaparecimento diário do Sol no
oeste do horizonte devido ao movimento de rotação
da Terra. Nos Estados Unidos, é considerado como aquele
momento em que a extremidade superior do Sol desaparece no
horizonte no nível do mar. Na Inglaterra, refere-se
ao momento em que o centro do disco do sol desaparece. O pôr
do sol é feito de acordo com o nível médio
da água do mar.
Possibilidade de pancadas de chuva: previsão de pancadas
de chuva com confiabilidade igual ou menor que 50%.
Precipitação: todas as formas de água,
líquida ou sólida, que caem das nuvens. Podem
ser na forma de aguaceiros, chuva, chuvisco, granizo.
Precipitação de Neve: precipitação
típica do inverno que se manifesta com a queda de pequenos
cristais de gelo que na maioria são ramificados. A
neve forma-se de uma maneira semelhante à das gotas
de chuva, com a diferença que a temperatura é
mais baixa.
Predomínio de nublado: significa que, entre cinco a
sete oitavos da abóbada celeste estão encobertos
por uma camada de nuvem. O cálculo é baseado
na soma de todas as nuvens daquela camada específica.
Predomínio de Sol: sol na maior parte do período.
Pressão: é a força por unidade de área,
exercida pelo peso da atmosfera, sobre um ponto localizado
na superfície da Terra ou acima da mesma.
Pressão Atmosférica: é a força
por unidade de área exercida pelo fluido. Ela é
relacionada com temperatura, densidade e volume específico
através da equação do estado.
Pressão ao Nível do Mar: pressão atmosférica
relativa ao nível médio do mar, normalmente,
determinada a partir de pressão observada em estação.
Pressão da Estação: pressão atmosférica
relativa à elevação da estação.
Pressão do Nível do Mar: pressão atmosférica
média do nível do mar, normalmente, determinada
a partir da pressão da estação em que
é observada.
Pressão Padrão de Superfície: medida
da pressão atmosférica em condições
padrões.
Previsão de Clima: previsão numérica
das condições meteorológicas futuras
para um e seis meses, através de modelagem estatística
de grande escala e de baixa resolução, expressa
através de desvios positivos ou negativos em relação
ao comportamento médio passado.
Previsão de Tempo: descrição detalhada
de ocorrências futuras esperadas. A previsão
do tempo inclui o uso de modelos objetivos baseados em certos
parâmetros atmosféricos, a habilidade e experiência
de um meteorologista. Também chamada de prognóstico.
Primavera: estação do ano que se inicia quando
o Sol se aproxima do solstício de verão e é
caracterizada pelo aumento da temperatura nas latitudes médias.
Isto ocorre nos meses de março, abril e maio no Hemisfério
Norte e nos meses de setembro, outubro e novembro no Hemisfério
Sul. Do ponto de vista astronômico, este é o
período entre o equinócio de Inverno e o solstício
de Verão.
Prismas de Gelo: queda de cristais de gelo não ramificados,
em forma de agulhas, prismas ou escamas, muita vezes tão
pequenos que parecem em suspensão no ar. Podem cair
de uma nuvem ou de céu limpo.
Psicrômetro: instrumento utilizado na medição
da umidade ou conteúdo de vapor de água da atmosfera.
O princípio de funcionamento do psicrômetro para
determinar a umidade do ar, baseia-se no fato de a evaporação
provocar descida de temperatura. Consiste em dois termômetros:
termômetro seco e termômetro molhado ou bolbo
molhado.
Pulsação: Leves variações nas
leituras do barômetro que são provocadas pelos
ventos de rajadas ou pela oscilação de um navio.
Quase-Geostrófica: característica
do escoamento planetário na qual os movimentos em um
dado instante são muito geostróficos, porém
a evolução dos movimentos com o tempo se devem
aos movimentos ageostróficos que são pequenos.
Os movimentos atmosféricos da escala sinótica
nas latitudes médias da terra são essencialmente
quasigestróficos. A teoria simplificada para estudar
os sistemas de tempo que utiliza este fato é chamada
teoria quasigeostrófica.
Queda Térmica: mudança de temperatura por unidade
de altura.
Quociente Pluviométrico: razão da quantidade
de precipitação coletada durante um mês,
para uma quantidade que seria obtida se a quantidade anual
média fosse igualmente distribuída sobre todo
os dias do ano.
Quociente Termodrômico: quociente destinado a calcular
o grau de influência continental ou oceânica.
Rabo-de-galo: nome dado às nuvens
cirrus em longas riscas delgadas.
Radar: instrumento eletrônico usado para detectar objetos
a distância através da maneira como esses objetos
propagam ou refletem ondas de rádio. Precipitação
e nuvens são fenômenos detectáveis pela
força dos sinais eletromagnéticos por eles refletidos.
Radar de Doppler e Nexrad são alguns exemplos de radares.
