Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos

Glossários
Princípios de Meteorologia e Meio Ambiente

Apresentação
A Previsão de Tempo nos Novos Tempos
O surgimento da modelagem numérica
CPTEC
A maturidade do SX6 e o avanço da meteorologia
1- Como é feita a previsão de tempo
Rotina de Operação Meteorológica do CPTEC
2- Como é feita a previsão de clima
3- Diferença entre Tempo Meteorológico e Clima
4- Atmosfera: formação e importância
5- Tempo: fenômenos atmosféricos
5.1 Nuvens
Nuvens Altas
Nuvens Médias
Nuvens Baixas
Nuvens de Desenvolvimento Vertical
Formação de Nuvens
Constituição das Nuvens
5.2- Tornados
5.3- Furacões
5.4- Zona de Convergência do Atlântico Sul
5.5- Zona de Convergência Intertropical
6- Sistemas de Alta Pressão
7- Sistemas de Baixa Pressão
8- Instrumento e Métodos de Observação
8.1 Satélites
8.1.1 Satélite de Órbita Polar
8.1.2 SATÉLITES METEOROLÓGICOS:
9- Radares
10- Clima
10.1- Radiação Solar
10.2 – Radiação Ultra-violeta
10.3- Aquecimento Global
11- Fenômenos Climáticos
11.1 El Niño
11.2- La Niña
12- Homem X Atmosfera
12.1- Efeito Estufa
12.2- Camada de Ozônio
13- Glossário Meteorológico

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Apresentação

Desde 1995 o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) tem disponibilizado à sociedade spanersos resultados de modelos numéricos de previsão de tempo. O grande número de pesquisas possibilitou o aumento da confiabilidade dos modelos, gerando maior interesse de empresas nas spanersas áreas: agricultura, indústria, transporte, geração e transmissão de energia, comércio, turismo, educação entre outras.
A procura dos meios de comunicação, escolas e universidades pelas informações meteorológicas, vem crescendo, consideravelmente. Dos atendimentos à imprensa feitos pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 80% são dirigidos ao CPTEC. São atendidos, em média, entre televisão, jornal, rádio e internet 15 contatos, diariamente. Com relação às visitas de escolas e universidades, o CPTEC recebe, em média, dez visitas por mês.
Por ser recente a spanulgação meteorológica na mídia, a linguagem utilizada pelo meteorologista não é apropriada à linguagem jornalística, fazendo-se necessária à edição do material para spanulgação, o que pode descaracterizar o conteúdo. Para isso, esse glossário visa abordar as principais áreas de meteorologia e de meio ambiente tendo como desafio a adequação da linguagem técnica para uma forma simplificada ao atendimento a essas instituições. Isso deverá ser feito com a pesquisa dos conceitos meteorológicos junto aos meteorologistas e pesquisadores do CPTEC, livros e artigos da área.
Este desenvolvimento dar-se-á através de ferramentas para análises dos conceitos meteorológicos de fácil entendimento ao público alvo, permitindo que a interação sujeito / objeto ocorra de forma clara e incontestável.
O propósito desde projeto vem ao encontro com esta necessidade de facilitar as relações de manipulação entre educadores, educandos e pesquisadores e os meios de comunicação para as novas tecnologias disponíveis. O principal objetivo e produtos esperados do trabalho, será além de material de spanulgação impressa, na internet e para os meios de comunicação, a elaboração de um Glossário Meteorológico para acesso das escolas, universidades e usuários dos produtos do CPTEC.

Registros históricos mostram o surgimento da previsão de tempo no período das cavernas, com os homens primitivos, há milhões de anos.
Um homem primitivo observou umas nuvens negras ao horizonte, um bando de pássaros no céu; apanhou um punhado de terra e lançou-a ao alto para saber a direção do vento. Esta atitude tão “simples” ao nosso ver deu início a história de um dos estudos de maior importância no crescimento e desenvolvimento de um país.
Já nessa época saber tudo o que pudesse sobre o tempo era mais que uma descoberta, mas uma questão de sobrevivência pois, a partir, desses conhecimentos saberiam como e quando caçar. Esse homem das cavernas não deixou nenhuma indicação de conhecimentos concretos sobre a atmosfera.
A meteorologia era pouco conhecida até mesmo pelas civilizações mais adiantas. A população egípcia tinha grande preocupação com o Rio Nilo, porém pouco se sabia sobre meteorologia já que o clima quase não variava durante o ano.
Durante toda a Antiguidade as chuvas, ventos e tempestades entre outros eram consideradas obras dos deuses e qualquer tipo de pergunta eram considerada sacrilégio.
Já no Novo Testamento a previsão de tempo surgiu através da palavra de Deus como na passagem em que Elias disse a Jô: “ ...do sul vem o tufão e do norte vem o frio...”. Assim aconteceu com Noé que previu 40 dias de chuvas e com José que através de um sonho previu sete anos de abundância e sete anos de fome no Egito.
Os babilônios há seis mil anos deixaram vestígios sobre estudos, mas cientificamente, foram os gregos os primeiros a estudar a atmosfera alguns séculos mais tarde.
Um dos mais brilhantes pensadores gregos de todos os tempos, Aristóteles, foi quem mais estudou a meteorologia. O sábio estudou as nuvens, a chuva, o vento, o trovão, o orvalho e as condições de tempo associadas. Chegou a escrever um livro chamado “Meteorologia” cujo significado é “coisas acima da Terra” . Por falta de alguns instrumentos como termômetro, barômetro tão utilizados hoje, Aristóteles cometeu alguns erros, mas muitos acertos. Mesmo sem instrumentos, como já foi dito, foi capaz de previsão precisa sobre as chuvas.
O livro de Aristóteles não caiu no gosto popular e Teofrasto, outro grego, que utilizando-se da leitura de “ Meteorologia” escreveu “ O livro dos Sinais” bem ao gosto popular da época. Neste, relatava oito maneiras de previsão de chuvas e centenas de provérbios sobre previsão de tempo, muitas dessas regras hoje absurdas. Tudo o que gregos e romanos precisavam fazer para saber sobre tempo era abrir o livro na página certa.
Só na Idade Média, considerada a Idade das Trevas é que a meteorologia voltou a marcar passo.
Até o renascimento a obra de Aristóteles foi a última palavra em meteorologia o que o denominou o pai da Meteorologia.
Com tudo isso a previsão de tempo só foi estabelecida em meados do século XVIII pelo cientista francês Jean Baptiste de Monet.


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A Previsão de Tempo nos Novos Tempos

Como vimos antes a previsão de tempo sempre preocupou o homem desde a antiguidade. Contudo, as previsões de tempo só começaram a serem feitas em forma sistemática na Europa no final do século XIX. Naquela época, a Meteorologia era uma ciência basicamente observacional, as previsões possuíam pouca confiabilidade e eram feitas para um prazo máximo de 24 horas.

Com a Segunda Guerra Mundial, a meteorologia teve um grande avanço devido à necessidade de determinar rotas de vôo e navegação, assim como definir estratégias militares. Neste período, foram realizadas as primeiras sondagens atmosféricas, permitindo descobrir a estrutura e funcionamento da alta atmosfera e sua grande influência sobre o estado do tempo. O radar meteorológico foi desenvolvido a partir do radar militar, pois em dias de chuva as imagens ficavam mais difusas. Estas melhoras na observação atmosférica, complementadas décadas depois pelo desenvolvimento dos satélites meteorológicos, foram acompanhadas pelo surgimento de novas teorias que tinham a finalidade de explicar o funcionamento dos sistemas de tempo.

Nesta época, a previsão baseava-se na observação da atmosfera manualmente representada em mapas meteorológicos. A partir destes dados, os previsores prognosticavam o movimento dos sistemas meteorológicos, utilizando a sua experiência e algumas metodologias simples. Portanto, a confiabilidade destas previsões era baixa e com prazo máximo de 36 horas.


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O surgimento da modelagem numérica

A atmosfera, como sistema físico, é regida por um sistema de equações matemáticas que deriva da segunda lei de Newton e do desenvolvimento do cálculo diferencial (Século XVIII). Porém, o sistema de equações que determina o movimento da atmosfera é muito complexo e não pode ser resolvido de forma exata e analítica exigindo algumas aproximações. No início do século houve uma tentativa de resolver estas equações manualmente: milhares de pessoas demoram maus de 48 horas para fazer uma previsão de 24 horas, obtendo resultados desastrosos. A partir disto, os meteorologistas perceberam a grande necessidade de realizar operações numéricas mais rápidas e de contar com um sistema de equações mais simplificado e eficiente.

Uma invenção do computador ba década de 50 possibilitou rodas pela primeira vez previsões de tempo em forma numérica, surgindo os primeiros “modelos atmosféricos”. Os primeiros modelos eram muito simples e representavam a atmosfera composta por uma única camada como se fosse um oceano de ar. Gradativamente, com o desenvolvimento de computadores mais rápidos e eficientes, os modelos numéricos ficaram mais precisos e completos. Já nas décadas de 70 e 80, a Europa e Estados Unidos possuíam modelos relativamente sofisticados, embora no Brasil, as previsões ainda eram feitas em forma subjetiva, aproveitando as informações de modelos rodados no exterior.


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CPTEC

O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) começou a ser idealizado em meados dos anos 80, quando pesquisadores e o próprio governo brasileiro tomaram consciência da necessidade de o país sair do atraso na previsão de tempo. Nesta época, países mais avançados já dominavam há anos metodologias de previsão meteorológica com uso de supercomputadores.

Meteorologia de primeiro mundo - Com a inauguração do CPTEC, em novembro de 1994, houve uma rápida e contínua modernização da meteorologia brasileira.
Atualmente, o Brasil iguala-se aos países mais avançados na previsão de tempo e, principalmente, na previsão climática, área de atividade restrita a um seleto grupo de oito países.

Antes da criação do CPTEC, as previsões de tempo eram fornecidas para até um dia e meio de antecedência, com índice de 60% de acerto. Hoje as previsões são geradas para até 15 dias, com 98% de acerto para as 48 h, chegando a 70% com cinco dias. A tendência, com a operação da terceira geração de supercomputadores do CPTEC, é de que as previsões alcancem períodos mais longos, mantendo a confiabilidade.

A constante atualização do sistema computacional tem permitido não somente previsões mais confiáveis, mas também de melhor qualidade para microrregiões. O modelo regional do CPTEC já chega a uma resolução de 20 quilômetros. Isto significa ter capacidade para gerar previsões de tempo com maior grau de detalhamento para cidades próximas como São Paulo e cidades da região do Grande ABC.

As previsões climáticas, fornecidas com até três meses de antecedência, também têm demonstrado importância estratégica no planejamento de atividades econômicas e sociais. A previsão de eventos naturais como El Nino ou La Niña que provocam chuvas intensas e seca para regiões diferentes do País, tem auxiliado governos de diferentes esferas em ações para atenuar danos materiais e perdas humanas.

Em meados de 2002 iniciou-se os estudos de meio ambiente e hoje já com o supercomputador SX-6, da NEC, adquirido em 2003, iniciou-se uma nova etapa na pesquisa e na previsão climática, possibilitando rodar modelos que projetem diferentes cenários climáticos para até 100 anos, a partir da simulação de diferentes situações ambientais. No caso da Amazônia será possível inferir como será o clima desta região com o avanço do desmatamento.


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A maturidade do SX6 e o avanço da meteorologia

Tendo a responsabilidade tecnológica de prover informações meteorológicas cada vez mais confiáveis, refinadas e mais especializadas, o CPTEC contratou o fornecimento de um novo e potente sistema computacional que integra as melhores característica de processamento de altíssimo desempenho existentes: um cluster com 12 supercomputadores NEC SX6. Este sistema se apresenta com o desafiante paradigma de programação em memórias compartilhadas e distribuídas. Este grande desafio vem no momento em que o CPTEC encontra-se plenamente preparado para enfrentá-lo.

O primeiro lote (ou primeira parte do SX6) chegou em agosto de 2002 e foi inaugurado em dezembro do mesmo ano, e já trouxe uma enorme vantagem ao país com relação à melhoria na qualidade de previsões de tempo e clima. Este novo conceito permitiu, além do aumento da resolução dos modelos, também a produção de prognósticos climáticos mais confiáveis através da técnica de execução do modelo global em spanersos membros (chamado "emsemble") que já estava sendo executado com o SX4 (supercomputador NEC com oito processadores - 1998 até 2004).

Espera-se também os avanços utilizando modelos regionais na previsão de longo prazo (chamado de Eta Climático) e o avanço nas áreas de cenários de mudanças climáticas. O Brasil começou seus estudos, nessa área, em agosto de 2003 com a criação de uma spanisão de Clima e Meio Ambiente.

Até 2004 o CPTEC/INPE possuía 4 (quatro) Supercomputadores SX6 com 32 processadores, 256GIGAFLOPS de desempenho, com 128GIGABYTES de memória e 70 TETRABYTES de disco.

O segundo lote (ou o SX6 Completo) classificou o Brasil como um país de alto desempenho em Supercomputação, em comparação com países de destaque nessa área no mundo. Com o SX6 completo somos o maior país do Hemisfério Sul, em Supercomputação, e os meteorologistas podem seguir seu desafio: "Meteorologia sempre a serviço da Sociedade", com muito mais confiabilidade e equilíbrio.

O SX6 do CPTEC em números:

- 12 Supercomputadores SX6;
- 96 processodores;
- 768 GFLOPS de performace de pico;
- 768 GBYTES de Memória;
- 16 TBYTES de disco;
- 49.470 metros de cabos;
- Peso total: 13.500 quilos;
- Área para instalação: 12 x 12 metros.

Com tudo isso a confiabilidade das previsões passaram a ser 100% em 24 horas chegando em torno de 70% com 5 dias de antecedência.

Antigamente a previsão era feita somente com as análises observacionais e imagens de satélite e o meteorologista conseguia acompanhar os sistema e prever até 48 horas no máximo. Com o evento de previsões numéricas (simulação matemática) temos agora uma ferramenta para acompanhar e prever até 15 dias com confiabilidade.


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1- Como é feita a previsão de tempo

A previsão de tempo é o produto que chega para o usuário depois de várias análises feitas pelos meteorologistas. Por de traz desse resultado existe muitas operações matemáticas e análises que são necessárias para a interpretação do que poderá acontecer.

O meteorologista necessita saber como está a atmosfera no momento em que se reúnem e avaliam o comportamento, através de diagnósticos de imagem de satélite, cartas de superfícies e dados observados. Esses dados observados são um chute inicial para uma simulação matemática do que a atmosférica esta vendo para o estado futuro. A previsão numérica de tempo é utilizada como uma das mais importantes ferramentas da meteorologia nos últimos anos.

Temos que analisar todas as ferramentas e discutir com vários pesquisadores e meteorologistas para se obter, uma previsão de consenso e assim disponibilizá-la para o usuário.

Para se fazer uma simulação numérica é necessário equipamentos com características e qualidade, por isso, a necessidade de supercomputadores que possam fazer os cálculos matemáticos, rapidamente, e disponibilizar para análise dos meteorologistas.


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Rotina de Operação Meteorológica do CPTEC

O processamento operacional diário é controlado e produtos finais são gerados por dois grupos de meteorologistas operacionais. O grupo "Meteorologia Operacional" (METOP) monitora a rotina do processamento do modelo global do CPTEC e mantém os arquivos de previsão numérica atualizados. A fim de monitorar o desempenho das previsões do modelo global e identificar seus erros sistemáticos, são efetuadas comparações subjetivas e objetivas das previsões com a análise da carta de superfície, imagens de satélite e dados observacionais. Nas comparações são utilizados métodos estatísticos como correlações entre a anomalia da previsão e a anomalia da análise. O objetivo maior desse grupo operacional é a interação com os pesquisadores de modelagem, para que estes possam aprimorar o modelo global através de novas técnicas de parametrizações dos spanersos processos físicos. Para tanto, são feitas discussões diárias sobre as diferenças das previsões (acertos e erros) do modelo global do CPTEC em relação às análises. Esse grupo também prepara os boletins técnicos direcionados a pessoas ligadas à área de meteorologia que tenham acesso à INTERNET.
O grupo de "Produtos Meteorológicos" (PROMET) acessa os resultados do modelo global, disponíveis no ambiente computacional interno, para spanulgação e disseminação da previsão de tempo, principalmente nas formas gráfica e textual de avaliação.


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2- Como é feita a previsão de clima

O Modelo de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA) do CPTEC tem sido utilizado para a realização de previsão climática, no CPTEC, desde janeiro de 1995. As previsões são realizadas mensalmente e são usadas quatro condições iniciais de quatro dias consecutivos do meio do mês. Para cada condição inicial, o MCGA é integrado duas vezes, uma com condições de contorno inferior dadas por valores climatológicos da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e outra com TSMs observadas entre a data da condição inicial até o mês no qual está sendo feita a integração, e anomalias de TSM persistidas para os meses de previsão. São feitas médias das diferenças entre as integrações de previsão-controler para fornecer a previsão do conjunto, para 4 meses. Os resultados mensais e trimestrais são analisados, com os destaques para as previsões sazonais.

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3- Diferença entre Tempo Meteorológico e Clima

Clima: constitui o estado médio e o comportamento estatístico da variabilidade dos parâmetros do tempo (temperatura, chuva, vento, etc.) sobre um período, suficientemente, longo de uma localidade. O período recomendado é de 30 anos.

Tempo: conjunto de condições atmosféricas e fenômenos meteorológicos que afetam a biosfera e a superfície terrestre em um dado momento e local. Temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade, etc., formam o conjunto de parâmetros do tempo.


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4- Atmosfera: formação e importância

A teoria de maior aceitação sobre a formação da atmosfera é a de que ela nunca sucedeu aos planetas mas, ao contrário, desenvolveu-se a partir dos materiais que estavam neles. Estas matérias-primas dos constituintes gasosos da atmosfera foram aprisionados nos estágios iniciais da formação planetária, em bolsões no material original, ou combinadas em substâncias mais complexas como carbonatos de cálcio. Quando cessaram os bombardeios planetários e o aquecimento interno dos novos planetas começou a se desenvolver, estes gases foram liberados. Grande parte dos átomos e moléculas eram muito pesados para escapar à atração gravitacional local do planeta e, portanto, permaneceram por ali e formaram a atmosfera. Muitos gases mais leves, como o hidrogênio, puderam escapar para o espaço.
Atualmente visualizamos um Planeta Terra muito diferente em nosso longínquo passado primordial que a que vemos hoje: um planeta recém formado com uma atmosfera consistindo principalmente em nitrogênio e dióxido de carbono, e uma pequena quantidade de hidrogênio. Nos oceanos primitivos da antiga Terra, uma sopa primordial de compostos orgânicos começava a se agitar. A concorrência de raios atmosféricos iniciou a formação de aminoácidos, blocos estruturais essenciais para a vida fundamentada no átomo de carbono. O oxigênio, gás volátil necessário para a maioria das formas de vida que conhecemos hoje, não existia em estado livre na atmosfera do planeta até bem recentemente, há 2 bilhões de anos.
Tendo ficado a química do planeta em cozimento por alguns bilhões de anos, o oxigênio, que tinha sido originalmente liberado e em seguida aprisionado nos oceanos e em rochas ricas em cálcio, começou a ser liberado novamente, à medida que o calor quebrava as ligações químicas que uniam o oxigênio a outros elementos.
Posteriormente, o oxigênio liberado difundiu-se até as camadas superiores da atmosfera, onde encontrou intensa radiação ultravioleta do Sol. Este processo produziu a camada de ozônio. Esta camada de ozônio serve como escudo para a ação nociva da radiação ultravioleta. Há, aproximadamente, 450 milhões de anos, o desenvolvimento do ozônio foi suficiente para criar uma nesga de oportunidade que permitiu à vida no solo fincar um ponto de apoio.
Essa foi a chave final para o estabelecimento permanente do oxigênio em nossa atmosfera: a própria vida gera o oxigênio da fotossíntese das plantas. A produção de oxigênio era agora auto sustentada, e o suprimento tornava-se cada vez mais rico à medida que o tempo passava e a biomassa terrestre crescia exponencialmente. O oxigênio era criado pela fotossíntese, e reabsorvido nos oceanos e rochas. O dióxido de carbono era absorvido pela flora e pelos oceanos e liberado novamente pela liberação gasosa vulcânica. A terra começava uma progressão cíclica de absorção, uso e liberação que continua até os dias de hoje.


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5- Tempo: fenômenos atmosféricos

5.1 Nuvens


Conjunto visível de partículas minúsculas de matéria como gotículas d'água e/ou cristais de gelo, no ar. Uma nuvem se forma na atmosfera como resultado da condensação do vapor d'água.








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Nuvens Altas









Cirrus: nuvem isolada em forma de filamentos brancos e delicados ou de bancos ou faixas estreitas, brancos ou quase brancos. Esta nuvem tem aspecto fibroso como fios de cabelo ou rabo de galo. O cirro é constituído por cristais de gelo. Normalmente, visualizamos cirrus antes de uma frente fria chegar, na linguagem popular é chamada de “crista de galo”. É a nuvem mais alta que se forma no céu, com exceção do topo das bigornas de nuvens cumulunimbus (CB) que, ocasionalmente, se formam em alturas excessivas.
Condição de tempo associada: tempo estável com aproximação de áreas de instabilidade. Normalmente, antes da chegada de uma frente fria observam-se muitos cirros, também são observados sobre a bigorna de cumulunimbus.



Cirruscumulus: banco, lençol ou camada fina de nuvens brancas constituídas por elementos muito pequenos em forma de grãos, rugas, ligados ou não; Estas nuvens são constituídas quase que, exclusivamente, por cristais de gelo; podem também existir gotículas de água. O Cirroscumulus é transparente a ponto de revelar a posição do Sol ou da Lua. Cria, geralmente, um "céu escamado", ou seja, as ondulações podem se parecer com escamas de peixe.
Condição de tempo associada: tempo estável com aproximação de áreas de instabilidade.




Cirrustratus: véus nebulosos, transparentes e esbranquiçados, de aspecto fibroso como de cabelo liso que cobre total ou parcialmente o céu e produz em regra fenômenos de Halo. O cirrustratos é, principalmente, constituído por cristais de gelo. Esta nuvem é uma boa precursora de precipitação, indicando que isto pode ocorrer num prazo de 12 à 24 horas.
Condição de tempo associada: tempo estável.





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Nuvens Médias




Altostratus: lençol ou camada de nuvem acinzentada ou branco azulado, de aspecto estriado, fibroso ou uniforme, cobrindo inteiramente ou parcialmente o céu, mas com porções menos espessas que deixam ver o Sol, pelo menos vagamente (como através de um vidro fosco).
Condição de tempo associada: normalmente, se formam na frente de tempestades com chuva ou neve contínua. Ocasionalmente, a chuva pode partir de um Altostratus, e se esta chega ao solo, a nuvem pode se classificar Nimbostratus.




Altocumulus: banco, lençol ou camada de nuvens brancas ou acinzentas, ou simultaneamente brancas e acinzentas, formada por elementos com o aspecto de pequenas lâminas, glóbulos, rolos, etc., de aspecto muitas vezes, parcialmente fibroso, soldados ou não e geralmente com sombra própria. Na maior parte das vezes os elementos atingem uma largura aparente compreendida entre 1 a 5  graus; estão regularmente dispostos e encontram-se afastados o suficiente para permitir ver o azul do céu entre eles, quando observados de baixo.
Condição de tempo associada: altocumulus ocorrem em várias camadas distintas, simultaneamente e, raramente produzem chuva que alcançam o solo.







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Nuvens Baixas




Stratus: camada nebulosa, cinzenta, de base uniforme e definida. São constituídos por gotículas de água e quando espessos, podem conter gotículas de chuvisco. Podem ser tão tênues que permitem distinguir, nitidamente, o contorno do Sol ou da Lua.
Condição de tempo associada: quando produzem precipitação é sempre em forma de chuvisco. Estas nuvens podem se formar muito próximo do solo, produzindo restrição da visibilidade horizontal semelhante a um nevoeiro denso.




Stratoscumulus: camada de nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, quase sempre com porções escuras, constituídas por massas em mosaico, glóbulos, rolos etc., de aspecto não fibroso, ligadas ou não.
Condição de tempo associada: mantém o céu nublado e por muitas vezes com chuva fraca e contínua. Geralmente, são formadas quando há uma forte circulação marítima (ventos vindos do Oceano ou de sudeste/leste).







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Nuvens de Desenvolvimento Vertical







Nimbustratos: nuvem típica da formação de chuva. Muitas vezes, sua base não pode ser vista devido ao peso da precipitação. Geralmente, estão associadas às condições climáticas do outono e do inverno, podendo, contudo, aparecer em qualquer estação.
Condição de tempo associada: estas nuvens sempre produzem chuva fraca à moderada que pode perdurar por horas.





Cúmulus: nuvens isoladas, geralmente, densas e de contornos nítidos, que se desenvolvem verticalmente em forma de torres. O topo parece, muitas vezes, uma couve-flor ou um amontoado de algodão. As porções da nuvem iluminadas pelo sol são quase de um branco brilhante; a base é relativamente sombria. O topo do cúmulo é, às vezes, esfarrapado e constituído por gotículas de água e cristais de gelo nas porções mais elevadas em que a temperatura é inferior a 0º C.
Condição de tempo associada: cúmulos bem desenvolvidos produzem pancadas de chuva ou aguaceiros; cúmulos pequenos, lembrando flocos de algodão são também conhecidos como cúmulos de bom tempo.

Cumulunimbus: nuvem densa de grande extensão vertical, em forma de montanha ou enormes torres. A região superior, pelo menos em parte, é lisa, e quase sempre achatada em forma de bigorna. O cumulunimbus é constituído por gotículas de água e cristais de gelo na parte superior. Contém também grandes gotas de chuva e granizo. Quando cobre grande parte do céu pode, facilmente, confundir-se com Nimbustratus. É responsável pela formação de tempestades, trovoadas, e em alguns casos, tornados.
Condição de tempo associada: estas nuvens produzem aguaceiros violentos, acompanhados de relâmpago, trovão e rajadas de vento moderadas a forte. Algumas vezes produzem granizo.



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Formação de Nuvens

Existem vários processos de formação das nuvens e das suas conseqüentes formas e dimensões.
As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até a condensação da água, devido à subida e expansão do ar. É o que sucede quando uma parcela de ar sobe para níveis onde a pressão atmosférica é cada vez menor e o volume de ar se expande. Esta expansão requer energia que é absorvida do calor da parcela, e, por isso, a temperatura desce. A condensação e congelamento ocorrem em torno de núcleos apropriados.
Uma vez formada, a nuvem poderá evoluir, crescendo cada vez mais, ou se dissipar. A dissipação da nuvem resulta da evaporação, das gotículas dágua que compõem motivada por um aumento de temperatura decorrente da mistura do ar com outra massa de ar mais aquecida ou, ainda, pela mistura com uma massa de ar seco.
Uma nuvem pode surgir quando uma certa massa de ar é forçada a deslocar-se para cima acompanhado o relevo do terreno.


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Constituição das Nuvens

Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento no sentido ascendente ou descendente. No primeiro caso a nuvem é forçada a se elevar e, devido ao resfriamento, as gotículas d'água podem ser total ou parcialmente congeladas. No segundo caso, como já vimos, a nuvem pode se dissipar pela evaporação das gotículas d'água. Assim, a constituição da nuvem vai depender da temperatura que apresenta a esta, da altura onde a nuvem se localiza.

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5.2- Tornados


Tornado é um redemoinho de ventos girando com muita velocidade e que se forma em condições especiais num ambiente de tempestade muito forte. Este redemoinho descende de uma nuvem de tempestade (cumulunimbus) muitas vezes, atinge o chão, causando destruição por onde passa. A dimensão espacial do tornado é de centenas de metros e ele, normalmente, tem uma vida média de poucos minutos e percorre uma extensão de 500 a 1500 metros, ainda que na sua trajetória os ventos passem comumente de 200 km/h. A maioria deles giram em sentido ciclônico quando observados de cima, mas alguns foram vistos girando em sentido anti-ciclônico, ou seja, em sentido horário, quando observados de cima.

Este fenômeno é visível por causa da poeira e sujeira levantadas do solo e pelo vapor d'água condensada. A pressão baixa dentro de um funil causa a expansão e resfriamento do ar, resultando na condensação do vapor d'água. As vezes, o ar é tão seco que os ventos giratórios permanecem invisíveis até atingir o solo e começam a carregar sujeiras. Ocasionalmente, o funil não pode ser visto por causa da chuva, nuvens de poreira, ou escuridão. Muitos tornados possuem um barulho distinto que pode ser ouvido por muitas milhas até quando eles não são bem visíveis. Este som parece ser mais alto quando o tornado toca o solo. Contudo, nem todos os tornados produzem este barulho. A maioria dos tornados tem o diâmetro de 100 a 600 metros. Alguns são de poucos metros de largura e outros excedem 1600 metros.

Os tornados ocorrem em muitas partes do mundo, mas os mais freqüentes e violentos acontecem nos Estados Unidos, numa média de mais de 800, anualmente. As Planícies Centrais dos EUA estão mais sujeitas aos tornados porque a atmosfera favorece o desenvolvimento de trovoadas severas que produzem tornados. Especialmente, na primavera, o ar úmido e quente na superfície é abaixo do ar mais frio e seco produzindo uma atmosfera instável. Embora tornados ocorram a qualquer hora, eles são mais freqüentes entre 16h e 18h quando o ar na superfície é mais instável. Também ocorrem na Inglaterra, Canadá, China, França, Alemanha, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Rússia, e até em Bermuda e nas Ilhas Fiji. Porém não estão restritos somente nestes países.

Tornados destroem os instrumentos necessários para medir velocidades de ventos e pressão dentro de tornados, por essa razão, características são desconhecidas. Sabemos que a pressão de um tornado é muito baixa mas podemos apenas estimar que esta pressão seja 60% abaixo do normal.


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5.3- Furacões

Um furacão é um ciclone tropical que se tornou muito intenso com ventos girando no sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido anti-horário no Hemisfério Norte ao redor de um centro de baixa pressão. Normalmente, bem no centro do furacão há uma região sem nuvens e com ventos calmos, chamada de olho do furacão. Nesta região, há movimentos de ar descendentes, ao lado de uma grande área circular de centenas de quilômetros com vigorosos movimentos ascendentes do ar, o que provoca formação de nuvens e muita chuva. Há também várias outras formas de ciclones, como os ciclones extra-tropicais, onde também os ventos giram em torno de um centro de baixa pressão, mas os processos físicos de formação e manutenção são muito distintos daqueles que atuam no furacão. Normalmente, os ciclones tropicais se formam quando um centro de baixa pressão viajando sobre oceanos tropicais encontra águas com temperaturas acima de 26ºC. Nesse ponto, aumenta a evaporação da superfície do oceano e o ar úmido ascendendo próximo ao centro esfria e formam-se nuvens com mais de 8 a 10 km de altura. Quando o vapor d'água se condensa nas gotículas de chuva, libera o calor latente de condensação devido à mudança de fase da água. Este calor liberado aquece o ar, que sobe ainda mais e faz com que a pressão atmosférica baixe mais no centro do sistema. Com o abaixamento da pressão, mais ar circundante é deslocado em direção ao centro do sistema e o sistema se realimenta disso para continuar a se intensificar. Quanto mais baixa a pressão em seu centro, mais fortes serão os ventos ao seu redor, tendo que estar acima de 119 km/hora para ser classificado como furacão. Além de águas acima de 26ºC e ventos que não podem variar muito com a altura outras condições na atmosfera precisam estar presentes para a formação dos furacões. Se os ventos forem muito fortes entre 5 e 10 km de altura, um ciclone tropical não se tornará um furacão. Até o Furacão Catarina, nunca havia sido observado um furacão no Atlântico Sul, uma vez que, em sua porção tropical, as águas estão quase sempre abaixo de 26ºC. Furacões não se formam precisamente sobre o Equador porque necessita estar um pouco afastado do Equador para os sistemas meteorológicos sentirem os efeitos da rotação da Terra, que faz com que os ventos girem ao redor do centro de baixa pressão.

Furacões acontecem sobre a maioria dos Oceanos Tropicais em áreas onde a temperatura do mar encontra-se acima de 26ºC. Até o Furacão Catarina, a grande exceção era o Atlântico Sul. Ocorrem com maior freqüência no Atlântico Tropical Norte, Pacífico Tropical Oriental, Pacífico Tropical Norte Oriental e Pacífico Tropical Sul Oriental, além do Oceano Índico.

Segundo o pesquisador do INPE, Carlos Nobre o Furacão Catarina foi o primeiro furacão observado no Atlântico Sul, pelo menos desde que há registros meteorológicos confiáveis no Brasil, isto é, por 100 anos ou mais. Nos últimos 40 anos, desde que há satélites meteorológicos, não há registros de furacões nesta parte do Oceano Atlântico. Também, o Furacão Catarina originou-se a partir de um ciclone extra-tropical, ao passo que a maioria absoluta dos ciclones tropicais, dos quais alguns deles virão a se tornar furacões, originam-se de depressões tropicais, isto é, centros de baixa pressão tropicais. Por último, furacões se formam sobre águas oceânicas acima de 24ºC. Na região de formação do Catarina, as águas encontravam-se entre 24ºC e 26ºC, um pouco abaixo deste limiar. Portanto, um fenômeno raro e atípico, sob qualquer ponto de vista, mas que se formou, de qualquer maneira. Em outras palavras, o Furacão Catarina fez mudar o paradigma sobre furacões no Atlântico Sul.

Previsão de ciclones tropicais são somente factíveis na escala de dias. Portanto, nós somente saberemos se poderá haver furacões no Atlântico Sul, quando acontecer algum outro, além do Furacão Catarina, que ocorreu em março de 2004. Ainda não há certeza científica de que o Atlântico Sul se tornará um local onde furacões passarão a ocorrer com freqüência, mas é uma hipótese que não pode ser descartada. Na faixa subtropical do Atlântico Sul, podem aumentar as chances de ocorrência de furacões pelo lado da atmosfera, isto é, situações onde a velocidade do vento não varia muito com a altura em relação àquela da superfície. Se a temperatura do mar continuar aumentando com o aquecimento global, estes mares subtropicais chegarão a ter mais comumente temperaturas acima de 26ºC, que é outra condição para furacões se formarem. Há, porém, outros determinantes que indicam que dificilmente seria uma região com ocorrência de muitos furacões, no caso de voltarem a ocorrer.

Com relação a esses fenômenos ocorrerem em estados brasileiros, como São Paulo, Nobre explica que teoricamente, se as temperaturas do mar continuarem a subir devido ao aumento do efeito estufa, mais e mais regiões dos oceanos sub-tropicais do Atlântico Sul terão temperaturas acima dos 26ºC na maior parte do ano. Simulações com modelos climáticos globais indicam que num planeta mais aquecido poderia haver um número maior de sistemas meteorológicos como ciclones extratropicais no Atlântico Sul, ainda que tais projeções necessitem de estudos mais detalhados. Porém, devemos lembrar que o Furacão Catarina originou-se de um ciclone extratropical e estes normalmente, como o próprio nome diz, ocorrem fora da faixa tropical e sub-tropical. O efeito dos ciclones extra-tropicais sobre o Atlântico Sul é sentido nas ressacas que afetam todo o litoral Sul e também o litoral do Sudeste do Brasil.


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5.4- Zona de Convergência do Atlântico Sul

Climatologicamente, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) pode ser identificada, na composição de imagens de satélite, como uma banda de nebulosidade que se estende desde o sul da região Amazônica até a região central do Atlântico Sul, ou ainda em padrões de distribuição de radiação de onda longa.
Os mecanismos que originam e mantém a ZCAS não estão ainda totalmente definidos, porém, estudos indicam que esse sistema sofre influências de fatores remotos e locais. Aparentemente as influências remotas modulam o início, duração e localização da ZCAS, enquanto os fatores locais são determinantes para a ocorrência desse.
Nos fatores remotos a simulação de uma onda estacionária associada à um modelo de circulação geral da atmosfera mostrou que a existência dessa onda estava vinculada à convecção na região tropical e nas próprias Zonas de Convergência.
spanersos podem ser os fatores locais, porém, o único consenso parece ser quanto ao papel da convecção na região Amazônica.


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5.5- Zona de Convergência Intertropical

Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos atuando nos trópicos. Devido à sua estrutura física, tem se mostrado decisiva na caracterização das diferentes condições de tempo e de clima em spanersas áreas da Região Tropical.
A ZCIT possui um deslocamento num período aproximado de um ano, alcançando sua posição mais ao norte durante o verão e sua posição mais ao sul durante o mês de abril, no Hemisfério Norte. Além dessa oscilação anual, a ZCIT apresenta oscilações com maiores freqüências, com o período variando de semanas a dias.
Além da influência da ZCIT no tempo e no clima das áreas tropicais, ela também está envolvida na manutenção do balanço térmico global. Na escala planetária atua no sentido de transferir calor e umidade dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para as médias e altas latitudes.


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6- Sistemas de Alta Pressão

Alta: é a região de relativa alta pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou mesmo nível de pressão.

Anticiclone: é uma região de circulação no sentido anti-horário no plano horizontal no Hemisfério Sul que podem se encontrar nos altos, médios e baixos níveis da atmosfera.

Crista: é uma região alongada de uma relativa alta pressão num plano. Na região de crista as linhas de pressão não são fechadas, como um anticiclone. As isóbaras (linhas de pressão) abertas apresentam uma ondulação para o lado das baixas pressões.

Condição de tempo associada a sistemas de alta pressão: as regiões de alta pressão normalmente mantêm o tempo estável (tempo bom, sem chuva), pois estas regiões desfavorecem a formação de nuvens, porém quando o sistema de alta pressão em superfície traz ventos úmidos do oceano para o continente favorece a formação de nuvens do tipo Estrato e stratuscumulus, onde normalmente acontecem os nevoeiros e neblinas.


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7- Sistemas de Baixa Pressão

Baixa: é a região da relativa baixa pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou mesmo nível de pressão.

Ciclone: é uma área com pressão inferior àquela apresentada em áreas circunvizinhas, considerando-se um mesmo nível. Resulta em convergência de ventos, os que se movem no sentido horário no Hemisfério Sul.

Durante algum tempo houve a confusão entre os ciclones, furacões e tornados, mas essa dúvida foi discutida por vários pesquisadores, por exemplo o que foi discutido na revista Ciência Hoje de novembro de 2005 pelo Dr. Carlos Nobre e Dr. José Marengo. “Ciclones são centros de baixa pressão atmosférica em torno dos quais ocorrem ventos giratórios, formando estruturas de grandes dimensões (atingem mais de 200 km de diâmetro)”. Os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. Os ciclones surgem principalmente sobre os oceanos, em geral em regiões tropicais, e podem durar vários dias e se deslocar por longas distâncias, tornando-se às vezes muito intensos. Quando ocorrem fora dos trópicos, caso do sul do Brasil, são chamados de ciclones extratropicais. Ciclones com ventos de mais de 119 km/h são classificados como Furacões. A intensidade dos furacões é medida de acordo com a pressão no centro (o olho) e a velocidade de vento. A escala mais conhecida, baseada na velocidade do vento, inclui os níveis, verifique a figura 2.14. Quando maior o nível, maior a descrição. Tufão é o nome dado aos furacões que ocorrem na Ásia. Já os tornados são ventos giratórios em forma de funil. Formados geralmente em terra, com diâmetro (junto ao solo) entre alguns e dezenas de metros. O tornado é considerado o fenômeno meteorológico mais destrutivo, já que a velocidade do vento pode superar 400 km/h, mas, em comparação com os furacões, atinge áreas muito menores e dura menos tempo (alguns minutos a cerca de uma hora).