No radar meteorológico são empregadas ondas
eletromagnéticas de alta energia para se alcançar
grandes distâncias. As ondas eletromagnéticas
ao passarem por uma nuvem, causam em cada gota uma ressonância
na freqüência da onda incidente, de modo que cada
gota produz ondas eletromagnéticas, irradiando em todas
as direções. Parte desta energia gerada pelo
volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar
volta ao prato do radar e sabendo-se o momento em que o feixe
de onda foi emitido pelo radar e quanto tempo depois o sinal
retornou, determina-se à distância do alvo ao
radar. A intensidade do sinal de retorno esta ligada ao tamanho
e distribuição das gotas no volume iluminado
pelo radar.
Uma característica importante dos radares meteorológicos
modernos é o software para tratamento do grande volume
de dados de refletividade gerados. Esse software permite ter-se
em tempo real o mapa de chuva a um nível de altura
constante. Os dados de chuva na área do radar são
interpolados num nível de altura constante entre 1,5
a 18,0 km de altura, numa área de 360x360 km, com uma
resolução de 2x2 km. Esta resolução
espacial eqüivale a ter-se 32400 postos pluviográficos
numa área de 152.000 km2 aproximadamente.
A partir de dois CAPPIs distintos, separados por um intervalo
de tempo variável entre 20 e 50 minutos, determina-se
através de uma correlação espacial entre
as taxas de precipitação observadas a velocidade
do sistema. De posse da velocidade e da direção
de deslocamento da chuva é possível extrapolar
os campos de precipitação, no tempo e no espaço
e, desta forma, obter a previsão para até 3
horas à frente da chegada do sistema, numa determinada
área.
A qualidade dos dados do radar meteorológico é
investigada constantemente, pois o equipamento é sensível
e pode ser descalibrado por spanersos fatores. Nesse sentido
é importante manter telepluviômetros para aferição.
Radar de Doppler: radar meteorológico que mede a direção
e a velocidade de um objeto em movimento como gotas de precipitação,
determinando se o movimento atmosférico se distancia
ou se aproxima, horizontalmente, do radar. Os efeitos do radar
de Doppler são usados para medir a velocidade das partículas.
Radarsonda: equipamento usado para determinação
dos ventos em altitude por meio de radar.
Radiação: processo pelo qual a energia é
propagada através de um meio qualquer, sob a forma
de ondas. Pode ser exemplificada pela radiação
eletromagnética que emite calor e luz, ou por ondas
de som.
Radiação Solar: são ondas eletromagnéticas
curtas emitidas pelo Sol responsáveis pelo aquecimento
terrestre.
Radiância: quociente entre a intensidade observada num
certo elemento de superfície, numa dada direção
e a área da projeção ortogonal deste
elemento de superfície num plano perpendicular àquela
direção.
Radiofusão: difusão de rotina de informações
meteorológicas para aeronaves em vôos.
Radiovento: equipamento usado para a determinação
dos ventos superiores pelo rastreamento por meios eletrônicos
de um balão livre.
Raio: descarga elétrica visível produzida em
resposta à intensificação da diferença
de potencial existente entre nuvem e solo; entre diferentes
nuvens; dentro de uma única nuvem ou entre uma nuvem
e o ar circunvizinho.
Raio Verde: coloração, predominantemente, verde
de curta duração, muitas vezes em forma de clarão,
vista no bordo extremo de um astro quando este desaparece
no horizonte.
Rajada de Vento: aumento súbito e significativo ou
flutuações rápidas da velocidade do vento.
Ventos de cume têm que alcançar pelo menos 16
nós (28,8 quilômetros por hora) e a variação
entre cumes e calmarias é de pelo menos 10 nós
(18,4 quilômetros por hora). A duração
normalmente é menor do que 20 segundos.
Razão Adiabática: índice de queda da
temperatura com a elevação.
Recurvatura: mudança na trajetória de um ciclone
tropical de seu movimento inicial normal para oeste, em seu
movimento normal posterior para o pólo e para este.
Relâmpago: é a manifestação luminosa
que acompanha a descarga momentânea entre duas nuvens
com cargas elétricas ou entre uma nuvem e o solo.
Relâmpago de Calor: relâmpago à distância
que pode ser observado como um breve aclaramento próximo
do horizonte, do céu ou de uma nuvem.
Relâmpago Difuso: tipo de relâmpago associado
a uma descarga inteira.
Relâmpago em Bola: bola de fogo que às vezes
aparece após um relâmpago.
Relâmpago Foguete: clarão de relâmpago
que dá a aparência de uma rápida progressão
perceptível aos olhos tanto à trajetória
principal como sua ramificação.
Remoinho: vórtice mais ou menos desenvolvido na atmosfera
constituindo uma irregularide local do vento. Todo vento próximo
ao solo contém remoinhos, os quais em certos lugares
produzem rajadas e amainamentos.
Resolução: grade de precisão do modelo.
Por exemplo, o modelo ETA considera detalhes de relevo e condições
regionais de uma grade de 40 por 40km.