Ciclogênese: é a formação de um novo sistema de baixa pressão ou ciclone, ou intensificação um sistema pré-existente.

Cavado: é uma região alongada de uma relativa baixa pressão num plano horizontal. Na região de cavado as linhas de pressão não são fechadas. As linhas de pressão abertas apresentam uma ondulação para o lado das altas pressões.

Tornado: Um tornado é um pequeno, porém, intenso redemoinho de vento, formados por uma tempestade. Se o redemoinho chega a alcançar o chão, há repentina queda na pressão atmosférica e os ventos de alta velocidade (que podem alcançar mais de 250 km/h), faz com que o tornado destrua tudo o que encontra no meio do seu caminho para o alto. Quando se forma sobre superfícies líquidas, são menos intensos e com menores dimensões e conhecidos como tromba d’água por levantar uma coluna de água.

Perturbação: este termo pode ser aplicado para a ocorrência de área de baixa pressão, ou ciclone pequeno em tamanho e influência, ou para uma área que esteja exibindo sinais de desenvolvimento ciclônico.

Condição de tempo associada a sistemas de baixa pressão: esta situação favorece a condição de tempo instável e a formação de nuvens do tipo cumulus e cumulunimbus.


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8- Instrumento e Métodos de Observação


8.1 Satélites

Satélite: o termo é freqüentemente usado para definir objetos fabricados pelo homem e que estejam na órbita da Terra de forma geo-estationária ou polar. Algumas das informações colhidas por satélites meteorológicos, como o GOES-8, incluem temperatura nas camadas superiores da atmosfera, umidade do ar e registro da temperatura do topo das nuvens, da Terra e do oceano. Os satélites também acompanham o movimento das nuvens para determinar a velocidade dos ventos altos, rastreiam o movimento do vapor de água, acompanham o movimento e a atividade solar e transmitem dados para instrumentos meteorológicos ao redor do mundo.

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8.1.1 Satélite de Órbita Polar

Satélite cuja órbita inclui passagens sobre ambos os Pólos da Terra. Veja Órbita Polar



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8.1.2 SATÉLITES METEOROLÓGICOS:

ÓRBITA GEOESTACIONÁRIOS:
A órbita geoestacionária é um satélite equatorial que fica permanentemente sobre a linha do equador. Apresenta o período de rotação coincidente com o período sideral de rotação da Terra, portanto, gira com a mesma velocidade de rotação da Terra. Como tem o mesmo sentido de rotação que o da Terra e excentricidade da órbita nula, sempre permanece acima de um ponto e à mesma distância da Terra. O satélite pode observar uma região circular com um raio aproximado de até 70° de latitude. Entretanto, devido às deformações relacionadas à curvatura da superfície terrestre, a área de observação é limitada. Habitualmente, na prática das análises numéricas, os dados dos satélites geoestacionários se restringem àqueles de uma área limitada por um círculo com raio de até 55° de latitude, com o centro no ponto subsatélite, e com raio de até 65° de latitude nas analises qualitativas (não-numérica).




GOES (Geostationary Operational Environmental Satellites): Satélites americanos mantidos pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Os dados são distribuídos pelo National Environmental Satellite and Information Service (NESDIS). Sua altitude e órbita são semelhantes ao Meteosat. As imagens do globo terrestre são obtidas a cada 30 minutos. O GOES é um dispositivo de 5 canais espectrais sendo um Visível (0,55-0,75 µm), três canais Infravermelhos (3,8-4,0 µm, 10,2-11,2 µm, 11,5-12,5 µm) e o canal de Vapor d'Água (6,5-7,0 µm). No canal Visível, a resolução é 1 km. Nos canais Infravermelhos, a resolução é de 4 km. No canal Vapor d'água, a resolução é de 8 km.



METEOSAT: Satélites geoestacionários europeus mantido pela EUMETSAT. A EUMETSAT é uma organização intergovernamental criada em uma convenção internacional que reuniu 17 países europeus. A altitude dos satélites é de 35.800 km. Seu campo de imagem (42% da superfície da terra) é restrito à sua localização sobre na vertical sobre a intersecção do Equador com o meridiano de Greenwich. Equipado com um sensor espectral, ele explora a superfície terrestre por faixas. Para cada pixel desta faixa, se obtém a energia irradiada para diferentes gamas espectrais. Os três espectros do Meteosat são o Visível (0,45-1,00 µm). o Infravermelho (10,5-12,5 µm) e Vapor d'Água (5,7-7,1 µm).










ÓRBITA POLAR: Os satélites de órbita polar passam pelos polos ou perto deles. Os períodos de suas órbitas são de uma a duas horas. Os satélites meteorológicos mais conhecidos no Brasil são os da série NOAA (National Oceanic and Atmosphere Administration, dos Estados Unidos).
Este satélite é heliossíncrono. Ele gira numa órbita que permanece sempre no mesmo plano, enquanto a Terra gira a razão de 15 graus por hora. Entre duas passagens do satélite pelo equador (a cada 101 minutos), o satélite passa por novas regiões, sobre as quais o sol está aproximadamente na mesma posição (na mesma hora solar) que na passagem anterior. Esta característica permite que ele observe a Terra em pontos que têm o mesmo tipo de iluminação. Cada satélite passa pelo mesmo local uma vez a cada 12 horas (uma de dia, outra de noite). Com dois satélites pode-se obter informações quatro vezes por dia.

NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration): O programa de satélites NOAA é gerido pela National Oceanic and Atmosferic Administration (NOAA), através do National Environmental Satellite Data and Information Service (NESDIS), e pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), que é responsável pelo desenvolvimento e lançamento dos aparelhos.
Este programa começou por se denominar TIROS (Television and Infrared Observation Satellite), e foi desenvolvido pela NASA e pelo Departmento de Defesa dos Estados Unidos, na tentativa de desenvolver um sistema de satélites meteorológicos. Entre 1960 e 1965 foram lançados 10 satélites TIROS. Entre 1966 e 1969, foram lançados 9 novos satélites, denominados TOS (TIROS Operational Satellites), operados pela ESSA (Environmental Science Services Administration), pertencente à NOAA. Em 1970, o TIROS-M recebeu a designação de ITOS (Improved TOS), iniciando-se assim uma nova geração de satélites, que incluíam sensores de infra-vermelhos.


TERRA - AQUA - (Sensor MODIS): O sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) é o principal instrumento a bordo do satélite Terra (EOS AM-1) e Aqua (que também transporta o HSB (Humidity Sensor for Brazil), sensor brasileiro de umidade atmosférica), um dos Sistemas de Observação da Terra da NASA. O MODIS realiza observações de toda a superfície terrestre a cada 1 ou 2 dias, e adquire dados em 36 bandas espectrais que se situam entre 0.4 e 14.4 mm e se distribuem em diferentes grupos de resolução espacial. Estes dados contribuem para melhorar nossa compreensão da dinâmica global e os processos que ocorrem na terra, nos oceanos e na atmosfera mais baixa.





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9- Radares

Radar: acrônimo de Radio Detection And Ranging - alcance da detecção de sinal de rádio. É o instrumento eletrônico usado para detectar objetos a distância através da maneira como esses objetos propagam ou refletem ondas de rádio. Precipitação e nuvens são fenômenos detectáveis pela força dos sinais eletromagnéticos por eles refletidos. Radar de Doppler e Nexrad são alguns exemplos de radares.

O princípio de funcionamento do radar meteorológico é análogo ao sistema de navegação de um morcego. O morcego emite sons de alta freqüência que ao serem interceptados por obstáculos retornam ao ouvido do morcego. Quanto mais rápido o som retornar, mais perto estará o obstáculo e quanto mais distante este estiver, mais demorado será o retorno. Desta forma, o morcego é capaz de avaliar a distância ao obstáculo e se desviar do mesmo antes da colisão.

No radar meteorológico são empregadas, ao invés de som, ondas eletromagnéticas de alta energia para se alcançar grandes distâncias. As ondas eletromagnéticas ao passarem por uma nuvem, causam em cada gota uma ressonância na freqüência da onda incidente, de modo que cada gota produz ondas eletromagnéticas, irradiando em todas as direções. Parte desta energia gerada pelo volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar volta ao prato do radar e sabendo-se o momento em que o feixe de onda foi emitido pelo radar e quanto tempo depois o sinal retornou, determina-se a distância do alvo ao radar. A intensidade do sinal de retorno esta ligada ao tamanho e distribuição das gotas no volume iluminado pelo radar.

Além disso, sabe-se qual é a elevação da antena e o azimute correspondente. Deste modo, pode-se determinar com precisão a região do espaço onde está chovendo. Para uma mesma elevação e azimute são transmitidos cerca de 200 pulsos de alta energia e, assim sendo, a mesma região do espaço é amostrada 200 vezes. Em seguida é feita uma média do sinal de retorno. Este processo é bastante rápido já que as ondas eletromagnéticas viajam à velocidade da luz (300.000 km/s). A duração de cada pulso determina a resolução dos dados de radar. O valor médio desta resolução, para diferentes radares, é da ordem de 500 metros.

O radar não mede diretamente chuva. O radar recebe um determinado nível de retorno dos alvos de chuva denominado refletividade. Esta refletividade possui uma relação física com o espectro de gotas observado pode-se determinar a partir deste espectro uma relação entre a refletividade do radar e a taxa de precipitação correspondente. Esta relação é conhecida como relação ZR. Para a maioria dos radares meteorológicos o limite inferior da taxa de precipitação é de 1mm/h, a uma distância de 190 km.
Uma característica importante dos radares meteorológicos modernos é o software para tratamento do grande volume de dados de refletividade gerados. Esse software permite ter-se em tempo real o mapa de chuva a um nível de altura constante, denominado CAPPI, do inglês Constant Altitude Plan Position Indicator. Os dados de chuva na área do radar são interpolados num nível de altura constante entre 1,5 a 18,0 km de altura, numa área de 360x360 km, com uma resolução de 2x2 km. Esta resolução espacial eqüivale a ter-se 32400 postos pluviográficos numa área de 152.000 km2 aproximadamente.

A partir de dois CAPPIS distintos, separados por um intervalo de tempo variável entre 20 e 50 minutos, determina-se através de uma correlação espacial entre as taxas de precipitação observadas a velocidade do sistema. De posse da velocidade e da direção de deslocamento da chuva é possível extrapolar os campos de precipitação, no tempo e no espaço e, desta forma, obter a previsão para até 3 horas a frente da chegada do sistema, numa determinada área.

A qualidade dos dados do radar meteorológico é investigada constantemente, pois o equipamento é sensível e pode ser descalibrado por spanersos fatores. Nesse sentido é importante manter telepluviômetros para aferição da relação ZR.

Hoje no estado de São Paulo temos vários radares meteorológicos, veja os links:
- http://www.ipmet.unesp.br
- http://www. univap.br
- http:// www.simepar.br
- http:// www.redemet.aer.mil.br


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10- Clima


10.1- Radiação Solar

São ondas eletromagnéticas curtas emitidas pelo Sol, responsáveis pelo aquecimento terrestre. A radiação solar é parcialmente refletida pelo Planeta Terra. A partir da irradiância emergente no topo tenta-se avaliar a irradiância global à superfície. Existem dois pontos de vista básicos para estimar a irradiância global à superfície. Os "modelos estatísticos" procuram ajustar a irradiância emergente no topo da atmosfera com dados de "verdade terrestre" fornecidos por redes solarimétricas, através de alguma função empírica. Estes modelos são dependentes da existência de uma rede solarimétrica de referência para avaliar coeficientes de ajuste, e tem validade apenas regional. Seus coeficientes podem variar no tempo e precisam de validação sistemática.







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10.2 – Radiação Ultra-violeta

O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação UV, incidente sobre a superfície da Terra. Ele é calculado à partir de dados sobre a concentração de ozônio na atmosfera, altitude da localidade, horário do dia, estação do ano, além de condições atmosféricas.

De acordo com o meteorologista Marcelo Corrêa, os altos índices de radiação solar são normais durante o verão no Brasil, devido sua localização próximo à linha do Equador.

O sol possui três tipos de radiação. A radiação C, considerada a mais forte e não chega à Terra. Já a radiação A e B chega à Terra e são muito nocivas, porém podem ser atenuadas com a presença de nuvens.

O aumento da radiação solar não deve ser atribuído à redução da camada de ozônio, pois ela é pequena nesta parte do globo por estarmos em um país Tropical.

O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Isto é, no período referente ao meio-dia solar, o horário de máxima intensidade de radiação solar.

Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro. Isto é, para ausência de nuvens que, na maioria dos casos, representa a máxima intensidade de radiação.

O IUV é apresentado como um número inteiro. De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, esses valores são agrupados em categorias de intensidades.

Alguns elementos são imprescindíveis para o cálculo do IUV:

- Concentração de Ozônio
- Posição geográfica da localidade
- Altitude do superfície
- Hora do dia
- Estação do ano
- Condições atmosféricas (presença ou não de nuvens, aerossóis, etc.)
- Tipo de superfície (areia, neve, água, concreto, etc.)

Como estimar o Índice Ultra-Violeta

O IUV sob condição de nebulosidade pode ser estimado da seguinte forma:
Após obter o IUV da localidade, multiplique o valor CMF (Cloud Modification Factor) de acordo com o tipo de cobertura de nuvens.

Por exemplo, vamos supor que a previsão do IUV para São Paulo seja 10. Porém, ao meio-dia o céu está "carregado". Ou seja, totalmente encoberto com nuvens baixas. Assim, o IUV aproximado para essa ocasião será:

IUV = IUVo x CMF

IUVo = 10 (calculado sob céu limpo)
CMF = 0.2 (vide tabela acima, para céu totalmente encoberto, 0-100%, de nuvens baixas)
Portanto o IUV será dado por:
UV = 10 x 0.2
IUV = 2

Veja a Tabela de Referência para Índice UV




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10.3- Aquecimento Global

Num planeta mais aquecido, há uma aceleração do ciclo hidrológico e, resultante disso, fenômenos climáticos e meteorológicos extremos como secas, inundações, tempestades severas, ventanias, incêndios florestais se tornam mais freqüentes. Um exemplo disso é o derretimento das geleiras continentais. O permafrost (ver glossário meteorológico) do Ártico está derretendo em algumas áreas, mudando a ecologia dos animais que dependem da superfície do gelo para viver e caçar, como os ursos polares. Há algumas evidências científicas de que as secas têm se tornado mais freqüentes nas últimas décadas e que o aquecimento global poderia ter parte da responsabilidade nisso, ou seja, não seria somente uma variação natural. Ainda é difícil dizer se os eventos climáticos extremos deflagradores de desastres naturais estão ocorrendo com mais freqüência; mas, várias projeções, a partir de modelos climáticos globais indicam que isto virá, gradualmente, a acontecer.

Países em desenvolvimento são, especialmente, vulneráveis aos extremos climáticos e meteorológicos. Tais eventos extremos provocam desastres naturais como deslizamentos em encostas, colapso de safras agrícolas de subsistência, poluição do ar, epidemias, entre outros. Aprender a conviver com a variabilidade natural do clima, incluindo seus extremos, é o primeiro passo para adaptar-se às mudanças climáticas e com um eventual aumento da ocorrência de fenômenos extremos. Isto pressupõe o entendimento dos fenômenos naturais como as secas do Nordeste do Brasil, e o desenvolvimento econômico e social, ambientalmente saudável. São questões difíceis de equacionar em países em desenvolvimento com grandes contrastes e desigualdades, como é o Brasil. Aumentar a resistência de sistemas sociais é a melhor estratégia para fazer frente aos fenômenos naturais extremos no país.

O aquecimento global é responsável pelo aumento da temperatura dos oceanos em meio grau nos últimos 60 anos, de acordo com a maioria dos cientistas, assim como, o aumento da temperatura sobre os continentes, que foi um pouco maior que 0,5 C.

Para evitarmos essas catástrofes existem duas escalas de tempo aqui envolvidas. Por um lado, fenômenos climáticos e meteorológicos extremos acontecem regularmente e fazem parte da variabilidade natural do planeta. Normalmente, nada mais são do que manifestações da atmosfera, em parceria com os oceanos, em busca do equilíbrio, já que algumas regiões recebem maior aquecimento solar do que outras. Nesta visão, estes fenômenos extremos são maneiras radicais da atmosfera tentar restabelecer o equilíbrio. O que o aquecimento global faz é aumentar a freqüência de ocorrência destes fenômenos extremos. A escala de tempo, neste caso, é aquela que a moderna previsão de tempo permite a antecipação dos fenômenos, em uma semana. A resposta adequada deve ser a preparação para fazer frente ao desastre natural em formação. Porém, há outra escala de tempo mais preocupante. Tem a ver com as mudanças climáticas irreversíveis, com potencial catastrófico, como derretimento de geleiras na Groelândia ou Antártica Ocidental que elevariam o nível do mar em sete metros globalmente.
Talvez, a sociedade planetária tenha que agir resoluta e intensamente nas próximas três a cinco décadas para evitar grandes catástrofes.

Um primeiro passo para se evitar grandes catástrofes naturais é a redução rápida e brusca das emissões de todos os gases do efeito estufa, principalmente, o gás carbônico e o metano. O Protocolo de Quioto é outro passo importante nesta direção, mas o esforço terá que ser muito maior, isto é, para ficarmos no lado mais seguro e evitarmos riscos de mudar o clima do planeta de maneira perigosa. Globalmente, teríamos que reduzir as emissões em cerca de 60% em relação ao nível de emissões atual. Trata-se de uma tarefa árdua e que deve envolver todos os países e todos os habitantes do planeta.

A seca no centro e oeste da Amazônia nos últimos meses é efetivamente de grande intensidade. As causas precisas ainda não são conhecidas da ciência, mas podemos tecer algumas considerações especulativas. Provavelmente, esta prolongada e atípica estiagem esta ligada a um padrão de aquecimento das águas do Oceano Atlântico Tropical Norte, que vem ocorrendo há meses. Curiosamente, é nesta mesma região que os intensos furacões do Caribe dos últimos meses ganharam força, também em virtude das altas temperaturas das águas do oceano. Portanto, é um fenômeno de grande escala espacial, milhares de quilômetros. Regionalmente, nas áreas de floresta sob seca prolongada, as árvores têm dificuldade para manter suas, normalmente, altas taxas de transpiração e menos vapor d’água é reciclado na atmosfera, possivelmente contribuindo para uma redução das, normalmente, poucas chuvas locais durante a estação seca. Há alguns estudos recentes que indicam que a própria fumaça das queimadas pode ser um fator de inibição das chuvas durante a estação seca.

A seca, em especial na Amazônia, tem uma gravidade muito particular. A combinação sinérgica dos desmatamentos, do aquecimento global, dos aumentos da incidência de incêndios florestais e situações de secas intensas tornam a floresta mais vulnerável e podem levar à "savanização" de partes da floresta Amazônia, principalmente no centro-leste e na borda sul da região.

Nos últimos tempos, diariamente, tem acontecido grandes tragédias provocadas por fenômenos naturais. Esses fenômenos climáticos extremos fazem parte da natureza de nosso planeta e sempre aconteceram, com maior ou menor freqüência. Nos últimos 100 anos, a ação humana vem modificando a composição da atmosfera através da injeção de muitos gases que provocam o chamado efeito estufa na atmosfera e aquecem a superfície. Isto tem resultado no aquecimento da superfície, quase 1 grau centígrado nos últimos 100 anos. O principal fator que tem provocado essas catástrofes é a degradação ambiental, principalmente os desmatamentos das florestas.

Deve-se esclarecer que terremotos e tsunamis (causados por terremotos no fundo do mar, os maremotos) nada têm a ver com mudanças climáticas. Ocorrem devido a movimentos das placas tectônicas que formam a crosta terrestre. Vem ocorrendo há bilhões de anos e vão continuar a ocorrer. Em março de 2004, ocorreu o primeiro furacão de que se tem registro no Oceano Atlântico Sul. Ainda não sabemos se este raro fenômeno aconteceu como resposta ao aquecimento global, mas não podemos descartar tal possibilidade.