Ressaca: elevação do nível do mar, provocado
por condições meteorológicas adversas.
Rotor: função vetorial que representa o grau
de movimento do vórtice ao redor de um ponto.
Rua de Nuvens: nuvens dispostas em filas, sensivelmente, paralelas
à direção do vento e parecendo convergir,
devido ao efeito de perspectiva, para um ou dois pontos opostos
no horizonte.
Saffir-Simpson: a medida de intensidade
de um furacão numa classificação de 1
a 5. O potencial de danos é baseado na pressão
barométrica, na velocidade dos ventos e na elevação
do nível do mar.
Saraiva: pedras de gelo mais ou menos ovais variando em diâmetro
de 5 mm ou mais. Podem cair separadas ou em blocos irregulares.
São compostas de gelo vidrado ou de camadas opacas
e claras, alternadamente; originam-se nas nuvens cumulonimbus.
As temperaturas a superfície são normalmente
superiores a 0º C.
Satélite: o termo é freqüentemente usado
para definir objetos fabricados pelo homem e que estejam na
órbita da Terra de forma geo-estationária ou
polar. Algumas das informações colhidas por
satélites meteorológicos incluem temperatura
nas camadas superiores da atmosfera, umidade do ar e registro
da temperatura do topo das nuvens, da Terra e do oceano. Os
satélites também acompanham o movimento das
nuvens para determinar a velocidade dos ventos altos, rastreiam
o movimento do vapor de água, acompanham o movimento
e a atividade solar e transmitem dados para instrumentos meteorológicos
ao redor do mundo.
Satélite de Órbita Polar: satélite cuja
órbita inclui passagens sobre ambos os Pólos
da Terra.
Saturação: condição que existe
na atmosfera quando a tensão parcial exercida pelo
vapor d'água presente é igual à máxima
tensão possível à mesma temperatura.
Seca: clima, excessivamente, seco numa região específica.
Deve ser, suficientemente, prolongado para que a falta de
água cause sério desequilíbrio hidrológico.
Scud: nome dado geralmente às nuvens pequenas que,
normalmente, aparecem abaixo das nuvens que estão precipitando.
Seiche: oscilações da superfície de um
lago ou outro corpo menor de água, provocada por pequenos
tremores de terra, ventos ou variações da pressão
atmosférica.
Sensação Térmica: valor em graus que
determina a sensação da temperatura ambiente,
levando em consideração a intensidade do vento
local.
Sereno: vapor atmosférico leve ou pouco espesso que
se transforma em chuva finíssima.
Ship: dados coletados por navios em rota ou fixos.
Simum: vento quente e seco que sopra na direção
norte nos desertos da Argélia, Síria e Arábia.
Sincelos: pequenas colunas de gelo pendentes, semelhantes
a caramelos formadas pela congelação de água
do orvalho ou neve derretida, que escorre da beira dos telhados
ou de outros objetos sólidos quando a temperatura está
abaixo da congelação.
Siroco: vento quente que sopra do mediterrâneo proveniente
do deserto do Saara. O siroco alcança o norte da África
ainda quente e seco, mas ao atravessar o Mediterrâneo
torna-se úmido, chegando ao sul da Itália quente
e úmido. É geralmente acompanhado por uma sensível
diminuição de visibilidade.
Sistema Convectivos: mostra a previsão de curto prazo,
horas de antecedência e a evolução dos
sistemas convectivos. Este produto permite o acompanhamento
da evolução dos sistemas convectivos, normalmente
associados a fortes chuvas, bem como a intensificação
e a direção que o sistema poderá seguir.
Sistema Frontal: sistema frontal clássico, geralmente,
composto de frente fria, frente quente e centro de baixa pressão
na superfície chamado ciclone.
Sistema de Pressão: caráter inspanidual em escala
ciclônica da circulação atmosférica,
comumente, usado para indicar tanto uma alta como uma baixa
pressão e menos usado para indicar um cavado ou uma
crista.
Sistema de Alta Pressão: é a região da
relativa alta pressão em comparação com
a vizinhança no mesmo nível horizontal ou mesmo
nível de pressão. *Condição de tempo associada a sistemas de alta
pressão: as regiões de alta pressão,
normalmente, mantêm o tempo estável pois estas
regiões desfavorecem a formação de nuvens,
porém quando o sistema de alta pressão em superfície
traz ventos úmidos do oceano para o continente favorece
a formação de nuvens do tipo Estrato e Estratocúmulo.
Sistema de Baixa Pressão: é a região
da relativa baixa pressão em comparação
com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou
mesmo nível de pressão. *Condição de tempo associada a sistemas de baixa
pressão: esta situação favorece a condição
de tempo instável e a formação de nuvens
do tipo cúmulo e cumulonimbo, porém pequenas
regiões de ar subsidente num sistema de baixa pressão
podem apresentar tempo bom.