Para todos esse fenômenos climáticos o CPTEC desenvolve um trabalho que busca calcular, através de complexos modelos matemáticos do sistema climático global, quais os cenários mais prováveis de mudanças climáticas para o Brasil até o final do século. Tais informações deverão servir para que a sociedade brasileira se dê conta da gravidade da questão, o que impulsionará ações de governos para, por um lado, reduzir as emissões brasileiras de gases de efeito estufa e, por outro lado, buscarmos adaptarmos àquelas mudanças climáticas que inevitavelmente acontecerão.

Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), medidas do aquecimento global são baseadas em registros históricos de temperaturas nas estações meteorológicas no mundo, desde 1860. Entretanto, a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), estabeleceu o período entre 1961-1990 como base, e sua média histórica é usada para calcular as variações de temperatura.
Outra forma de medir o aquecimento global é a reconstrução do clima existente no passado, baseando-se em análises de indicadores de clima, como o gelo, o pólen e esqueletos de animais fossilizados, os quais indicam uma maior concentração de CO2 na atmosfera nos períodos de temperaturas mais elevadas. Nesses casos, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CPTEC) José Antônio Marengo explica que o aquecimento observado é baseado nas anomalias de temperatura mais elevadas e não somente na concentração de gases de efeito estufa, porém as duas maneiras têm uma associação muito forte entre si.
Marengo explicou ainda que, para se medir as taxas do aquecimento global, usa-se a variação de temperatura de um determinado período, além da variação da umidade do ar e de outras propriedades locais que possam interferir no resultado final. Essa operação é realizada desde o século XVIII.


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11- Fenômenos Climáticos


11.1 El Niño

El Niño representa o aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Assim, definiu o pesquisador do Inpe, Gilvan Sampaio, em seu livro o “El Niño e Você – o fenômeno climático” .
A palavra El Niño é derivada do espanhol, e refere-se a presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal. Os pescadores do Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de Corriente de El Niño em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus. Na atualidade, as anomalias do sistema climático que são mundialmente conhecidas como El Niño e La Niña representam uma alteração do sistema oceano-atmosfera no Oceano Pacífico tropical, e que tem conseqüências no tempo e no clima em todo o planeta. Nesta definição, considera-se não somente a presença das águas quentes da Corriente El Niño mas também as mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, como o enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região equatorial. Com esse aquecimento do oceano e com o enfraquecimento dos ventos, começam a ser observadas mudanças da circulação da atmosfera nos níveis baixos e altos, determinando mudanças nos padrões de transporte de umidade, e portanto variações na distribuição das chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias e altas. Em algumas regiões do globo também são observados aumento ou queda de temperatura.

Que é o El Niño-Oscilação Sul (ENOS)?

O El Niño–Oscilação Sul (ENOS) representa de forma mais genérica um fenômeno de interação atmosfera-oceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e no Pacifico oeste próximo à Austrália.

Além de índices baseados nos valores da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial, o fenômeno ENOS pode ser também quantificado pelo Índice de Oscilação Sul (IOS). Este índice representa a diferença entre a pressão ao nível do mar entre o PacÍfico Central (Taiti) e o Pacifico do Oeste (Darwin/Austrália). Esse índice está relacionado com as mudanças na circulação atmosférica nos níveis baixos da atmosfera, conseqüência do aquecimento/resfriamento das águas superficiais na região. Valores negativos e positivos da IOS são indicadores da ocorrência do El Niño e La Niña respectivamente.

Algumas observações:

O evento El Niño e La Niña tem uma tendência a se alternar a cada três e sete anos. Porém, de um evento ao outro, o intervalo pode mudar de 1 a 10 anos.
As intensidades dos eventos variam bastante em cada caso. O El Niño mais intenso desde a existência de "observações" de TSM ocorreu em 1982-83 e 1997-98.
Algumas vezes, os eventos El Niño e La Niña tendem a ser intercalados por condições normais.

Como funciona a atmosfera durante uma situação normal e durante uma situação de El Niño?

1) Imagine uma piscina (obviamente com água dentro), num dia ensolarado;
2) Coloque numa das bordas da piscina um grande ventilador, de modo que este seja da largura da piscina;
3) Ligue o ventilador;
4) O vento irá gerar turbulência na água da piscina;
5) Com o passar do tempo, você observará um represamento da água no lado da piscina oposto ao ventilador e até um desnível, ou seja, o nível da água próximo ao ventilador será menor que do lado oposto a ele, e isto ocorre pois o vento está "empurrando" as águas quentes superficiais para o outro lado, expondo águas mais frias das partes mais profundas da piscina.

É exatamente isso que ocorre no Oceano Pacífico sem a presença do El Niño, ou seja, é esse o padrão de circulação observado. O ventilador faz o papel dos ventos alísios e a piscina, é claro, do Oceano Pacífico Equatorial. Águas mais quentes são observadas no Oceano Pacífico Equatorial Oeste. Junto à costa oeste da América do Sul as águas do Pacífico são um pouco mais frias. Com isso, no Pacífico Oeste, devido às águas serem mais quentes, há mais evaporação. Havendo evaporação, há a formação de nuvens numa grande área. Para que haja a formação de nuvens o ar teve que subir. O contrário, em regiões com o ar vindo dos altos níveis da troposfera (região da atmosfera entre a superfície e cerca de 15 km de altura) para os baixos níveis raramente há a formação de nuvens de chuva.
Um modo simplista de entender isso é imaginar que a atmosfera é compensatória, ou seja, se o ar sobe numa determinada região, deverá descer em outra. Se em baixos níveis da atmosfera (próximo à superfície) os ventos são de oeste para leste, em altos níveis ocorre o contrário, ou seja, os ventos são de leste para oeste. Com isso, o ar que sobe no Pacífico Equatorial Central e Oeste e desce no Pacífico Leste (junto à costa oeste da América do Sul), juntamente com os ventos alísios em baixos níveis da atmosfera (de leste para oeste) e os ventos de oeste para leste em altos níveis da atmosfera, forma o que os Meteorologistas chamam de célula de circulação de Walker.
Outro ponto importante é que os ventos alísios, junto à costa da América do Sul, favorecem um mecanismo chamado pelos oceanógrafos de ressurgência, que seria o afloramento de águas mais profundas do oceano. Estas águas mais frias têm mais oxigênio dissolvido e vêm carregadas de nutrientes e micro-organismos vindos de maiores profundidades do mar, que vão servir de alimento para os peixes daquela região. Não é por acaso que a costa oeste da América do Sul é uma das

regiões mais piscosas do mundo. O que surge também é uma cadeia alimentar, pois os pássaros que vivem naquela região se alimentam dos peixes, que por sua vez se alimentam dos microorganismos e nutrientes daquela região.

Existe uma região chamada de termoclima onde há uma rápida mudança na temperatura do oceano. Esta região separa as águas mais quentes das águas mais frias. Os ventos alísios "empurrando" as águas mais quentes para oeste, faz com que a termoclima fique mais rasa do lado leste, expondo as águas mais frias.
Vamos imaginar o seguinte:
Desligue o ventilador, ou coloque-o em potência mínima. Agora, o arrasto que o vento estava provocando na água da piscina irá desaparecer ou diminuir. As águas do lado oposto ao ventilador irão então refluir para que o mesmo nível seja observado em toda a piscina. O Sol continuará aquecendo a piscina e as águas deverão, teoricamente, estar aquecidas igualmente em todos os pontos da piscina.
Correlacionando com o Oceano Pacífico, o ventilador desligado ou em potência mínima, significa o enfraquecimento dos ventos alísios. Veja que os ventos não param de soprar. Em algumas regiões do Pacífico ocorre até a inversão dos ventos, ficando estes de oeste para leste. Agora, todo o Oceano Pacífico Equatorial começa a aquecer. E como dito anteriormente: aquecimento gera evaporação com movimento ascendente que por sua vez gera a formação de nuvens. A diferença agora é que, ao invés, de observarmos a formação de nuvens com intensas chuvas no Pacífico Equatorial Ocidental, vamos observar a formação de nuvens principalmente no Pacífico Equatorial Central e Oriental.


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11.2- La Niña

O termo La Niña ("a menina", em espanhol) surgiu pois o fenômeno se caracteriza por ser oposto ao El Niño. Pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño, porém como El Niño se refere ao menino Jesus, anti-El Niño seria então o Diabo e portanto, esse termo é pouco utilizado. O termo mais utilizado hoje é: La Niña

Para entender sobre La Niña, imagine a situação normal que ocorre no Pacífico Equatorial, que seria o exemplo da piscina com o ventilador ligado(ver fenômeno El Niño); voltando para o Oceano Pacífico, sabemos que o ventilador faz o papel dos ventos alísios e que o acúmulo de águas se dá no Pacífico Equatorial Ocidental, onde as águas estão mais quentes. Há também aquele mecanismo que citei anteriormente, o qual é chamado de ressurgência, que faz com que as águas das camadas inferiores do Oceano, junto à costa oeste da América do Sul aflorem, trazendo nutrientes e que por isso, é uma das regiões mais piscosas do mundo. Até aqui tudo bem, esse é o mecanismo de circulação que observamos no Pacífico Equatorial em anos normais, ou seja, sem a presença do El Niño ou La Niña.

Agora, ao invés de desligar o ventilador, vamos ligá-lo com potência maior, ou seja, fazer com que ele produza ventos mais intensos. Com os ventos mais intensos, maior quantidade de água vai se acumular no lado oposto ao ventilador na piscina. Com isso, o desnível entre um lado e outro da piscina também vai aumentar. Vamos retornar ao Oceano Pacífico. Com os ventos alísios (que seriam os ventos do ventilador) mais intensos, mais águas irão ficar "represadas” no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão mais nutrientes das profundezas para a superfície do Oceano, ou seja, aumenta a chamada ressurgência no lado Leste do Pacífico Equatorial. Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a oeste do que o normal e, portanto, novamente teríamos águas mais quentes que geram evaporação e, conseqüentemente, movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e que geram a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal.

A região com grande quantidade de chuvas é do nordeste do Oceano Índico à oeste do Oceano Pacífico passando pela Indonésia, e a região com movimentos descendentes da célula de Walker é no Pacífico Equatorial Central e Oriental. É importante ressaltar que tais movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos que o normal o que inibe, e muito, a formação de nuvens de chuva.

Em geral, episódios La Niña também têm freqüência de dois a sete anos, todavia, tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios La Niña têm períodos de, aproximadamente, nove a doze meses, e somente alguns episódios persistem por mais que dois anos. Outro ponto interessante é que os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4,5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo da média.

Episódios recentes do La Niña ocorreram nos anos de 1988/89 (que foi um dos mais intensos), em 1995/96 e em 1998/99. "


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12- Homem X Atmosfera




12.1- Efeito Estufa

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante, impedindo que os raios solares sejam refletidos para o espaço e que o planeta perca seu calor, portanto é um fenômeno natural. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Sem ele, a Terra teria temperaturas médias abaixo de - 10ºC.

O que vem ocorrendo é o aumento do efeito estufa causado pelas intensas atividades humanas, sendo a principal delas a liberação de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera. Ele é um dos gases que, naturalmente, contribuem para o efeito estufa normal do planeta, porém, nos últimos anos, a concentração de CO2 na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; a principal fonte de liberação de CO2 é a queima de combustíveis fósseis (combustíveis derivados do petróleo, como a gasolina; carvão e gás natural). Outros gases como Metano, Clorofluorcarbonetos (CFC) liberados pelo homem também aumentam o efeito estufa.

O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global estimado entre 2ºC e 6ºC nos próximos 100 anos.

Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar o clima mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, interferindo na vida de milhões de pessoas habitantes das áreas costeiras mais baixas.

Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiada fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação para que não houvesse vida.

Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o desmatamento, o dióxido de carbono começará a proliferar levando a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotas polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.


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12.2- Camada de Ozônio

O ozônio é uma substância química formada por três átomos de oxigênio. O oxigênio começou a se acumular na atmosfera há, aproximadamente, 400 milhões de anos. Mas as moléculas de oxigênio, sob a ação constante dos raios ultravioletas do Sol, quebravam e depois se recombinavam, dando origem ao ozônio; portanto o papel do oxigênio, nesse contexto, é absorve o excesso de radiação ultravioleta.

A camada de ozônio situa-se numa faixa de 25 à 30 km da estratosfera e é por servir de capa protetora ao planeta que a vida pôde evoluir. Diminuindo a intensidade da chegada dos raios ultravioletas à superfície, o ozônio evita spanersas doenças como feridas na pele, câncer e até mutações degenerativas. Ele funciona como um agente do sistema imunológico do planeta. Sua ausência deixa todos expostos aos efeitos da radiação.

Em 1982, detectou-se pela primeira vez, o desaparecimento de ozônio em áreas sobre a Antártida. Medições sucessivas constataram que a camada de ozônio era cada vez mais rarefeita. Atualmente, esse fenômeno pode ser percebido no Pólo Sul, Ártico, Chile e na Argentina. Os cientistas apontam os clorofluorcarbonos (CFC) como os maiores responsáveis pela situação. Mas, existem outras substâncias que também destroem a camada de ozônio e que não são proibidas como é o caso do tetracloreto de carbono, clorofórmio, dióxido de nitrogênio, entre outros.

Os CFCs são compostos por cloro, flúor e carbono. Quando chegam à estratosfera, eles são decompostos pelos raios ultravioleta. O cloro resultante reage com o oxigênio, destruindo-o. O cloro liberado volta a atacar as moléculas de oxigênio, recomeçando o ciclo das reações. Cada átomo de cloro do CFC pode destruir 100 mil moléculas de oxigênio.
Uma das formas para a diminuição do buraco na camada de ozônio é a não utilização do CFC. O problema é que os CFCs são muito estáveis: depois de 139 anos, metade da quantidade liberada no ar ainda permanece na atmosfera. Por isso, eles têm muito tempo para subir até a estratosfera e começar o processo de destruição. Isso significa, que ainda sofreremos no século XXI os efeitos dos primeiros CFCs lançados na atmosfera.

Em Setembro de 1987, o Programa das Nações Unidas para proteção do Meio Ambiente conseguiu que um grupo de 31 países reunidos no Canadá assinasse o "Protocolo de Montreal", determinando a redução pela metade da produção mundial de CFC até o ano de 2000. Em 1989, o documento contava com a adesão de 81 países, inclusive o Brasil. Nessa ocasião, os signatários do protocolo decidiram interromper completamente a produção de CFC até o final do século XX. Em 1992, os Estados Unidos decidiram que suspenderiam sua produção até 1996. Logo depois, a Alemanha, a Dinamarca e a Holanda anunciaram que interromperiam a produção até 1994.


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13- Glossário Meteorológico


A

Aberturas: Furos por onde se observa o céu quando ele está quase todo encoberto por nuvens.

Ablação: Processos combinados que remove neve ou gelo da superfície de um glaciar ou de um campo de gelo.

Abóbada Celeste: O céu considerado sob a forma com que ele aparentemente se arqueia sobre a cabeça do observador.

Abrigo de instrumentos ou meteorológico: estrutura semelhante a uma caixa ventilada, com a função de proteger os instrumentos que medem, por exemplo, a temperatura, a pressão, da exposição direta do sol, das chuvas e condensação.

Absoluto: Refere-se ao mais alto ou mais baixo valor registrado de um elemento meteorológico.

Absorção: processo no qual a energia luminosa incidente é retida por uma substância. A radiação absorvida é então transformada em energia molecular.

Acumulação: Quantidade de neve ou outra forma de água no estado sólido e que é acrescida a um glaciar ou campo de neve por alimentação.

Adiabática: Curva que representa num diagrama aerodinâmico, as variações de temperatura de uma pequena massa de ar submetida a um processo sem troca de energia com o meio.

Advecção: é o transporte efetuado no plano horizontal pelo escoamento.

Advecção Fria: é a transferência horizontal de propriedade da atmosfera, através do deslocamento de ar com temperatura inferior àquela presente na localidade de destino.

Advecção Quente: é a transferência horizontal de propriedade da atmosfera, através do deslocamento de ar com temperatura superior àquela presente na localidade de destino.

Aerologia: Estudo da atmosfera livre, no sentido vertical, em contraste com os estudos que se limitam à camada atmosférica adjacente à superfície da Terra.

Aerossol: Suspensão no ar ou em outro gás, de um conjunto de finíssimas partículas sólidas ou líquidas. Sobre tais partículas os raios solares sofrem reflexão, refração ou difusão.

Aguaceiros: chuva forte originada de nuvens cumulunimbos, de começo e fim inesperado.

Aglomeração: Processo pelo qual as partículas crescem por colisão e por assimilação de partículas de nuvens ou outras de precipitação.

Airep: dados de altitude coletados por aviões comerciais em rota codificados e disponibilizados pela rede de meteorologia do comando da aeronáutica – REDEMET.

Alagamento: água acumulada no leito das ruas e no perímetro urbano por forte precipitação pluviométrica, em cidades com sistema de drenagem deficiente.

Albedo: É a razão entre a quantidade de radiação refletida pela superfície da Terra e a radiação proveniente do Sol. Superfícies que possuem altas taxas de albedo incluem areia e neve, enquanto que baixas taxas de albedo incluem florestas e terra fresca.

Alta: é a região da relativa alta pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal.

Altas Latitudes: Faixa de latitude localizada, aproximadamente, entre 60 e 90 graus ao Norte e ao Sul. Também chamada de região polar.

Altímetro: Instrumento graduado de maneira a indicar a altura da aeronave em relação a determinado nível de referência, que pode ser o do mar.

Altímetro de Pressão: Barômetro aneróide calibrado para indicar a altitude em pés em vez de unidades de pressão.

Altitude: Para meteorologia, é a medida da altura vertical de um objeto sobre o nível do mar.

Altocumulus: Tipo de nuvem pertencente às nuvens médias e que aparecem em bancos, lençóis ou camadas brancas e cinzentas, apresentando, geralmente, sombras próprias, compostas de pequenas lâminas, seixos, rolos, etc; de aspecto muitas vezes, parcialmente, fibroso ou difuso, soldadas ou não. Este tipo de nuvem está situado entre 2000 e 6000 metros de altura.

Altostratos: nuvem de altura média basicamente composta de gotículas de água e, às vezes, de cristais de gelo encontrada nas latitudes médias entre 15 e e 20 mil pés de altitude, ou seja, 4.400 e 6 mil metros. Do branco ao cinzento, as nuvens do tipo altostratos podem criar um véu ou lençol fibroso, muitas vezes, obscurecendo o Sol ou a Lua. É um bom indicador de chuvas e, freqüentemente, precede uma tempestade.

Amplitude Térmica: diferença entre a média das temperaturas máximas e a média das temperaturas mais mínimas.

Anemômetro: Instrumento meteorológico usado para medir a direção e a velocidade do vento. O tipo mais comum é o anemômetro de conchas de Robinson.

A animação das Imagens de Satélite: possibilita visualizar a existência, a densidade e o deslocamento de grandes massas de nuvens na atmosfera. Os satélites internacionais que cobrem a América do Sul são do tipo geoestacionários (americano GOES-8 e europeu METEOSAT-5) ou de órbita polar (americanos série TIROS-N: NOAA-12 e 14).
As imagens são renovadas a cada hora, de forma automática e a descrição sinótica de 2 a 3 vezes ao dia pelo meteorologista de plantão. Estas imagens apóiam o usuário na identificação dos sistemas meteorológicos locais numa primeira avaliação da situação. As imagens de alta resolução são uma ótima ferramenta durante o dia, pois são imagens do canal visível.

Anticiclone: é uma região de circulação no sentido anti-horário no plano horizontal no Hemisfério Sul que podem se encontrar nos altos, médios e baixos níveis da atmosfera.