Sistemas de Pressão Semi-Permanentes: sistemas de pressão
e ventos relativamente estáveis e estacionários
onde a pressão é predominantemente alta ou baixa
com a mudança das estações. Não
são sistemas de natureza transitória, como os
sistemas de baixa pressão migratória que resultam
das diferenças de temperatura e densidade. Exemplos
disso são: o sistema de baixa pressão da Islândia
e o sistema de alta pressão das Bermudas no Atlântico
Norte.
Sistema Frontal: sistema de frente delineado sobre uma carta
sinótica de superfície; mais particularmente,
um completo sistema pertencente a uma depressão frontal
especificada.
Sistema Nebuloso: grupamento distinto e durável de
nuvens, geralmente, compreendendo spanersas zonas diferenciadas
denominadas de "setores nebulosos", congregando-os
de maneira característica e em cada um dos quais o
aspecto geral do céu como um todo apresenta particularidades
marcantes.
Sondagem: determinação de um ou vários
elementos meteorológicos da atmosfera superior por
meio de instrumentos transportados por balão, aeronave,
papagaio (pipa) , planador, foguete, etc.
Sondagem da Baixa Troposfera: as sondagens da baixa troposfera
dizem respeito as condições meteorológicas
até a altitude de 3 mil metros, em geral, dando ênfase
especial a camada limite.
Sub-polar: faixa de baixa pressão entre as latitudes
de 50 e 70 graus norte e sul.
Sub-resfriado: condição em que o vapor d'água
presente numa camada de ar estável é resfriado
até o ponto de congelamento ou abaixo deste, sem se
condensar.
Subsidência: movimento descendente do ar, freqüentemente,
observado em anticiclones. Mais predominante quando o ar está
mais frio e mais denso no alto. O termo é usado, geralmente,
para indicar o oposto de convecção atmosférica.
Subtropical: faixa entre as latitudes de 20 e 50 graus norte
e sul.
Superfície de Captação: extensão
da superfície receptora de águas que alimentam
uma parte ou a totalidade dos cursos d'água.
Surto: mudança geral na pressão atmosférica,
aparentemente, superposta às variações
diurnas normais e ciclônicas.
Synop: dados de estações de superfície
coletados nos horários sinóticos, codificados
e distribuído para os spanersos órgãos
de meteorologia.
Swell: onda formada longe da rebentação, geralmente
associadas a sistemas sinóticos como uma baixa pressão,
com ventos fortes e que geram ondas com energia suficientes
para "sair" da zona da geração (proximidades
da baixa). Também é conhecido como marulho.
Tábua das Marés e Fases
da Lua: apesar destas serem informações astronômicas
são de grande relevância nas previsões
oceânicas, pois as condições de maré
astronômica associadas a sistemas meteorológicos
podem determinar condições de ressaca e transtornos
as regiões costeiras.
Tampa: palavra muitas vezes usada para indicar o ponto de
inversão de temperatura. O ar no ponto de inversão
é mais quente e mais leve que o ar estável mais
denso e mais frio abaixo, e assim ele age como uma tampa evitando
que o ar inferior se eleve.
Tanque de Evaporação: evaporímetro composto
de um tanque, cuba ou tina bastante profunda e de superfície
bastante grande, nos quais se mede o abaixamento do nível
da água sob a ação da evaporação.
Temperatura: uma das variáveis do estado de gás
e diz respeito ao grau da agitação molecular.
Para um gás ideal, temperatura está relacionada
com pressão, o volume específico e a densidade.
A temperatura é medida em graus Kelvin (K) ou Celsius
(C) que possuem uma diferença constante de tal forma
que 273,16K = 0° C.
Temperatura Média: média da leitura de temperaturas
verificada num período específico de tempo.
Freqüentemente, a média entre temperaturas máxima
e mínima.
Tempestade: chuva provocada por sistemas de meso-escala com
intensa atividade convectiva, normalmente, acompanhada de
ventos fortes, trovoadas e descargas elétricas.
Tempestade Tropical: ciclone tropical, cujos ventos de sustentação
na superfície são de no máximo, 62 quilômetros
a 116 quilômetros por hora.
Temperatura do Ar: temperatura reinante em um ponto da atmosfera.
Temperatura Potencial: temperatura que a parcela do ar em
questão atingiria se ela fosse deslocada adiabaticamente
para um nível de pressão de referência,
onde a temperatura no nível de pressão é
constante do gás, o calor especifico do ar, a pressão
constante.
Temperatura Virtual: temperatura que o ar seco teria para
igualar a sua densidade com a densidade da parcela do ar em
questão, em condições iguais de pressão.
Como o ar úmido é mais leve que o ar seco em
condições iguais de pressão.
Tempérie: estado da atmosfera segundo os spanersos graus
de calor e umidade. Estado das condições meteorológicas
num momento e lugar determinados.
Tempestade de Areia: areia levantada no ar por ventos fortes.