Ar: é a mistura de gases que compõem a atmosfera da Terra. Os principais gases que compõem o ar seco, e respectivos percentuais de contribuição, são nitrogênio (N2) 78,09%, oxigênio (O2) 20,946%, argônio (A) 0,93% e dióxido de carbono (CO2) 0,033%. O vapor d'água (H2O) é um dos componentes mais importantes do ar e um dos mais importantes gases em meteorologia.

Arco-íris: Arco luminoso que exibe todas as cores do espectro visível de luz (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, azul claro, e violeta). É criado por refração da luz. É visível quando o Sol brilha e o ar contém água vaporizada ou pingos de chuva, o que ocorre durante ou imediatamente após uma chuva. O arco sempre é visto no céu do lado oposto em que está o Sol.

Árido: Característica de um clima relacionado com a insuficiência de precipitação para manter a vegetação.

Aproximação Boussinesq: é uma simplificação das equações que governa escoamento atmosférico ou oceânico baseada na suposição de que a densidade é considerada constante em todos os termos das equações governantes exceto quando a densidade está associada com a gravidade.

Atmosfera: porção gasosa do meio físico que envolve um planeta. A atmosfera terrestre está situada mais ou menos próxima à sua superfície em razão da gravidade. A atmosfera spanide-se em: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A atmosfera é tridimensional. Os meteorologistas, de forma prática, spanidem a atmosfera em níveis: baixos níveis, próximo a superfície até 2 mil metros de altitude, médios níveis de 3 a 6 mil metros e altos níveis acima de 7 mil metros.

Atmosfera Padrão: termo definido pela Organização Internacional de Aviação. É definida por temperatura média ao nível do mar equivalente a 15°C, pressão na superfície de 1.013,25 milibares, ou 760 milímetros de mercúrio e redução de temperatura igual a 0,65°C, a cada 100 metros, até 11 quilômetros de altitude.

Atrito: é a força que opõe movimento relativo entre duas lâminas adjacentes do fluido ou entre o fluido e as paredes rígidas que contém o fluido. Quando o movimento relativo é nulo a força do atrito também é nula.

Avisos Meteorológicos: os avisos meteorológicos, são disponibilizados sempre que há uma condição de tempo significativa. Há dois estágios de condições de avisos: Estado de atenção quando há uma possibilidade de evento meteorológico ocorrer num prazo de previsão superior a 72 horas; e Aviso de tempo severo quando o prazo de previsão do fenômeno é inferior a 48 horas. Os avisos trazem informações em detalhes, sobre, a intensidade do fenômeno meteorológico, a previsibilidade e a confiabilidade da previsão.


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B

Bacia Hidrográfica: região drenada por uma parte ou pela totalidade de um ou de vários cursos de água determinados.

Baixa: é a região da relativa baixa pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal.

Baixas Latitudes: cinturão localizado entre 0 (zero) e 30 graus de latitude, tanto ao norte quanto ao sul do Equador. Também chamado de região tropical ou tórrida.

Balanço Ciclostrófico: é um balanço entre as forças de gradiente, pressão e centrífuga. Este balanço é viável quando a força de Coriolis e atrito são ausentes ou desprezíveis. Para os movimentos rotacionais de pequena escala como redemoinhos e tornados o balanço ciclostrófico é uma boa aproximação.

Balanço Geostrófico: é um balanço entre as forças de gradiente, pressão e Coriolis. Este balanço é viável somente quando outras forças como centrífuga e atrito são ausentes ou desprezíveis.

Balanço Hídrico: É um método utilizado para calcular os recursos de água de uma região. Ele contabiliza a precipitação, a evaporação e leva em consideração a capacidade de armazenamento de água no solo e na atmosfera.

Balanço Térmico: Balanço dos ganhos e das perdas de calor num dado local e por um sistema dado.

Balão Meteorológico: são balões simples, semelhantes a um balão de brinquedo, mas feito de material resistente. Os balões meteorológicos transportam um pequeno rádio-transmissor automático chamado rádio-sonda. Este está ligado a instrumentos que medem a temperatura, a umidade, a pressão, etc. À medida que o balão sobe, registra e transmite as medidas tomadas a diferentes alturas (ordem dos 20 a 40 mil metros) acima da superfície da Terra. As rádio-sondas podem também ser seguidas pelo radar e, assim, pode se calcular a velocidade e direção do vento a diferentes alturas da atmosfera. Normalmente o balão arrebenta e então a rádio-sonda cai mediante com auxílio de um pequeno pára-quedas.

Balão de Sondagem: Balão livre, não-tripulado, que transporta um conjunto de instrumentos meteorológicos auto-registradores.

Banco de Gelo: aglomeração de gelo à deriva de dimensões inferiores a 10km, cujos limites são visíveis do cesto da gávea do navio.

Banco de Nuvem: sistema contínuo de nuvens do mesmo gênero e sensivelmente do mesmo nível, mas não recobrindo senão uma fração pequena da abóboda celeste.

Banqueta Costeira: Talude de gelo colado à costa e que não participa dos movimentos da maré, e que subsiste depois do deslocamento da banquisa costeira. Distinguem-se spanersas categorias de banquetas costerira.

Baroclinia: é um estado do escoamento de fluido em que a temperatura varia sobre superfícies isobáricas. Sua intensidade e direção são obtidas através do produto vetorial entre o gradiente térmico e o gradiente de pressão.

Barógrafo: instrumento que registra, continuamente, a leitura que o barômetro está fazendo da pressão atmosférica.

Barômetro: instrumento usado para medir a pressão atmosférica. Dois exemplos são o barômetro aneróide e o barômetro de mercúrio.

Barômetro Aneróide: um instrumento usado para medir a pressão atmosférica. Registra a mudança na forma de uma célula de metal vazia para medir variações na pressão atmosférica. O aneróide é uma cápsula fina e fechada de metal ou célula, feita, em geral, de fósforo de bronze ou cobre de berílio. As medidas no vidro registram a pressão em polegadas e milibares.

Barômetro de mercúrio: instrumento usado para medir a mudança da pressão atmosférica. É um tubo de vidro longo, aberto numa ponta e fechado na outra. Enche-se o tubo com mercúrio e sela-se o tubo temporariamente, depositando-o num tanque de mercúrio. Um vazio quase perfeito se forma na parte fechada do tubo, depois que o mercúrio desce. A altura da coluna de mercúrio no tubo é a medida da pressão do ar. Na medida em que a pressão atmosférica aumenta, o mercúrio se movimenta do tanque para a parte superior do tubo; quando a pressão atmosférica diminui, o mercúrio volta para o fundo. As medidas são calculadas em polegadas de mercúrio.

Barotropia: é um estado do escoamento em que as superfícies de igual densidade são idênticas.

Barômetro: Instrumento meteorológico usado para medir a pressão atmosférica. O mais comum é o barômetro de mercúrio. Existem outros, como o aneróide e por sensores.

Barreira de Nuvens: Massa compacta de nuvens que aparece no horizonte com a aproximação de um intenso ciclone tropical, paredão de nuvens, muro de nuvens.

Biometeorologia: Estudo das influências exercidas sobre os organismos vivos pelos elementos meteorológicos.

Biosfera: a biosfera é a zona de transição entre a Terra e a atmosfera, dentro da qual é encontrada a maior parte das formas de vida terrestre, incluindo o homem, a flora e a fauna dos oceanos. É considerada a porção exterior da geosfera e a porção interna ou mais baixa da atmosfera.

Biruta: Indicador da direção do vento, localizado junto ao campo de pouso. Consiste de um cone de tecido com duas aberturas, uma das quais é maior e acoplada a um anel de metal.

Blizzard: Vento extremamente frio e violento acompanhado de neve.

Bóia: dados coletados por bóias oceânicas fixas e moveis.


Boletim de Previsão de Tempo: é possível consultar de maneira pratica a previsão para todas os municípios do país e os principais boletins de previsão de interesse para a Região Sudeste, Vale do Paraíba e para cidade de São Paulo.

Bolsa de Ar: massa de ar na qual uma aeronave perde sustentação por causa das fortes correntes de ar descendentes.

Bora: ventos frios, de rajadas, que sopra durante o inverno na direção sudoeste no litoral banhado pelo mar Adriático. Sopra através da Grécia proveniente dos Balcãs.

Borrasca: Tempestade súbita de vento, normalmente, acompanhada de chuva forte ou neve.

Borrifo: conjunto de gotículas de água arrastadas pelo vento à superfície de uma vasta extensão de água, geralmente, das cristas das ondas e transportadas a curtas distâncias na atmosfera.

Brisa: é a circulação gerada por um gradiente horizontal de temperatura, com o intuito de restabelecer o equilíbrio nessa região.

Brisa Marítima: é a brisa ou o vento próximo a superfície no sentido do mar para o continente que se desenvolve nas regiões litorâneas nos períodos de tarde. A brisa, normalmente, penetra alguns km até 100 km para dentro do continente. A circulação no plano vertical perpendicular à costa é fechada em uma profundidade de 1 a 2 km.

Brisa Terrestre: é a brisa ou vento próximo a superfície no sentido do continente para o mar que se desenvolve nas regiões litorâneas nos períodos noturnos. A brisa afeta alguns km até 100 km para dentro do mar. A circulação no plano vertical perpendicular à costa é fechada em uma profundidade de 1 a 2 km.

Bruma: suspensão de gotículas de água na camada atmosférica justaposta à superfície da Terra, reduzindo a visibilidade horizontal a não menos que 1km. É também referida como neblina.


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C

Calmaria: condições atmosféricas destituídas de vento ou de qualquer outro movimento do ar. Em termos oceânicos, é a ausência aparente de movimento da superfície de água, quando não há nenhum vento ou ondulação.

Calmas Equatoriais: nome dado a uma região nos trópicos onde, de vez em quando, os ventos são muito leves durante semanas. Nos tempos da navegação à vela, os navios mantinham-se em calmaria ou calmas equatoriais durante longos períodos, porque não havia vento que enchesse as velas. Localizam-se de ambos os lados do Equador, entre as duas cinturas dos ventos alísios. A sua posição exata varia de mês para mês, estando mais para o Norte em junho do que em dezembro. O clima desta região é quente e úmido com céu nevoado, ventos leves muito variáveis, muitas trovoadas, calmarias e tempestades.

Calor: forma de energia transferida entre dois sistemas em virtude de uma diferença na temperatura. A primeira lei da termodinâmica demonstra que o calor absorvido por um sistema pode ser utilizado para a realização de trabalho ou para elevar a energia interna deste sistema.

Camada de Ekman: na atmosfera é a camada com, aproximadamente, 2 km de profundidade próximo a superfície, na qual os efeitos do atrito interagem para produzir um hodógrafo de ventos que giram no sentido anti-horário com a altura no Hemisfério Sul.

Camada de Inversão: Camada atmosférica na qual a temperatura aumenta com o aumento da altura.

Camada de Ozônio: é uma forma de oxigênio com 3 átomos que se forma, naturalmente, nas camadas superiores do ar e filtra os perigosos raios ultravioleta da radiação solar. Situa-se entre a troposfera e a estratosfera, entre 15 e 20 quilômetros da superfície da Terra. Nas camadas inferiores ele contribui para a formação do "Smog".

Camada de Superfície: é a camada atmosférica rente à superfície, geralmente inferior a 100m em que o transporte turbulento vertical da quantidade de movimento é constante.

Canal de Relâmpago: Trajeto irregular através do ar, ao longo do qual ocorre uma descarga de relâmpagos.

Capacidade do Vento: Quantidade total de partículas materiais que podem ser levantadas por um vento de uma dada velocidade.

Caramelo: Pedaço de gelo marítimo que é menor que um fragmento de gelo de tamanho médio.

Carga D'água: Pancada de chuva repentina e excepcionalmente violenta.

Carta de Previsão: Previsão representada, graficamente, para uma fração de espaço aéreo.

Catabático: Vento que sopra de encosta abaixo ou vento de gravidade.

Cavado: é uma região alongada de uma relativa baixa pressão num plano horizontal. Na região de cavado as linhas de pressão não são fechadas. As linhas de pressão abertas apresentam uma ondulação para o lado das altas pressões.

Cavado Equatorial: área alongada de baixa pressão atmosférica que é associada com a uma área de circulação ciclônica mínima. Oposto de crista.

Ceilômetro: Instrumento usado para medir a altura da nuvem desde a horizontal até uma mancha de luz projetada em sua base. É também conhecido como tetômetro e nefobasímetro.

Células de Circulação: grandes áreas de circulação do ar, criadas pela rotação da Terra e pela transferência de calor em direção aos pólos proveniente do Equador,. A circulação é restrita a uma região específica, como os trópicos, regiões de clima temperado ou polar, o que influencia no tipo de clima nestas regiões.

Central Meteorológica: órgão que coleta, registra e interpreta os dados meteorológicos de uma determinada área.

Cerração ou Nevoeiro: massa de minúsculas gotas de água suspensas na atmosfera, próximas ou junto à superfície da Terra, que reduzem a visibilidade horizontal para menos de 1 Km.


Céu Claro: o mesmo que céu limpo.

Céu Limpo: o estado do céu quando nenhuma nuvem ou obscurecimento são vistos ou detectados do ponto de observação.

Cheia: enchente de um rio causada por chuvas fortes. Elevação temporária e móvel das águas de um rio ou lago. O mesmo que inundação.

Chuva: quantidade de precipitações de qualquer tipo, principalmente da água em estado líquido.

Chuvas esparsas: chuvas intermitentes durante um período em pontos isolados.

Chuva Estimada por satélite: indica as chuvas ocorridas nas últimas 24 horas observadas pelo satélite meteorológico.

Chuvas isoladas: chuvas distribuídas espacialmente por algumas localidades de uma determinada área.

Chuvisco: precipitação que cai lentamente em forma de minúsculas gotas de água.

Chuvoso: céu nublado a encoberto com chuva continua durante todo o período.


Ciclo da Água: a água evapora-se da superfície dos mares, rios, lagos e da vegetação terrestre. O vapor sobe e forma nuvens nas quais esfriam e condensam-se, voltando a transformar-se em água ou gelo. Depois, cai sob a forma de chuva, neve ou granizo e a seguir corre para os rios e os mares completando o ciclo.
Dos 1360 milhões de quilômetros cúbicos de água que existe na Terra, 97% encontra-se nos oceanos, 2,14% nas calotas polares, 0,37% nos lagos e rios e apenas 0.1% fica na atmosfera estando restante contida no solo. Da água presente na atmosfera, 84% provém da evaporação dos oceanos por ação da energia solar; os 16% restantes resultam da evaporação da água do solo e dos seres vivos, nomeadamente da transpiração dos vegetais. A condensação desse vapor de água atmosférico forma as nuvens.

Ciclone: é uma área com pressão inferior àquela apresentada ao redor do centro, considerando-se um mesmo nível. Resulta em convergência de ventos, os que se movem no sentido horário no hemisfério Sul. Podem receber nomes específicos de acordo com sua características e origem como no caso dos Ciclones Extatropicais que estão normalmente associados às frentes frias.

Ciclogênese: processo que cria um novo sistema de baixa pressão ou ciclone, ou intensifica um sistema pré-existente.

Ciclone Extratropical: qualquer ciclone de origem não tropical. Geralmente, associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes.

Ciclone Tropical: sistema de baixa pressão de núcleo quente, que se desenvolve sobre águas tropicais e, às vezes, subtropicais. Possui circulação organizada ao redor de seu centro. Dependendo da intensidade dos ventos em superfície, o sistema pode ser classificado como distúrbio tropical, depressão tropical, tempestade tropical ou furacão.

Cintilação: consiste em variações rápidas, muitas vezes com pulsações, da luz proveniente de estrelas ou de fontes luminosas terrestres. É semelhante à tremulina.

Circulação: linha da velocidade tangencial ao longo de um circuito de partículas do escoamento do fluido.

Circulação Atmosférica: Movimentos atmosféricos que se estendem sobre uma parte ou sobre a totalidade da Terra. Esse movimento de ar e a distribuição dos ventos, considerando-se as condições médias tomadas num longo período de tempo, são provenientes dos diferentes gradientes de pressão (horizontal) e temperatura(vertical) , das forças de atrito(superfície) e Coriolis (rotação da Terra).

Circulação descendente de vale e montanha: é o aquecimento de um fluxo de ar quando desce uma colina ou o declive de uma montanha. Oposto de circulação ascendente.

Cirro: nuvem isolada em forma de filamentos brancos e delicados ou de bancos ou faixas estreitas, brancos ou quase brancos. Esta nuvem tem aspecto fibroso como fios de cabelo ou rabo de galo. O cirro é constituído por cristais de gelo.
*Condição de tempo associada: Tempo estável com aproximação de áreas de instabilidade. Normalmente na vanguarda da frente fria observam-se muitos cirros, também são observados sobre a bigorna de cumulonimbo.

Cirrocúmulo: banco, lençol ou camada fina de nuvens brancas, sem sombras próprias, constituídas por elementos muito pequenos em forma de grãos, rugas, ligados ou não, e dispostos regularmente; a maioria tem largura inferior a um grau. Estas nuvens são constituídas quase que, exclusivamente, por cristais de gelo; podem também existir gotículas de água fortemente sobrefundidas que passam, rapidamente, a cristais de gelo. O cirrocúmulo é transparente a ponto de revelar a posição do Sol ou da Lua.
*Condição de tempo associada: Tempo estável com aproximação de áreas de instabilidade.

Cirrostrato: véus nebulosos, transparentes e esbranquiçados, de aspecto fibroso como de cabelo liso que cobre total ou parcialmente o céu e produz em regra fenômenos de Halo. O cirrostrato é, principalmente, constituído por cristais de gelo.
*Condição de tempo associada: Tempo estável.

Cisalhamento Vertical: é a diferença vetorial da velocidade do vento em dois pontos do espaço spanidida pela distância vertical entre eles, é também chamado de cortante vertical do vento.

Clima: constitui o estado médio e o comportamento estatístico das variáveis de tempo (temperatura, chuva, vento, etc.) sobre um período, suficientemente, longo de uma localidade. O período recomendado é de 30 anos.

Clima Árido: condição climática de uma determinada região caracterizada pelo fato de que as taxas de evaporação e transpiração são maiores do que a precipitação.


Clima Seco: clima, excessivamente, seco numa região específica. Deve ser, suficientemente, prolongado para que a falta de água cause sério desequilíbrio hidrológico.

Climatologia: é o estudo do clima. Inclui dados climáticos, a análise das causas das alterações no clima e a aplicação de dados climáticos na solução de objetivos específicos ou problemas operacionais.

Coalescência: é a fusão de duas gotas de água em uma única gota de maior dimensão.

Código METAR: Indicativo de código para mensagem de boletins meteorológicos.

Código PILOT: Indicativo do código internacional de ventos em altitude.

Código SHIP: Indicativo do código sinótico internacional para navios.

Código Sinótico: Código meteorológico aprovado pela OMM, no qual os elementos meteorológicos observados à superfície da Terra são codificados e grupos de cinco algarismos e transmitidos para fins sinóticos.

Código SYNOP: Indicativo de código sinótico internacional para estações meteorológicas terrestres.

Código TEMP: Indicativo do código de sondagens com radiosonda.

Comprimento de Onda: é a distância entre duas cristas consecutivas ou dois cavados consecutivos de uma função ou campo ondulatório.

Condensação: processo pelo qual o vapor de água sofre mudança do estado gasoso para o estado líquido. Processo oposto ao da evaporação.

Condução: transferência de calor pela ação de uma substância molecular, ou pelo contato de uma substância com outra.

Confiabilidade: probabilidade de ocorrência de um fenômeno previsto baseada no numero de modelos meteorológicos concordantes e na experiência do meteorologista.

Confluência: é uma característica do escoamento em que as linhas de corrente se unem ou se aproximam. Difluência é a característica oposta.

Constante de Gás: é a constante de proporcionalidade entre o produto da pressão, o volume específico e a temperatura de um gás onde são calores específicos a pressão constante e volume constante, respectivamente.

Contracorrente: ventos que sopram em direção oposta aos ventos de nível inferior ou superior como poderia suceder na circulação monçônica.

Convecção: movimentos em um fluido, responsáveis pelo transporte e mistura de suas propriedades. Estas propriedades podem ser calor e/ou umidade.

Convergência: é uma característica do escoamento em três dimensões em que um elemento material do fluido tende a diminuir seu volume. Em um escoamento de duas dimensões um elemento material do fluido tende diminuir a sua área sob o efeito da convergência.

Coordenadas: usadas na meteorologia são georeferenciadas. Em qualquer ponto da atmosfera ou oceano, o eixo-x, y e z apontam nas direções leste, norte e verticalmente para cima. Isto é, o eixo-z aponta no sentido oposto da gravidade. Os eixos x, y, z medem as distâncias nas suas respectivas direções.

Coordenadas universais do tempo: um dos vários nomes para as 24 horas do dia, usado pelas comunidades científicas e militares. Outros nomes para esta medida de tempo são Zulu (Z), ou Tempo Médio de Greenwich (GMT).

Cores crepusculares: spanersas colorações do céu e dos picos das montanhas ao por do Sol. São produzidas por refração, dispersão ou absorção seletiva dos raios luminosos do sol na atmosfera.

Coroa: Uma ou mais séries, raramente mais de três, de anéis coloridos de diâmetro relativamente pequeno, centrados no sol ou na lua. Em cada série o anel interno é violeta ou azul e o exterior é vermelho. Entre eles podem ocorrer outras cores.

Corrente de Jato: área de ventos fortes concentrados em uma faixa relativamente estreita na troposfera, superior em latitudes médias e regiões subtropicais dos Hemisférios Sul e Norte.

Cortante do vento: Grau de variação horizontal ou vertical da direção e velocidade do vento com relação à distância. É a diferença vetorial da velocidade do vento em dois pontos do espaço spanidida pela distância entre eles.

Cortina de areia: Frente de uma tempestade de areia ou de poeira tendo a aparência de uma alta cortina gigantesca que se move mais ou menos rapidamente.

Couve-flor: Uma das formas assumidas pelas nuvens cúmulus.

Crista: é uma região alongada de uma relativa alta pressão num plano. Na região de crista as linhas de pressão não são fechadas, apresentando uma ondulação para o lado das baixas pressões.

Cúmulo: nuvens isoladas, geralmente densas e de contornos nítidos, que se desenvolvem verticalmente em forma de torres. O topo parece muitas vezes uma couve-flor. As porções da nuvem iluminadas pelo sol são quase de um branco brilhante; a base é relativamente sombria. O topo do cúmulo é, às vezes, esfarrapado e constituído por gotículas de água e cristais de gelo nas porções mais elevadas em que a temperatura é inferior a 0º C.
*Condição de tempo associada: cúmulos bem desenvolvidos são capazes de produzir pancadas de chuva ou aguaceiros; cúmulos pequenos, lembrando flocos de algodão são também conhecidos como cúmulos de bom tempo.

Cumulonimbo: nuvem densa e forte de grande extensão vertical, em forma de montanha ou enormes torres. A região superior, pelo menos em parte, é lisa, fibrosa ou estriada, e quase sempre achatada em forma de bigorna. O cumulonimbo é constituído por gotículas de água e cristais de gelo na parte superior. Contém também grandes gotas de chuva e granizo. Quando cobre grande parte do céu pode, facilmente, confundir-se com Nimbostrato.
Condição de tempo associada: estas nuvens produzem aguaceiros violentos, acompanhados de relâmpago, trovão e rajadas de vento moderadas a forte. Algumas vezes produzem granizo.

Clinómetro: instrumento usado para medir a elevação angular de uma luz projetada na base de uma nuvem. Mede o ângulo da base da nuvem incluído pelo observador ou equipamento, a lanterna e a mancha iluminada na nuvem.


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D

Dados meteorológicos: informações da atmosfera (temperatura, pressão, vento, umidade, chuva, radiação solar, etc.) provenientes de medidas efetuadas por sensores instalados em satélites, aviões comerciais, navios mercantes, estações meteorológicas de superfície e altitude, e radares meteorológicos.

Deformação: é a característica do movimento do fluido que deforma um elemento de teste do fluido, sem aumentar ou diminuir o seu volume e sem rotacioná-lo. Isto é, sob a atuação de um escoamento deformativo o elemento sofre uma dilatação ao longo de uma direção e contração ao longo de outra, sem alterar o seu volume. Frentes térmicas e bandas de nebulosidade na atmosfera são feitos do campo de deformação.

Degelo: fusão da neve ou do gelo, ou dos dois, à superfície da Terra, em conseqüência da elevação da temperatura acima de 0ºC.

Densidade: é a massa por volume unitário do fluido em questão. Unidades são kg m-3. Em condições normais a densidade da água é 1000 kg m-3. A densidade da atmosfera no nível do mar, em condições normais, é aproximadamente 1 kg m-3. Ela se relaciona com a pressão e temperatura através da equação do estado.

Depressão: em meteorologia é outro nome usado para definir uma área de baixa pressão, uma baixa ou cavada equatorial. Também se aplica a uma fase de desenvolvimento do ciclone tropical conhecida como depressão tropical, para distinguir o fenômeno de outras características sinópticas.
Depressão tropical: ciclone tropical no qual os ventos de sustentação da superfície são de no máximo 60 quilômetros por hora ou menos. Pode se formar, lentamente, a partir de uma perturbação tropical ou de uma ondulação que está se dirigindo para o leste de forma organizada.

Derivada total ou derivada substancial: taxa de variação com tempo em uma parcela do fluido seguindo o seu movimento.

Derivada local ou Tendência: taxa de oscilação da variável com tempo em um dado ponto.

Descarga de Retorno: descarga intensa e muito luminosa que se segue, imediatamente, à descarga elétrica inicial no sentido inverso, no mesmo canal de um relâmpago.

Desenvolvimento Vertical: acontece com as nuvens de tipo cumuliformes, causado pela ação das correntes de ar ascendentes. Podem chegar a mais de 15.000 metros de profundidade, da base ao topo.

Desigualdade Anual: variações estacionais originadas de causas meteorológicas.

Desvio do Vento: ângulo entre a direção do vento e a direção do gradiente de pressão.

Difluência: um característica do escoamento em que as linhas de corrente se afastam ou se bifurcam corrente abaixo. Oposto de Confluência.

Dilúvio: queda de chuvas torrenciais que causam inundação das áreas afetadas.

Direção do Vento: indica de onde o vento sopra, sendo normalmente representada pela simbologia S (sul), N (norte), E (leste), W (oeste), e as direções intermediárias, SE (sudeste), NE (nordeste), NW (noroeste), SW (sudoeste).

Dispersão da Luz: quando a luz solar chega à atmosfera terrestre choca com pequenas partículas (moléculas) de ar e com pó em suspensão e dispersa-se ou desvia-se em várias direções. A dispersão da luz explica a cor do céu. A luz branca é uma mistura de cores, que tem spanersos comprimentos de onda, mas nem todos estes sofrem a mesma dispersão. A luz azul e a luz violeta são mais desviadas do que as outras. De dia, o céu é azul porque há mais luz azul desviada para o solo. Pela manhã e ao entardecer, o Sol está baixo no firmamento e a sua luz tem de atravessar uma camada atmosférica mais espessa para chegar até nós. Se olharmos em direção ao Sol, a luz que chega aos nossos olhos perdeu em grande parte as ondas azul e violeta. Estas cores foram dispersas por pequenas partículas de pó na atmosfera. A luz vermelha e laranja têm maior comprimento de onda, não são desviadas e por isso, o Sol aparece vermelho quando se levanta e quando se põe.

Dissipação: diminuição ou desaparecimento de uma condição meteorológica, como nevoeiro, nuvens, etc. Difusão pela introdução de condições diferentes.

Distúrbio Ondulatório: deformação local de uma frente que caminha na vanguarda principal com a aparência de uma formação ondulada e que, geralmente, se transforma num ciclone bem caracterizado.

spanergência: é uma característica do escoamento em três dimensões em que um elemento material do fluido tende a se expandir ou aumentar seu volume. Em um escoamento de duas dimensões um elemento material do fluido tende aumentar a sua área. É o movimento do vento que resulta numa corrente horizontal de ar vinda de uma região em particular. Em níveis mais baixos está associada, no alto, com um movimento descendente do ar suspenso. Oposto de convergência.

Dióxido de Carbono: gás pesado e incolor que é o quarto componente mais abundante do ar seco. Abrange 0,033%.

Doldrums: termo náutico para a área equatorial de baixa pressão (cavado), com especial referência aos ventos leves à superfície encontrados nesta região.

Drenagem de Ar: termo genérico usado para indicar o fluxo de ar relativamente frio, encosta abaixo, provocado pela ação da gravidade.

Drosometria: medição da quantidade de orvalho que se forma diariamente, pelo emprego do drosômetro.

Duplicatus: bancos, lençóis ou camadas de nuvens superpostas em níveis ligeiramente diferentes, algumas vezes, parcialmente, soldados entre si. Este termo se aplica, principalmente ao cirrus, cirrostratus, altocumulus, altostratus e stratocumulus.


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E

Efeito Coriolis: força por unidade de massa que deriva apenas da rotação da Terra e que age como força de deflexão. Depende da latitude e da velocidade do objeto em movimento. No hemisfério Norte o ar se desvia para a direita de seu caminho, enquanto que no hemisfério Sul se desvia para a esquerda. A força é maior nos pólos Norte e Sul e quase inexistente no Equador.

Efeito de Lénard: separação de cargas elétricas na precipitação da chuva provocada pelo rompimento das gotículas de água, tornando essas gotículas carregadas positivamente e o ar carregado negativamente.

Efeito de Umkehr: anomalia provocada pela presença da camada de ozônio em altitude, das intensidades zenitais relativas de certas radiações ultravioletas difusas de origem solar, assim que o sol está próximo ao horizonte.

Efeito de Venturi: decréscimo local de pressão, aumento local do vento e o aparecimento de rajadas em certas regiões quando o vento sopra através de uma passagem estreita de montanhas ou através de um desfiladeiro.

Efeito Estufa: aquecimento global da parte mais baixa da atmosfera da Terra, devido principalmente à presença de dióxido de carbono e vapor de água, que permitem que os raios do Sol aqueçam a Terra, mas impedem que parte desse aquecimento retorne para o espaço.

Eficiência Térmica: elemento climático na classificação de climas de Thornthwaite corresponde à eficácia da precipitação.

Eixo de Anticiclone: num anticiclone, a linha que une os lugares de máxima pressão em cada nível.

Eixo de Cavado: linha imaginária num cavado ao longo da qual a curvatura ciclônica das isóbaras ou contornos é um máximo.

Elementos Higrométricos: elementos que indicam o grau de saturação, que são usados nos diagramas aerológicos.

Elementos Meteorológicos: podemos considerar como sendo: pressão, temperatura, nebulosidade, umidade, precipitação, direção e velocidade do vento, etc.

Eletricidade Atmosférica: agregado de vários fenômenos elétricos que ocorrem naturalmente na atmosfera.

Eletrojato: corrente de eletricidade que se move na atmosfera superior ao redor do Equador e das regiões polares, onde tem lugar o aparecimento das auroras.

Eletrometeoros: é uma manifestação visível ou audível da eletricidade atmosférica. Podem ocorrer sob a forma de descargas elétricas descontínuas como relâmpago e trovão ou fenômenos mais ou menos contínuos como fogo de São Telmo, aurora polar, etc.

Elevação da Estação: distância vertical sobre o nível médio do mar, que é o nível de referência para todas as medidas atuais da pressão atmosférica naquela estação.

El Niño: aquecimento cíclico da temperatura da água do mar no Oceano Pacífico Oriental e na costa ocidental da América do Sul, que pode resultar em mudanças significativas dos padrões climáticos. Isto acontece quando as águas mornas equatoriais mudam e deslocam as águas mais frias da Corrente de Humbolt, interrompendo o seu processo de ascensão.

Embacle: empilhamento de gelo numa corrente depois de um recongelamento, formando assim uma pilha.

Enchente: evento que resulta da incapacidade temporária de um canal de drenagem de rio, córrego etc, conter em sua calha normal o volume de água por ele recebido, ocasionando o extravasamento da água excedente.

Enchente repentina: inundação que acontece muito rapidamente, com pouca ou nenhuma possibilidade de um alerta antecipado e que, em geral, resulta de chuva intensa sobre uma área relativamente pequena. Enchentes repentinas podem ser causadas por chuva súbita excessiva, pelo rompimento de uma represa ou pelo descongelamento de uma grande quantidade de gelo.

Enchimento: aumento da pressão no centro de baixa pressão durante um certo intervalo de tempo.

Encoberto: céu encoberto por oito oitavos de camada de nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada celeste em oito oitavos. O cálculo é baseado na soma de todas as nuvens daquela camada específica

Encosta de Barlavento: parte da encosta de uma colina ou montanha, ou mesmo uma região situada de frente para o vento em conseqüência de um acidente de relevo.

Encosta de Sotavento: parte da encosta de uma colina ou montanha ou região, abrigada do vento em conseqüência de um acidente de terreno.

Ensolarado: predomínio de sol.

Eólico: ação e efeito dos ventos.

Eolípila: bola de metal para demonstrar a geração dos ventos.

Equação de Movimento: equação que expressa a segunda lei de Newton ou o princípio de conservação da quantidade de movimento, ou seja, a aceleração de uma partícula é igual ao somatório de forças atuantes sobre a parcela.

Equação de Continuidade: equação que expressa a conservação de massa.

Equação Termodinâmica: expressão da lei da conservação da energia.


Equação de Vorticidade: equação obtida através do rotacional da equação de movimento. Para os sistemas sinóticos o componente vertical da vorticidade relativa, é o mais importante.

Equação Omega: equação diagnóstica obtida pela eliminação da tendência geopotencial entre as equações quasigeostróficas de vorticidade e termodinâmica.

Equação de Tendência: equação diagnóstica obtida pela eliminação da velocidade vertical nas equações quasigeostróficas de vorticidade e termodinâmica.

Equador: círculo geográfico a zero graus de latitude na superfície da Terra. É a linha imaginária que spanide o planeta em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul, sendo eqüidistante dos pólos Norte e Sul.

Equinócio: ponto no qual a eclíptica intercepta o Equador celestial. Dias e noites são quase iguais em duração. No hemisfério Norte, o equinócio da primavera cai em torno de 20 de março e o equinócio do outono em torno de 22 de setembro.

Erro de Paralaxe: um dos erros de leitura dos instrumentos meteorológicos, principalmente do barômetro. Deve-se às propriedades de refração da luz e da ótica.

Escala de Temperatura: meio usado para medir a temperatura. Existem várias escalas de temperatura: Celsius, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala Celsius é baseada no ponto de congelamento e ebulição da água, enquanto a escala Kelvin é fundamentada na teoria cinética molecular e é a escala usada para os cálculos científicos.

Escala de Beaufort: sistema para calcular e informar a velocidade do vento. É baseado na força ou número de Beaufort, o qual é composto da velocidade de vento, um termo descritivo, e os efeitos visíveis sobre as superfícies da Terra ou do mar.

Escala Celsius de Temperatura: medidas de temperatura.

Escala de Intensidade Fujita: escala para classificar os tornados de acordo com a velocidade de ventos de rotação e os danos causados pelos tornados.

Escala Fahrenheit de Temperatura: escala de temperatura em que a água, no nível do mar, tem um ponto de congelamento de +32 º F e um ponto de ebulição de +212 º F. Usada em áreas que seguem o sistema inglês de medidas.

Escala Kelvin de Temperatura : escala de temperatura cujo ponto de congelamento é em +273º K e o ponto de ebulição em +373 º K. Usada para propósitos científicos. É também conhecida como Escala de Temperatura Absoluta.

Escala Sinóptica: tamanho dos sistemas migratórios de alta ou baixa pressão na mais baixa troposfera, levando em consideração uma área horizontal de várias centenas de quilômetros ou mais. Contrasta com macro-escala, meso-escala e tempestades.

Escorrimento: escoamento de água em direção aos rios ao longo da superfície terrestre ou dentro do solo.

Esporão: saliência de gelo submersa de um icebergue ou blocos de gelo amontoados. Sua formação deve-se, habitualmente, à fusão mais intensa da parte do gelo não submersa.

Estabilidade: característica do escoamento de um fluido que diz respeito a tendência de diminuição ou aumento de uma perturbação pequena superposta nele. Quando a perturbação tende a crescer o escoamento ou o estado do fluido é dito instável. Quando a perturbação tende a diminuir o escoamento ou o estado do fluido é dito estável. Na ciência atmosférica encontramos vários tipos de estabilidade ou instabilidade dependendo do tipo e a escala de perturbação.

Estabilidade Estática: medida da estratificação de um fluido planetário. Para atmosfera terrestre a expressão em coordenadas isobáricas representa adequadamente as condições de estabilidade para perturbações de parcelas do ar na vertical. Quando é positiva a atmosfera é estável.

Estação meteorológica: local onde são usados diferentes tipos de instrumentos desenvolvidos para a realização de observações e relatórios sobre o estado de tempo em várias partes do mundo. As estações podem ser classificadas do seguinte modo: estações Sinópticas, Climatológicas, de Meteorologia Aeronáutica, de Meteorologia Agrícola e Espaciais.

Estações de Radiossondagem: são estações meteorológicas que medem as propriedades físicas da atmosfera em altitude, em geral, é utilizado um balão que transporta uma radiossonda a qual, através de sinais de radio, transmite os valores da pressão, temperatura e umidade da atmosfera em vários níveis.

Estações do Ano: cada um dos 4 períodos de tempo separados pelos extremos da rota de translação da Terra em relação ao Sol, representados por condições climáticas diferentes causadas pela inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da eclítica. Os períodos são: primavera, verão, outono e inverno.

Estegrama: curva associada com os resultados de uma sondagem aerológica e que representa a pseudotemperatura do bulbo úmido como uma função da pressão.

Estrato: camadas nebulosas, cinzentas, de base uniforme e definida. Às vezes, os estratos apresentam-se em forma de bancos esfarrapados. São constituídos por gotículas de água e quando espessos, podem conter gotículas de chuvisco. Podem ser tão tênues que permitem distinguir, nitidamente, o contorno do Sol ou da Lua.
*Condição de tempo associada: quando produzem precipitação é sempre em forma de chuvisco. Estas nuvens podem se formar muito próximo do solo, produzindo restrição da visibilidade horizontal semelhante a um nevoeiro denso.

Estratocúmulo: banco, lençol ou camada de nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, quase sempre com porções escuras, constituídas por massas em mosaico, glóbulos, rolos etc., de aspecto não fibroso, ligadas ou não. Estas nuvens são constituídas, principalmente, por gotículas de água e têm uma transparência bastante variável.
*Condição de tempo associada: mantém o céu nublado e por muitas vezes com chuva fraca e continua. Geralmente, são formadas quando há uma forte circulação marítima.

Evaporação: processo físico pelo qual um líquido como a água é transformado em estado gasoso como vapor de água. É o processo físico oposto de condensação.
Evaporímetro: instrumento utilizado na medição da perda de água por uma superfície saturada.

Evapotranspiração: total de água transferida da superfície da Terra para a atmosfera. É composto da evaporação do líquido, ou “água sólida”, acrescida da transpiração das plantas.


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F

Faixa de Vapor D'água: faixas escuras no espectro solar provocadas pela absorção da radiação solar pelo vapor d'água existente na atmosfera terrestre.

Farol de Teto: instrumento usado à noite para projetar um feixe de luz vertical concentrado à base das nuvens, a fim de medir a altura das mesmas com o uso do clinômetro.

Fator Pluviométrico: obtém-se spanidindo a quantidade total de precipitação pela temperatura média.