Tempestade de Gelo: intensa formação de gelo
sobre objetos ocasionada pelo resfriamento.
Tempestade de Granizo: tempestades que ocorrem somente com
a presença de grandes nuvens cumulonimbus e que são
produzidas pelas rápidas correntes de ar ascendentes
e descendentes que chegam a alcançar 30 ou 40 nós.
Tempo: conjunto de condições atmosféricas
e fenômenos meteorológicos que afetam a biosfera
e a superfície terrestre em um dado momento e local.
Temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade,
etc., formam o conjunto de parâmetros do tempo.
Tempo Bom: esta é uma descrição subjetiva.
Considerado como condições agradáveis
do tempo, com respeito ao período do ano e à
localização física.
Tempo Estável: tempo bom; condições de
céu claro ou parcialmente nublado.
Tempo Instável: mau tempo; condições
favoráveis para chuva.
Tempo Médio de Greenwich: nome usado pelas comunidades
científicas e militares para definir às 24 horas
do dia. O “Tempo Padrão” começa
em Greenwich, Inglaterra, casa do Observatório Real,
que primeiro utilizou este método de tempo mundial.
Este é também o Principal Meridiano de Longitude.
O globo é spanidido em 24 zonas de tempo de 15 graus
de arco ou o tempo de uma hora, separadamente. Para o leste
deste meridiano, as zonas de tempo de 15 graus de arco ou
o tempo de uma hora, separadamente. Para o leste deste meridiano,
as zonas de tempo vão de uma a doze horas, antecedidas
pelo sinal de menos (-), pois o número de horas deve
ser subtraído para se obter o Tempo de Greenwich (GMT).
Para oeste, as zonas de tempo vão de uma a doze horas,
mais são antecedidas pelo sinal de mais (+), indicando
que o número de horas deve ser somado para se obter
o GMT. Outros nomes para esta medida de tempo são:
Coordenadas Universais do Tempo (UTC) e Zulu (Z).Observação:
em meteorologia é a avaliação de um ou
mais variáveis ou fenômeno meteorológico
como, pressão, temperatura ou vento no intuito de descrever
o estado da atmosfera.
Tempo Severo: geralmente, qualquer evento destrutivo do tempo
mas, normalmente, se aplica a tempestades localizadas, nevascas,
temporais intensos com trovoadas ou tornados.
Tendência Geopotencial: variação do geopotencial
com tempo em um dado local. A equação da tendência
geopotencial é uma importante ferramenta para previsores
de tempo.
Termociclogênese: formação de uma depressão
ou de um anticiclone na parte inferior da troposfera, causada
segundo a teoria concernente, pelas variações
de pressão na tropopausa superior e na estratosfera
interior e pelas variações de temperatura nas
camadas baixas.
Termôgrafo: instrumento que permite um registo contínuo
da temperatura num papel.
Termômetro: instrumento usado para medir a temperatura.
As diferentes escalas usadas em meteorologia são: Celsius,
Fahrenheit e Kelvin ou Absoluto.
Termômetro Seco: termômetro usado para medir a
temperatura do ar. Um dos dois termômetros que compõem
um psicrômetro.
Terral: vento que sopra da Terra, brisa terrestre.
Topo: superfície bem definida criada por uma formação
meteorológica qualquer cobrindo 4/8 do céu,
acima da qual existe visibilidade ilimitada, horizontal e
vertical.
Tormenta: Súbita tempestade de breve duração
bastante afim a uma trovoada, mas não, necessariamente,
acompanhada de trovão. Duração mais longa
que de uma rajada.
Tornado: uma coluna giratória e violenta de ar que
atinge a superfície. Um tornado, raramente, dura mais
do que uma hora e, freqüentemente, ocupa uma área
de dois quarteirões de cidade. Quando se forma sobre
superfícies líquidas, são menos intensos
e com menores dimensões e conhecidos como tromba d’água
por levantar uma coluna de água.
Torvelinho: diminuto de tornados que ocorrem em ar seco e
com falta de nuvens e chuva.
Trajetória: caminho seguido por um corpo ou parcela
do fluido ao se movimentar no espaço.
Transmissão: propagação da energia ou
do calor de um lugar para o outro.
Trend: termo de uso internacional indicativo das previsões
do tipo tendência para pouso de aeronaves.
Tromba
d'água: tornado que ocorre sobre a água.
A tempestade eleva para a atmosfera a água da superfície.
Uma tromba d’água em geral desaparece quando
encontra terra.
Trópicos Meteorológicos: dois
cinturões bem definidos de alta pressão barométrica,
que circundam completamente a Terra.
Trovão: som emitido pela rápida expansão
de gases ao longo da descarga elétrica provocada pela
passagem de um relâmpago. Acima de 3/4 da descarga elétrica
do raio, o trovão aquece os gases da atmosfera, dentro
e imediatamente em torno deste canal. As temperaturas podem
chegar a mais de 10 mil graus Celsius em fração
de segundos, resultando numa violenta onda de pressão
composta de compressão e rarefação.