Fenômeno de Difração: imagem de interferência produzida no inteior da sombra geométrica projetada por um objeto devido ao curvamento, por uma quantidade que varia com o comprimento das ondas luminosas que encontram obstáculo.

Flecha de Vento: numa carta sinótica, um curto segmento de reta que termina no círculo da estação e representa a direção de onde sopra o vento.

Fluxo de Gradiente: fluxo sem fricção horizontal no qual as isóbaras e as linhas de fluxo coincidem.

Fluxo Luminoso: quantidade característica do fluxo radiante e que expressa sua capacidade em produzir sensação luminosa.

Foehn: vento seco com forte componente descendente, quente para a estação e característico de muitas regiões montanhosas. O ar é resfriado dinamicamente ao subir as montanhas, porém, isto conduz à condensação que detém a queda da temperatura através da liberação do calor latente.

Fogo de S. Telmo: descarga elétrica luminosa na atmosfera, mais ou menos contínua, de intensidade fraca ou moderada, que parte de objetos altos na superfície do globo como pára-raios, cata-ventos, mastros de navios. Surge muitas vezes em forma de penachos esverdeados, claramente visíveis à noite.

Força de Coriolis: força aparente que atua sobre um elemento do fluido em deslocamento sobre um planeta em rotação. A força de Coriolis atua na direção perpendicular ao movimento para a esquerda do movimento horizontal no hemisfério Sul. Ela é nula sobre o Equador, negativa no hemisfério Sul e positiva no hemisfério Norte, atingindo valores extremos nos pólos.

Força de Gradiente de Pressão: força que atua num elemento de fluido devido a variação espacial de pressão. Atua no sentido oposto do gradiente de pressão e a sua intensidade é proporcional ao módulo do gradiente.

Fotometeoros: fenômeno luminoso produzido pela reflexão, refração, difração ou interferência da luz proveniente do Sol ou da Lua. Podem observar-se nas seguintes condições: em ar limpo como miragem, cintilação, raio verde; à superfície das nuvens ou no seu interior como fenômenos de halo, coroa, biação, glória; e dos hidrometeoros ou dos litometeoros como arco-íris, arco-íris branco, anel de bispo, raios crepusculares.

Fotos de Satélite: fotos tiradas por satélite meteorológico que revelam informações importantes, como o fluxo do vapor de água, o movimento das frentes climáticas e o desenvolvimento de um sistema tropical. Sequências de imagens registradas por satélites ajudam os meteorologistas a elaborar as previsões do tempo. Algumas fotos são tiradas durante um período de luz visível, luz do dia. Outras são tiradas com lentes infravermelhas, que revelam a temperatura das nuvens e podem ser usadas de dia ou de noite.

Fracto: prefixo aplicado à formação de nuvens e significa "rasgada pelo vento".

Frente: zona de transição entre uma massa de ar quente e uma massa de ar frio. O gradiente horizontal de temperatura através da zona frontal é forte.

Frente Anabática: frente na qual o ar quente se eleva ao longo da superfície de descontinuidade, acima da qual ele se encontra.

Frente Ativa: plano limítrofe entre duas massas de ar no qual o ar é forçado a subir.

Frente Catabática: frente na qual o ar quente desce ao longo da superfície de descontinuidade, acima da qual ele se encontra.

Frente Climatológica: posição geográfica média ou característica de frente numa certa região da Terra.

Frente de Altitude: frente que existe em níveis mais altos, porém não alcança a superfície da Terra.

Frente de Tempo: lugar de todas as posições possíveis de uma aeronave após uma hora de vôo, a partir do tempo de partida ou de uma frente de tempo anterior.

Frente de Tormenta: acumulação vertical de ar frio numa frente fria muitas vezes tomando a forma de uma língua suspensa.

Frente Difusa: frente cuja presença na carta sinótica de superfície é difícil de ser determinada após os estudos dos elementos meteorológicos. O contraste entre os elementos próximos à frente é fraco e a largura da zona frontal é grande.

Frente Dissimulada : frente real cuja presença, não é prontamente evidente na carta sinótica de superfície dadas às influências locais de radiação.

Frente estacionária: frente que é quase estacionária, com nenhum ou reduzido deslocamento observado desde o seu último registro de posição. Também conhecida como frente semi-estacionária.

Frente Meteorológica: região que delimita duas massas de ar com características distintas, ocasionando certos fenômenos meteorológicos como nuvens, precipitação, turbulência, etc.

Frente fria: massa de ar frio que avança na direção da massa do ar quente.

Frente oclusa: este sistema se forma quando uma frente fria alcança uma frente quente.

Frente Polar: fronteira semi-contínua e semi-permanente entre massas de ar polar e massas de ar tropical. Parte integrante de uma teoria meteorológica conhecida como "Teoria da Frente Polar".

Frente quente: massa de ar quente que avança na direção da massa do ar frio

Frente Semi-Estacionária: frente que é quase estacionária, com nenhum ou reduzido deslocamento observado desde o seu último registro de posição. Também conhecida como frente estacionária.

Freqüência: expressa o número de ciclos por tempo unitário.

Frio: condição marcada por temperatura reduzida ou abaixo de seu normal. Ausência de calor.

Frontogênese: é o processo de formação de frente ou intensificação de uma frente existente. Em situações de frontogênese o gradiente térmico aumenta e nas situações de frontólise o gradiente diminui com tempo.

Frontólise: Processo de atenuação ou desaparecimento de uma frente ou de uma zona frontal.

Fumaça: pequenas partículas suspensas no ar produzidas por combustão. Podem se transformar em neblina quando viajam por uma distância de 40 a 160 quilômetros ou mais ou ainda, quando as partículas maiores se dispersam. Neste caso, as partículas restantes se espalham amplamente pela atmosfera.

Fumigação: aquecimento do ar nas hortas para combater as geadas.

Furacão: nome dado aos ciclones tropicais com velocidade de ventos contínuos igual ou superior a 120km/h, de ocorrência no Oceano Atlântico Norte, mar do Caribe, Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico. Este mesmo ciclone tropical é conhecido como tufão no Pacífico ocidental e como ciclone no Oceano Índico.


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G

Galope: vibrações causadas pelo vento e formação de gelo nas linhas de transmissão.

Garganta: área de pressão relativamente baixa em forma de garganta entre dois anticiclones.

Garoa: expressão regional do Brasil, principalmente de São Paulo, para expressar chuvisco.

Geada: depósito de gelo cristalino sobre superfície exposta ao ar livre, resultante do congelamento do vapor d’água existente no ar próximo a superfície.

Gelo: forma sólida de água. Pode ser encontrado na atmosfera em forma de cristais de gelo, bolas de gelo e granizo.

Geopotencial: energia potencial de uma parcela do ar de massa unitária, sendo que o seu valor referencial de zero encontra-se, em geral, no nível médio do mar.

Geostrófico: vento que sopra paralelo às isóbaras.

Globo Terrestre: apresenta forma geóide, com um raio médio de 6.371 km, sendo o raio equatorial cerca de 21,5 km maior que o raio polar. Possui uma camada superficial rochosa, denominada litosfera, formando a crosta terrestre. Sobre esta camada deposita-se a hidrosfera, constituída das águas oceânicas e continentais, e a atmosfera com suas diferentes camadas.

Glória: constituída por uma ou mais séries de anéis coloridos, que o observador vê em volta da sua própria sombra projetada sobre o nevoeiro, orvalho ou sobre uma nuvem composta por numerosas partículas de pequenas dimensões. Os anéis coloridos devem-se à difração da luz e têm disposição igual à da coroa.

Gradiente: operador vetorial. A orientação do gradiente é a direção em que a variável está oscilando com a maior taxa e o seu modulo é justamente esta taxa.

Granizo: precipitação que se origina de nuvem cumulonimbo e que cai em forma de bolas ou pedaços irregulares de gelo.

Grau: medida de diferença de temperatura que representa uma única spanisão numa escala de temperatura.

Grosswetterlage: distribuição média da pressão para um intervalo de tempo, durante o qual as características essenciais da circulação atmosférica permanecem, aproximadamente, invariáveis sobre uma vasta região.

Grumo: acumulações de cristais de gelo que permanecem separados ou apenas congelados entre si. Formam uma camada delgada dando à superfície do mar um tom cinza ou cor de chumbo.

Guiagem: influência exercida na direção do movimento de perturbações de níveis baixos pelas correntes de ar dos níveis mais altos.

Guiagem Térmica:

Guiamento: dispositivos que têm por fim controlar a atitude de um veículo, a fim de que descreva uma trajetória predeterminada, alcance um objetivo ou fixo, ou ainda, que siga spanersas trajetórias e alcance spanersos objetivos predeterminados.


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H

Halo: produzido pela refração ou reflexão da luz por cristais de gelo em suspensão na atmosfera como nuvens cirriformes, nevoeiro gelado, etc. Estes fenômenos quando há refração da luz solar podem apresentar cores. Os halos produzidos pela luz da lua são sempre brancos. O tipo mais vulgar de halo é um anel em volta do sol ou da lua.

Heliograma: registro feito por um registrador de insolação. Também é o diagrama de registro de um heliógrafo.

Heliógrafo: instrumento utilizado para medir insolação ou radiação total que atinge a superfície do globo.

Heliógrafo de Campbell-Stokes: utilizado como padrão de referência para todos os tipos de heliógrafo, e conhecido por heliógrafo de referência provisório. Determina a insolação concentrando os raios solares com uma esfera de vidro de tal modo que incidam sobre um cartão no qual produzem um traço queimado.

Heterosfera: termo proposto para a região atmosférica acima de 80km, na qual a composição do ar atmosférico varia como resultado de uma fotodissociação ou separação difusa de alguns componentes.

Hidroestimador: método que utiliza uma relação empírica exponencial entre a precipitação estimada por radar e a temperatura de brilho do topo das nuvens, extraídas do canal infravermelho do satélite GOES-12, gerando taxas de precipitação em tempo real, isto é, feito de forma automática.

Hidrometeoro: fenômenos meteorológicos resultantes de modificações no estado de vapor de água na atmosfera. Podem ocorrer sob as formas seguintes: precipitação como chuva, chuvisco, neve, saraiva; virga; partículas mais ou menos em suspensão na atmosfera como nevoeiro, neblina; depósitos como orvalho, geada, gelo poroso, gelo vítreo.

Hidrometeorologia: ramo da meteorologia que está relacionado à hidrologia.

Hidrosfera: partes da superfície da Terra constituídas de água e de gelo.

Higrógrafo de Cabelo: instrumento que fornece um registo contínuo da umidade relativa. O cabelo humano isento de óleo ou gordura, altera o seu comprimento em função da umidade relativa. Por meio de um sistema de alavancas, a alteração do comprimento do cabelo é amplificada e registrada por uma pena sobre um gráfico aposto a um cilindro que roda em movimento uniforme.

Higrometria: parte da física que determina a quantidade de água em vapor contida na atmosfera.

Higrômetro: instrumento utilizado na medição da umidade ou conteúdo de vapor de água na atmosfera.

Hodógrafa: linhas que unem as extremidades dos vetores que representam em coordenadas polares, as velocidades dos ventos em altitudes e em níveis sucessivos.


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I

Icebergue: grande massa de gelo, flutuante ou encalhada, que emerge mais de 5 metros do mar, tendo se desprendido de uma geleira.

Ilha de Gelo: bloco de gelo à deriva que se destacou de uma falésia de gelo.

Iluminação Difusa: iluminação sem qualquer contribuição direta da radiação solar.

Imagem de alta resolução: na imagem é possível a identificação de alguns sistemas meteorológicos que poderão ser vistos em mais detalhes através do Radar Meteorológico para verificação se há ou não chuva como também, a intensificação ou desintensificação dos sistemas ao longo do tempo.

Incus: porção superior do cumulonimbus que se expande em forma de bigorna, tendo aspecto fibroso, liso ou estriado.

Índice de Calor: combinação da temperatura do ar e umidade que descrevem como a temperatura é sentida. Não se trata da temperatura atual do ar.

Índices de Frio do Vento: cálculo de temperatura que considera os efeitos do vento e da temperatura do ar no corpo humano. Descreve a média da perda de calor num corpo humano e a maneira como a temperatura é sentida. Não é a temperatura atual do ar
Índice de Temperatura e umidade: mostra como o calor e a umidade nos fazem sentir. Se soubermos a temperatura e a umidade relativa, podemos saber quão desconfortável estamos.

Índice Ultravioleta: a radiação ultravioleta (R-UV) é a parte do espectro eletromagnético referente aos comprimentos de onda entre 100 e 400nm. De acordo com a intensidade que a R-UV é absorvida pelo oxigênio e ozônio e, também pelos efeitos fotobiológicos costuma-se spanidir a região UV em três intervalos:

Pode-se dizer que o Sol emite energia em, praticamente, todos os comprimentos de onda do espectro eletromagnético permeados pelas spanersas linhas de absorção. 44% de toda essa energia emitida se concentra entre 400 e 700 nm, denominado espectro visível de energia. O restante é spanidido entre radiação ultravioleta (menor que 400nm) com 7%, infravermelho (entre 700 e 1500nm) com 37% e infravermelho (maior que 1500nm) com 11%. Menos de 1% da radiação emitida concentra-se acima da região do infravermelho, como seja, microondas e ondas de rádio, e abaixo da região ultravioleta, como raios X e raios gama.

Infiltração: movimento da água de superfície que penetra no solo. A infiltração é igual ao total de precipitação menos as perdas causadas pela captação das plantas, à retenção nas depressões na superfície do solo, à evaporação e ao escorrimento de superfície.

Informação Meteorológica: boletins meteorológicos, análises, previsões e quaisquer outros elementos de informações relativos às condições meteorológicas.

Insolação: radiação solar recebida pela Terra.

Instabilidade Baroclínica: vulnerabilidade de um escoamento planetário representado pela corrente de jato a uma perturbação de escala sinótica e/ou subsinótica. A instabilidade se deve ao gradiente horizontal de temperatura ou cisalhamento vertical do escoamento. O desenvolvimento de sistemas sinóticos de médias latitudes como ciclones extratropicais se deve a este mecanismo.

Instabilidade Barotrópica: vulnerabilidade do corrente de jato para perturbação de escala sinótica devido à variação da vorticidade na zona do jato. A energia cinética da perturbação aumenta recebendo a energia cinética do escoamento básico.

Isoterma: é a superfície na qual a temperatura é constante. Em um plano horizontal as isotermas são linhas que passam pêlos pontos de igual temperatura. Isto é, um lado da isoterma a temperatura é maior do que no outro lado.

Intercâmbio: mistura das características entre duas ou mais massas de ar. Termos, geralmente, aplicados à mistura das massas de ar polares e tropicais.

Inundação: transbordamento de uma área por águas fluviais, por chuva, neve derretida, etc.

Inverno: do ponto de vista astronômico é o período entre o solstício de inverno e o equinócio vernal. É caracterizado pelas temperaturas mais frias do ano, quando o Sol está sobre o hemisfério oposto. Isto ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro no hemisfério Norte, e nos meses de junho, julho e agosto no Hemisfério Sul.

Inversão: o conceito está associado ao aumento ou redução habituais de uma propriedade atmosférica em grandes altitudes. Normalmente, refere-se à razão direta do aumento de temperatura em elevação de altitude, que é o inverso do declínio habitual da temperatura em locais altos.

Inversão de Temperatura: condição pela qual o ar próximo da superfície da Terra torna-se mais frio que acima, isto é, o inverso do normal; a temperatura aumenta com altitude por uma curta distância.

Irisações: são cores que aparecem nas nuvens, umas vezes misturadas outras vezes em forma de faixas, sensivelmente paralelas aos bordos das nuvens. Predominam o verde e o cor de rosa, muitas vezes, com tonalidade pastel. As linhas de separação entre as cores não formam círculos com o Sol no centro, mas sim faixas que acompanham os contornos da nuvem.

Isóbara: superfície na qual a pressão atmosférica é constante. Em um plano horizontal as isóbaras são linhas que passam pelos pontos de igual pressão. Isto é, um lado da isóbara a pressão é maior do que do outro lado.

Isoterma: superfície na qual a temperatura é constante. Em um plano horizontal as isotermas são linhas que passam pelos pontos de igual temperatura. Isto é, um lado da isoterma a temperatura é maior do que do outro lado.


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K

Khamsin: vento quente e seco que sopra do sul no Egito, ao longo do Mediterrâneo, semelhante ao siroco e geralmente em março, abril e maio.

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J

Jato Subtropical: ventos fortes em altos e médios níveis que separa o ar subtropical e o ar tropical. No Hemisfério Sul tende a migrar para Sul no verão e para Norte no inverno.

Jet Streams: correntes de jato são ventos que se iniciam na atmosfera a cerca de 6 km de altitude, provocados por abruptas diferenças de temperatura entre o ar da troposfera e da estratosfera e podem estender-se ao longo de milhares de quilômetros de comprimento e alguns quilômetros de largura. Umas vezes, estes ventos sobem em direção à atmosfera, outras descem em direção à superfície da Terra formando tempestades.


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L

Laguna: extensão de água salgadas ou salobras, separadas por mar por um cordão litorâneo cortado por um canal que mantém ligação com o mar.

La Niña: período de intensificação dos ventos e resfriamento anormal da superfície no centro e leste do Pacifico Tropical. O oposto de El Niño.

Lanterna: instrumento que consiste em um tambor e um sistema óptico que projetam uma faixa estreita e vertical de luz sobre uma base de nuvem.

Laplaciano: operador que mede as saliências dos campos escalares tridimensionais ou bidimensionais. Elas são equivalentes à segunda derivada que mede as máximas e mínimas. Nas regiões próximas às máximas o Laplaciano da variável é negativo e nas regiões de mínimas ele é positivo.

Latitude: medida angular, em graus, entre o plano do Equador e a normal a um ponto qualquer sobre a superfície elipsoidal de referência. É com freqüência representada, graficamente, por linhas que se distribuem paralelamente ao Equador, em direção aos pólos norte e sul, localizados a 90º em relação ao Equador.

Latitudes Altas: faixa localizada, aproximadamente, entre os paralelos de 60 e 90 graus, em ambos os hemisférios. Esta região é também denominada de Região Polar.

Latitudes Baixas: faixa localizada, aproximadamente, entre os paralelos de 0 e 30 graus, em ambos os hemisférios. Esta região é também denominada de Região Tropical ou Tórrida.

Latitudes Médias: faixa localizada, aproximadamente, entre os paralelos de 35 e 65 graus, em ambos os hemisférios. Esta região é também denominada de Zona Temperada.

Lei De Ballot: a relação entre a direção do vento e a localização das altas e baixas pressões que o geram.

Lençol de Nuvens: disposição particular das nuvens que formam uma camada contínua e relativamente fina de grande extensão horizontal.

Levantamento Orográfico: quando o ar úmido é forçado a se elevar devido a um obstáculo de grandes proporções. O resfriamento pode resultar na formação de nuvens.

Língua: saliência da borda do gelo provocada pelo vento ou pela corrente e que pode ter vários quilômetros de comprimento.

Linha de Borrasca: rajadas de vento que têm lugar ao longo de uma linha separando áreas que apresentam grande diferença de pressão atmosférica.

Linha de Cavado: linha que atravessa uma área ciclônica e que é perpendicular ao curso do ciclone.

Linha de Corrente: linha traçada dentro do escoamento de um fluido de tal forma que o escoamento é tangencial a esta linha em todos os pontos a onde ela passa. As linhas de corrente que começam na fronteira, necessariamente, terminam na fronteira do domínio estudado. As linhas que começam dentro do domínio, necessariamente, se fecham.

Linha de Corrente de Ar: linhas que são traçadas paralelamente à direção do vento para indicar a disposição do fluxo das massas de ar.

Linha de Descontinuidade: linha de trovoadas que marcam a posição de uma frente em movimento.

Linha de Instabilidade: região de formação de nuvens do tipo cumulus e cumulonimbus em formato de uma linha contínua. O vento pode aumentar abruptamente, a temperatura cai de modo súbito acompanhadas por pancadas de chuva e granizo, e muitas vezes por relâmpagos e trovões. Geralmente, antecede ou sucede as frentes.