Trovoada: combinação de trovão e relâmpago
com ou sem chuva.
Tufão: nome atribuído a um ciclone tropical
com ventos contínuos de 118 quilômetros por hora,
ou mais, e que costuma acontecer no oeste do Oceano Pacífico
Norte. Este mesmo ciclone tropical recebe o nome de furacão
no leste do Pacífico Norte e no norte do Oceano Atlântico
e é chamado de ciclone no Oceano Índico.
Turbidez: redução da transparência da
atmosfera provocada pela absorção e dispersão
da radiação por partículas líquidas
ou sólidas mantidas em suspensão e que não
sejam nuvens.
Turbulência: movimentos irregulares e instantâneos
do ar, compostos de vários pequenos rodamoinhos que
se deslocam no ar. A turbulência atmosférica
é causada por flutuações fortuitas no
fluxo do vento. Pode decorrer de uma corrente térmica
ou de correntes convectivas, diferenças de terreno
e velocidade do vento ao longo de uma zona fronteiriça
ou da variação de temperatura e pressão.
Tremulina: agitação aparente dos objetos à
superfície do Globo, quando vistos na horizontal. Ocorre,
principalmente, em Terra quando o Sol está muito brilhante.
É devido a flutuações de curto período
no índice de refração das camadas superficiais
da atmosfera.
Twister: nome utilizado nos Estados Unidos para tornado.
Udógrafo: são udômetros
utilizados de modo a fornecer um registo contínuo da
precipitação.
Udômetros: instrumento mais simples de medir a precipitação
da chuva. A quantidade de precipitação que se
encontra no recipiente é medida em intervalos de tempo
regulares.
Umidade: quantidade de vapor de água no ar. É,
freqüentemente, confundido com umidade relativa do ar
ou ponto de condensação. Tipos de umidade incluem:
umidade absoluta, umidade e umidade específica.
Umidade Relativa: relação entre a umidade existente
no ar e a temperatura.
Unidades: são medidas padrões das variáveis
do estado e de movimento dos fluidos, corpos e matéria
em geral. As unidades básicas padrões usadas
são metro, quilograma, segundo e graus Celsius e Kelvin.
Updrafts: movimento ascendente e muito rápido de colunas
de ar para altitudes de 180 mil metros. Este fenômeno
ocorre num furacão.
Vapor de Água: água em forma
gasosa. É um dos componentes mais importantes da atmosfera.
Devido ao seu conteúdo molecular, o ar que contém
vapor d'água é mais leve que o ar seco. Isto
contribui para que o ar úmido tenda a elevar-se na
atmosfera.
Velocidade Angular: taxa de variação do ângulo
com o tempo em um movimento rotacional.
Velocidade de Fase: velocidade com que as cristas e cavados
de uma onda inspanidual deslocam no espaço.
Velocidade de Grupo: velocidade com que os pacotes de ondas
movimentam no espaço. Ao contrário das velocidades
de fase, as velocidades de grupo nas três direções
formam um vetor.
Velocidade Vertical: componente vertical do movimento de uma
parcela do ar. Sua intensidade é fraca em comparação
com os componentes horizontais de movimento.
Velocidade do Vento: quantificação do movimento
do ar numa unidade de tempo. Pode ser medida de vários
modos. Quando está em observação, é
medida em nós ou milhas náuticas por hora.
Ventania: vento numa velocidade entre 34 a 40 nós.
Vento: parte horizontal do movimento das parcelas de ar.
Vento Ageostrófico: diferença entre o vento
e o vento geostrófico. Esta parte do vento é
spanergente e pequeno em magnitude em relação
ao vento geostrófico.
Vento Catabáticos: são ventos que se precipitam
pelas encostas inclinadas das montanhas para os vales. É
o oposto de ventos Anabáticos.
Ventos alísios: ventos fortes derivados do movimento
de rotação da Terra, posicionados próximos
ao Equador.
Vento Geostrófico: definido como vento uniforme e estacionário
tangencial às isóbaras retas e paralelas em
uma atmosfera sem atrito. É proporcional ao gradiente
de pressão. A força de Coriolis atua para a
esquerda e a força do gradiente de pressão atua
para a direita do vento geostrófico no Hemisfério
Sul. As duas forças estando em perfeito balanço,
as parcelas do ar não sofrem aceleração.
Longe de superfície e barreiras orográficas
e longe dos centros de pressão, onde as isóbaras
apresentam grandes curvaturas, o vento observado na escala
sinótica nas latitudes médias é aproximadamente
geostrófico.
Vento Gradiente: é o movimento curvilíneo estacionário
tangencial às isóbaras paralelas com curvatura
das parcelas do ar sem atrito. As três forças
que atuam sobre as parcelas do ar, gradiente de pressão,
Coriolis e centrípeta, mantém um perfeito balanço
e as parcelas não sofrem aceleração da
magnitude do vento gradiente. Em volta de centros de baixa
pressão o vento gradiente é maior que o vento
geostrófico e em volta dos centros de alta pressão
o vento gradiente é menor que o vento geostrófico.
Vento Térmico: vento geostrófico na base e no
topo de uma camada atmosférica. A variação
do vento geostrófico com altura se deve ao gradiente
térmico na horizontal.
Vento de Leste: normalmente, aplicado aos largos padrões
de ventos persistentes com um componente de leste como os
ventos convergentes do leste.
Ventos do Oeste: normalmente, aplicado aos largos padrões
de ventos persistentes com um componente oeste. É o
movimento atmosférico persistente dominante, centrado
sobre as latitudes médias de cada Hemisfério.
Quando estão próximos da superfície da
Terra, os ventos do oeste se estendem de aproximadamente 35
até 65 graus de latitude. Nos níveis mais altos
eles se estendem na direção dos pólos
e do equador. Ventos Convergentes: dois cinturões de ventos persistentes,
originários de alta pressão subtropical central,
que sopram do leste na direção da cavada equatorial.
Basicamente, são ventos de nível mais baixo
caracterizados por um grande poder de direção.
No Hemisfério Norte, os ventos convergentes sopram
do nordeste e no Hemisfério Sul, sopram da direção
sudeste.
Veranico: período maior do que cinco dias com ausência
de chuva, baixa umidade relativa do ar e temperaturas máximas
elevadas, ocorre durante o inverno devido ao predomínio
de uma massa de ar seco.
Verão: do ponto de vista astronômico é
o período entre o solstício de verão
e o equinócio do outono. É caracterizado pelas
temperaturas mais quentes do ano, exceto em algumas regiões
tropicais. Isto ocorre durante os meses de junho, julho e
agosto no Hemisfério Norte, e durante os meses de dezembro,
janeiro e fevereiro no hemisfério Sul.
Vetor Q: indica a direção do movimento ageostrófico
na baixa troposfera e aponta para a região de ascenso.
Véu de Nuvens: lençol de nuvens, completamente
transparente, o que permite a perfeita localização
do sol ou da lua.
Visibilidade: medida da capacidade de se avistar e identificar
um objeto a distância. A visibilidade mencionada em
um boletim meteorológico constitui na distância
horizontal para um observador na superfície na qual
um objeto específico pode ser visto e identificado.
Virga: precipitação pequena e rápida
produzida pelas nuvens e que contém água ou
partículas de gelo, mas que evapora antes de alcançar
o chão. Vista a distância, pode às vezes,
ser confundida com uma nuvem em forma de funil ou tornado.
Em geral é produzida por nuvens do tipo altocúmulo,
altoestrato, ou cúmulosnimbos de grandes altitudes.
Visibilidade Meteorológica: distância máxima
a que se pode ver e identificar contra o céu no horizonte
um objeto negro de dimensões convenientes.
Volume Específico: volume de um gás por massa
unitária. O volume específico da água
em condições normais é de 1 litro por
quilograma.
Vórtice: movimento circular assumido pelo fluido, aparecendo
na forma de um funil.
Vorticidade: estabelece um campo vetorial que dá a
medida microscópica de rotação em cada
ponto do fluído. É um campo vetorial definido
como rotacional da velocidade.
Vorticidade Absoluta: dada pelo rotacional da velocidade absoluta.
Em meteorologia dinâmica em grande escala, geralmente
está interessado somente com o componente vertical
da vorticidade absoluta.
Vorticidade Potencial: definida como o produto da vorticidade
absoluta e a estabilidade estática
Vorticidade Relativa: dada pelo rotacional da velocidade relativa.
Em meteorologia dinâmica em grande escala, geralmente
está interessado somente com o componente vertical
da vorticidade relativa.
Williwaw: nome dado ao vento no Alaska
que sopra fortes rajadas de ar frio, misturado com chuva e
neve, e dura apenas um ou dois minutos. É, normalmente,
acompanhado por uma parede de nuvens escuras e um aguaceiro
tempestuoso. Williy-Willies: nome dado na Austrália para furacões.
ZCAS - Zona de Convergência do
Atlântico Sul: região com muitas nuvens associadas
a chuvas ora forte ora intermitente que persiste por no mínimo
quatro dias e podem causar grandes transtornos como alagamentos,
desabamentos e transbordamento.
Zona de Auroras: região ao redor de ambos os pólos
magnéticos dentro da qual a aurora é mais freqüente
e ativa.
ZCIT - Zona De Convergência Intertropical: área de ventos
convergentes nos Hemisférios Norte e Sul, geralmente,
localizada a 10 graus entre o norte e o sul do Equador. É
uma extensa área de baixa pressão atmosférica
onde, tanto o efeito Coriolis como o declínio da baixa
pressão atmosférica estão enfraquecidos
permitindo, ocasionalmente, a formação de perturbações
tropicais.
Zona Frontal: camada atmosférica de transição
que separa duas massas de ar e na qual as propriedades são
intermediárias entre as massas de ar envolvidas.
Zonda: é o nome dado ao vento seco e quente que, ocasionalmente,
sopra de Oeste nas cordilheiras das montanhas nos Andes, descendo
pelo lado da cordilheira resguardado do vento.
Zulu - Coordenadas do Tempo: um dos vários nomes para
às 24 horas do dia, usado pelas comunidades científicas
e militares. Outros nomes para esta medida de tempo são
Coordenadas Universais do Tempo (UTC) e Tempo Médio
de Greenwich (GMT).
Créditos das imagensAlta da Bolívia; crédito da imagem:
INPE Atmosfera; crédito da imagem: NASA Ciclo da água; crédito da imagem: How the weather works - Allaby, Michel – 1996 Cirrus; crédito da imagem: Servicio Meteorológico da Fuerza Aérea da Argentina Cirruscumulus; crédito da imagem: Mirian Caetano Cirrusestratus; crédito da imagem: Mirian Caetano Como estimar UV; crédito da imagem: INPE Condições de El niño; crédito da imagem: Dr. Michael Mc Phaden Condições de La niña; crédito da imagem: Dr. Michael Mc Phaden Condições Normais; crédito da imagem: Dr. Michael Mc Phaden Fachada do CPTEC; crédito da imagem: INPE Cumulunimbus; crédito da imagem: Mirian Caetano Cumulus; crédito da imagem: Jornal ValeParaibano Dados Meteorológicos; crédito da imagem: INPE Efeito Estufa; crédito da imagem: USP El Niño - Efeitos sobre América do Sul- Dezembro, Janeiro, Fevereiro; crédito da imagem: INPE El Niño - Efeitos sobre América do Sul- Junho, Julho, Agosto; crédito da imagem: INPE El Niño - Piscina - Como funciona a atmosfera?; crédito da imagem: INPE El Niño - Anomalia de Temperatura da superfície do Mar; crédito da Imagem: INPE Escala de Beautfort; crédito da imagem: How the weather works - Allaby, Michel – 1996 Eescala de Beautfort2; crédito da imagem: How the weather works - Allaby, Michel – 1996 Estratoscumulus; crédito da imagem: Mirian Caetano Estratus; crédito da imagem: Mirian Caetano Frontogênese; crédito da imagem: Mirian Caetano Furacão Catarina; crédito da imagem: NASA; Jacques_Descloitres Geada; crédito da imagem: Jornal ValeParaibano IUV1; crédito da imagem: INPE - Dr. Marcelo Corrêa; INPE IUV; crédito da imagem: INPE La Niña - Efeitos sobre a América do Sul- Dezembro, Janeiro, Fevereiro; crédito da imagem: INPE La Niña - Efeitos sobre a América do Sul - Junho, Julho, Agosto; crédito da imagem: INPE La Niña - Anomalia de Temperatura da superfície do Mar; crédito da Imagem: INPE Massa de ar; crédito da imagem: INPE Meteograma - cabeçalho, precipitação, temperatura, umidade relativa do ar, vento, pressão, cobertura de nuvens; crédito da imagem: INPE Nevoeiro; crédito da imagem: Jornal ValeParaibano Nimbuestratus; crédito da imagem:INPE Sala de Previsão de tempo; crédito da imagem: INPE Radar Meteorológico; crédito da imagem: Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica - Redemet Radiação solar; crédito da imagem: INPE Satélite Órbita Geoestacionário; crédito da imagem: INPE Satélite Órbita Polar; crédito da imagem: INPE Satélite ÓrbitasSAT; crédito da imagem: INPE Satélite GOES; crédito da imagem: NOAA Satélite METEOSAT; crédito da imagem: EUMETSAT Satélite NOAA; crédito da imagem: NOAA Satélite Terra AQUA; crédito da imagem: http://cimss.ssec.wisc.edu/ Sistema de Alta Pressão; crédito da imagem: INPE Sistema de baixa pressão; crédito da imagem: INPE Sistemas Frontais; crédito da imagem: INPE Sala do SX6; crédito da imagem: INPE Tempo; crédito da imagem: INPE; INPE Tornado 1 e 2; crédito da imagem: NOAA Tromba d´água; crédito da imagem: Associació
Catalana de Meteorologia - ACAM Umidade relativa; crédito da imagem: CEPAGRI – UNICAMP ; INPE UV; crédito da imagem: INPE Vapor d´água; crédito da imagem: INPE ZCAS; crédito da imagem: INPE ZCIT; crédito da imagem: INPE
Projeto CNPq/CPTEC/INPE “Desenvolvimento de material de estudo dos
princípios de meteorologia e meio ambiente para estudantes, professores e
meios de comunicações” elaborado por Lívia Teixeira com apoio de Ana
Paula Tavares(WebDesigner) e Marcos Araújo(WebMaster).