Litometeoros: meteoro constituído por um conjunto de partículas cuja maior parte é sólida e não aquosa. As partículas estão mais ou menos em suspensão no ar ou são levantadas do solo pelo vento como bruma seca, bruma de poeira, fumo, nuvem de poeira ou de areia, tempestade de poeira ou areia, turbilhão de poeira ou areia.
Longitude: medida angular, em graus, entre o plano de um meridiano de referência e o plano meridiano que passa por um ponto qualquer sobre uma superfície elipsoidal de referência. É com freqüência representada graficamente por linhas que circundam o planeta, passando pelos pólos norte e sul. A distância entre estas linhas é maior no Equador e menor em latitudes mais elevadas. As Zonas de Tempo encontram-se relacionadas à longitude.

Luminância: quociente da intensidade da luz emitida numa direção dada, pela projeção da área de uma superfície luminosa emissora sobre um plano perpendicular àquela direção.

Luminância de Nuvem: Luminância determinada pela quantidade de luz difundida e refletida pelas partículas que constituem uma nuvem.

Luz Celeste: emissão de radiação quase permanente pelos gases da alta atmosfera que pode ser distinguida à noite e que se presume existir durante o dia.


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M


Maestro: vento que sopra na direção SE no mar Adriático, em geral, no inverno e na primavera.

Mapa Sinóptico: qualquer mapa ou quadro que descreva as condições meteorológicas ou atmosféricas de uma grande área em qualquer momento determinado.

Mapas de Tempo: mapas de grandes regiões onde o meteorologista anota para cada estação meteorológica os dados de lá provenientes. Podem ser de vários parâmetros meteorológicos, como chuva, vento, pressão, temperatura entre outros, que irão auxiliar o previsor a traçar ou localizar as massas de ar, as frentes, etc. Os mapas de tempo também são chamados de cartas meteorológicas ou cartas sinóticas.

Marulho: ver swell.

Massa de Ar: corpo extenso de ar, ao longo do qual, as características horizontais de temperatura e umidade são semelhantes.

Massa de Ar Ártico: massa de ar que se desenvolve ao redor do Ártico, caracterizada pelo frio da superfície nas grandes altitudes. O limite desta massa de ar é, freqüentemente, definido como frente Ártica, uma característica semi-permanente, semi-contínua. Quando esta massa de ar se move de sua região de origem, pode ficar mais rasa em altura, na medida em que se movimenta para o sul.

Média diária de Temperatura: temperatura média de um dia, considerando-se a média das leituras de hora em hora ou, mais freqüentemente, as temperaturas máxima e mínima.

Meia Rebarba: na plotagem do vento nas cartas meteorológicas a meia-rebarba é indicadora da velocidade de um vento de 5 nós.

Meso-Escala: escala de fenômenos meteorológicos que variam em tamanho de alguns quilômetros até cem quilômetros. Fenômenos menores são classificados pelos valores da micro-escala, enquanto que os de maior extensão são classificados na escala sinóptica.

Metar: dados de estações de superfície dos aeroportos coletados de uma em uma hora e ou horários intermediários caso esteja ocorrendo algum evento especial codificados e disponibilizados pela rede de meteorologia do comando da aeronáutica – REDEMET.

Meteograma: são gráficos de um determinado ponto, grade do modelo, da previsão dos principais elementos meteorológicos utilizados na previsão. Os gráficos de cada elemento meteorológico é composto por um cabeçalho em vermelho que traz o nome da variável e a unidade de medida, as linhas pontilhadas na vertical indica o ponto de 00Z do dia, a linhas horizontais são a escala de cada elemento meteorológico.
Ex:
Cabeçalho:
traz as informações sobre o centro responsável pelo modelo (MCT / INPE CPTEC); tipo do modelo (regional model); data e hora dos dados da condição inicial do modelo (24AUGs 2005, 00Z); dia, mês, ano e hora zulu; localidade, cidade, Estado, BR (Alto Tietê, SP, BR); país, latitude e longitude (51.22W – 30.02S e altitude 0 m).

Precipitação: indica o volume de precipitação prevista pelo modelo ao logo dos dias em milímetro por hora. Por exemplo, no dia 28 de agosto a precipitação máxima prevista é de 7mm/h e entre os dias 26 e 27 há traços de precipitação indicando chuva fraca e continua.


Temperatura: mostra as variações de temperatura do ar a 2 metros da superfície ao longo dos dias em graus Celsius.


Umidade Relativa do Ar: Indica o valor de umidade relativa do ar em porcentagem ao longo dos dias.


Vento:
as linhas indicam a velocidade do vento em metros por segundo e as setas indicam a direção do vento.


Pressão: mostra a variação de pressão ao longo dos dias.


Cobertura de Nuvens: as barras indicam a porcentagem da cobertura de nuvens. As barras em azul indicam nuvens baixas, as barras em verde indicam nuvens médias e as barras em laranja indicam nuvens altas.


Meteoro: qualquer fenômeno diferente de uma nuvem, observado na atmosfera ou à superfície do Globo. Existem 4 tipos de meteoros: Hidrometeoros; Litometeoros; Fotometeoros; Electrometeoros.

Meteorologia: ciência que estuda a atmosfera, suas variáveis, seus fenômenos e suas atividades. A Meteorologia é uma ciência multidisciplinar e complexa. Suas raízes ancestrais situam-se nas inquietações pré-histórica do homem, na luta pela preservação da vida contra os fenômenos naturais imprevisíveis ou simplesmente é a ciência do tempo, e envolve a observação dos sistemas que estão atuando. Os meteorologistas estudam fenômenos como as variações da temperatura, a pressão atmosférica, a umidade na atmosfera, o estado químico e os movimentos do ar entre outros.

Meteorologia Observada: quadro que traz informações sobre as condições de tempo significativas que estão sendo monitoradas pelos meteorologistas e ou notícias, sobre transtornos causados por condições de tempo adversas.

Meteorologista: cientista que estuda a atmosfera e os fenômenos atmosféricos.

Método das Analogias: método de previsão baseado na hipótese que a situação sinótica atual evolui da mesma maneira que evoluiria uma situação análoga no passado.

Micro-Barógrafo: instrumento projetado para registrar continuamente a leitura que um barômetro faz das pequenas alterações na pressão atmosférica.

Milibar ou HectoPascal: medida de pressão atmosférica.

Miragem: fenômeno óptico constituído, principalmente por imagens fixas ou ondulantes de objetos distantes.

Milímetros: medida de precipitação.

Modelos Meteorológicos de Previsão de Tempo: spanididos em 2 tipos, são eles: Modelo Regional - ETA: o modelo ETA é um modelo de meso-escala, em ponto de grade, de equações primitivas. A versão do modelo ETA que roda operacionalmente no CPTEC é hidrostático e cobre a maior parte da América do Sul e oceanos adjacentes. A resolução horizontal atual é de 40 km e a vertical de 38 camadas. As previsões são fornecidas duas vezes ao dia, uma com condição inicial à meia noite e outra às 12h UTC. Modelo Global - MCGA: modelo de Circulação Geral da Atmosfera. A versão do modelo Global que roda operacionalmente no CPTEC cobre todo o Globo. A resolução horizontal atual é de 100 km. As previsões são fornecidas duas vezes ao dia, uma com condições iniciais à meia noite e outra às 12 h UTC.

Modelo Numérico: modelo de computador contendo equações atmosféricas, a fim de obter a previsão do tempo para vários dias.

Monção: vento da circulação geral da atmosfera caracterizado pela persistência estacional de uma dada direção do vento e para uma variação marcante dessa direção de uma estação para a outra.

Montículo: elevação formada por pedaços de gelo empilhados uns sobre os outros numa superfície de gelo bem mais lisa.

Mosaico de Gelo: pedaços de gelo de idades diferentes, soldados por congelamento.

Movimento Atmosférico: ar em movimento provocado por aquecimento desigual da atmosfera pelo sol.

Movimento de Rotação: movimento responsável pelos dias e noites. A Terra gira de oeste para leste em torno de seu eixo imaginário, que passa pelos pólos norte e sul, com um período de aproximadamente 24h.

Movimento de Translação: trajetória da Terra em torno do sol e que determina a duração do ano em 365 dias e 6 horas.

Movimento Vertical: é o componente vertical do movimento da parcela do ar. A sua magnitude, em geral, é muito menor, por duas a três ordens de magnitude, que os movimentos horizontais.

Mutatus: termo empregado quando toda ou uma grande parte de uma nuvem sofre uma transformação interna completa, assim se tornando de um gênero em outro. É o caso por exemplo, do stratus em stratocumulomutatus.



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N

Nascer do Sol: aparecimento diário do Sol a leste do horizonte e que acontece devido ao movimento de rotação da Terra. Nos Estados Unidos, é considerado como o momento em que a extremidade superior do Sol aparece no horizonte no nível do mar. Na Inglaterra, refere-se ao momento em que o centro do disco solar está à vista. O cálculo do nascer do Sol é feito de acordo com o nível médio da água do mar.

NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration): Seção do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, é a principal organização do National Weather Service (Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos). Promove e qualifica medidas de interesse do meio ambiente mundial, enfatizando os recursos atmosféricos e marinhos.

Neblina: suspensão de partículas de poeira fina e/ou fumaça no ar. Invisíveis a olho nu, as partículas reduzem a visibilidade e são suficientemente numerosas para dar ao ar um aspecto opaco.

Nebulosidade: parte do céu encoberto por uma camada de nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada celeste em oito oitavos.

Nevasca: condição severa do tempo caracterizada por baixas temperaturas, com ventos de 56 Km/h ou mais e grande quantidade de neve e vento no ar, o que frequentemente, reduz a visibilidade para apenas 400 metros ou menos, e dura pelo menos três horas. Uma nevasca violenta é caracterizada por temperaturas em torno ou abaixo de -12,2 C, ventos que excedem 72Km/h e visibilidade reduzida quase a zero pela precipitação de neve.
Neve: precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos, em geral, em forma hexagonal e complexamente ramificados, formados diretamente pelo congelamento do vapor de água que se encontra suspenso na atmosfera. É produzida, frequentemente, por nuvens do tipo estrato, mas também pode se originar das nuvens do tipo cúmulo. Normalmente os cristais são agrupados em flocos de neve.

Névoa: conjunto de microscópicas gotículas de água suspensas na atmosfera. Não reduz a visibilidade como o nevoeiro e é, freqüentemente, confundida com chuvisco.

Névoa seca: suspensão de partículas de poeira fina e/ou fumaça no ar. Invisíveis a olho nu, as partículas reduzem a visibilidade e são, suficientemente, numerosas para dar ao ar um aspecto opaco.

Névoa Úmida ou Neblina: conjunto de microscópicas gotas de água suspensas na atmosfera. Provoca uma redução da visibilidade menor do que em condições de nevoeiro e é, freqüentemente, confundida com chuvisco.

Nevoeiro ou Cerração: massa de minúsculas gotas de água suspensas na atmosfera, próximas ou junto à superfície da Terra, que reduzem a visibilidade horizontal para menos de 1 Km.

Nimbostrato: nuvem típica da formação de chuva. Muitas vezes sua base não pode ser vista devido ao peso da precipitação. Geralmente, estão associadas às condições climáticas do outono e do inverno, podendo, contudo, aparecer em qualquer estação.
*Condição de tempo associada: estas nuvens sempre produzem chuva fraca à moderada que pode perdurar por horas.

Nível Anemométrico: altura acima do solo em que é realmente exposto o anemômetro.

Nivômetro Normal: valor padrão reconhecido de um elemento meteorológico, considerando a média de sua ocorrência em um determinado local, por um número determinado de anos. “Normal” significa a distribuição dos dados dentro de uma faixa de incidência habitual. Os parâmetros podem incluir temperaturas altas, baixas e variações; pressão, precipitação como chuva, neve, etc; ventos, velocidade e direção; temporais, quantidade de nuvens, percentagem de umidade relativa, etc.

Nó, km/h ou m/s: medida da velocidade do vento.

Noctilucente: nuvem muito rara que se forma acima do nível onde se encontram as nuvens do tipo nacarada. Só aparecem à noite na ionosfera e só pode ser vista por causa de sua característica fosforescente.

Nublado: céu encoberto por oito oitavos de camada de nuvem. O conceito parte da spanisão da abóbada celeste em oito oitavos. O cálculo é baseado na soma de todas as nuvens daquela camada específica

Núcleos de Condensação: pequenas partículas existentes no ar. Sua presença possibilita a condensação do vapor d'água existente na atmosfera, resultando na formação de gotas d'água.

Número de Onda: seus componentes mede o número de cristas ou cavados por distância unitária na direção perpendicular aos planos de fase.

Nuvem: um conjunto visível de partículas minúsculas de matéria como gotículas d'água e/ou cristais de gelo no ar. Uma nuvem se forma na atmosfera como resultado da condensação do vapor d'água.

Nuvens Esparsas: parte do céu encoberto por uma camada de nuvem. Geralmente, quando três a quatro oitavos da abóbada celeste está encoberta. O conceito parte da spanisão da abóbada celeste em oito oitavos. O cálculo é baseado na soma de todas as nuvens daquela camada específica.

Nuvem Vírgula: distúrbio de escala subsinótica que se forma em baixos ou médios níveis dentro da massa de ar frio. Esses sistemas, típicos de inverno, podem provocar chuvas intensas mesmo quando se formam sobre o continente.


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O

Observação: em meteorologia é a avaliação de um ou mais fatores meteorológicos tais como temperatura, pressão, ou ventos que descrevem o estado da atmosfera na superfície da Terra ou na alta atmosfera. Um observador é aquele que registra as avaliações dos fatores meteorológicos.

Octante: oitava parte da superfície do globo limitada em latitude pelo Equador e longitude por um dos meridianos. É uma das oito spanisões do globo para localização.

Olho: centro de uma tempestade tropical ou furacão, caracterizado por uma área mais ou menos circular de ventos claros e chuvas esparsas. Um olho, normalmente, se desenvolverá quando a velocidade do vento exceder 124 Km/h. Pode variar em tamanho, de 8 a 96 quilômetros, mas o tamanho comum é de 32 quilômetros. Em geral, quando o olho começa a diminuir seu tamanho, a tempestade está se intensificando.

Olho de Tempestade: região central e calma de uma tempestade (ciclone) ou uma abertura nas nuvens que marca sua localização.

Onda: é alternância de altas e baixas ou máximos e mínimos numa variável de campo que se propagam com tempo. Isto é, os máximos e mínimos do campo se encontram em posições diferentes em diferentes instantes de tempo.

Onda Baroclínica : é uma onda cujo mecanismo de desenvolvimento ou manutenção é a instabilidade baroclínica. Normalmente as ondas baroclínicas possuem escala horizontal da ordem de 1000 km. Uma onda baroclínica de latitudes médias apresenta uma defasagem entre os campos de pressão e o campo térmico de tal forma que a massa do ar frio fica para esquerda do cavado. Isso significa que os cavados e cristas inclinam-se para oeste com altura. As ondas baroclínicas são normalmente acompanhadas de ventos fortes nos altos níveis.

Onda de Calor: período de tempo desconfortável e excessivamente quente. Pode durar vários dias ou várias semanas.

Onda de Rossby: é o movimento ondulatório no plano horizontal da escala sinótica, na qual as regiões de vorticidade ciclônica e anticiclônica se alternam a medida que a onda propaga. A força restauradora desta onda é a força de Coriolis.

Onda Ciclônica: ondulação sobre uma frente numa carta sinótica de superfície.

Ondas Externas: são ondas que formam nas interfaces de dois fluidos com características distintas de densidade. A amplitude destas ondas é máxima na interface e decai exponencialmente para os dois lados da interface. Um exemplo são as ondas na superfície do mar. Neste caso os dois fluidos são água e ar.

Onda de Gravidade Externa: é a onda que se forma e propaga na superfície horizontal de um fluido ou na interface entre dois fluidos. A força restauradora da perturbação é a gravidade. A velocidade de propagação depende da profundidade do fluido e a diferença entre as densidades dos fluidos. Nota-se que as ondas de gravidade propagam para todos os lados com a mesma velocidade.

Onda Interna: é a onda que se forma num fluido estratificado continuamente cuja amplitude é máxima em alguma região no interior do fluido ou escoamento.

Onda Fria: queda rápida de temperatura num prazo de 24 horas e que demanda cuidados especiais na agricultura, indústria, comércio e atividades sociais.

Onda Sonora ou Acústica: é a alternância das compressões e rarefações adiabáticas do fluido. A força restauradora para estas ondas é o gradiente de pressão. Esta é uma onda longitudinal e não dispersiva.

Onda Tropical: outro nome atribuído a uma ondulação a leste é uma área de relativamente baixa pressão atmosférica que se move na direção do oeste através dos ventos convergentes do leste. Geralmente, está associada a uma extensa área de nebulosidade e chuvas, e pode ser associada com o possível desenvolvimento de um ciclone tropical.

O.M.M. (Organização Meteorológica Mundial): de previsões do tempo à pesquisas sobre poluição, incluindo mudanças e atividades do clima, estudos sobre a diminuição da camada de ozônio e previsões de tempestades tropicais, a O.M.M. coordena a atividade científica global visando à constante precisão de informações meteorológicas, bem como de outros serviços de interesse público, ou mesmo do setor privado e comercial, incluindo linhas aéreas internacionais e indústrias de transporte. Fundada pelas Nações Unidas em 1951, a O.M.M. tem 184 sócios.

Opacidade Atmosférica: poder que possui a atmosfera de se opor, numa certa medida, à propagação dos raios luminosos.

Orvalho: condensação, na forma de pequenas gotas d'água, que se acumula na grama e em pequenos objetos próximos ao solo. Esta condensação ocorre, geralmente, durante a noite, quando a temperatura se reduz, atingindo o ponto de orvalho.

Oscilação do Sul: reversão periódica do padrão da pressão atmosférica na parte tropical do Oceano Pacífico durante as ocorrências do El Niño. Representa a distribuição da temperatura e da pressão atmosférica sobre uma área oceânica.

Outono: estação do ano que se inicia quando o Sol se aproxima do solstício de inverno. Caracteriza-se pela diminuição de temperaturas nas latitudes médias. Isto ocorre nos meses de setembro, outubro e novembro no Hemisfério Norte e nos meses de março, abril e maio no Hemisfério Sul.

Oxigênio: valor padrão reconhecido de um elemento meteorológico, considerando a média de sua ocorrência em um determinado local, por um número determinado de anos. “Normal” significa a distribuição dos dados dentro de uma faixa de incidência habitual.

Ozônio: gás quase incolor e uma forma de oxigênio (O2). É composto de uma molécula de oxigênio composta de três átomos de oxigênio em vez de dois.


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P

Paleoclima: clima de um período pré-histórico cujas características principais podem ser reconstituídas.

Pampero: vento da Argentina e sul do Brasil. Vento com um gradiente forte, que traz um ar seco e frio da Patagônia.

Pancadas de chuva: chuvas intensas e de curta duração provocada por nuvens cumulonimbo.

Parantisselênio: fotometeoro da família dos halos análogo ao parantélio, sendo que o astro luminoso é a lua.

Parasselênio: fenômeno óptico da família dos halos, similar porém menos brilhante que o parélio, sendo que o astro luminoso é a lua.

Pára-vento: dispositivo destinado a diminuir a força do vento numa região que ele protege e situada na direção do vento.

Parcialmente Nublado: estado do tempo quando as nuvens estão notavelmente presentes, mas o céu não está completamente coberto em nenhum momento do dia.

Parede do Olho: uma faixa organizada de convecção que cerca o olho ou centro de um ciclone tropical. Contém nuvem cumulonimbos, chuva intensa e ventos muito fortes.

Parélio: manchas escuras brilhantes à esquerda do sol e à mesma elevação. Se o fenômeno ocorrer com a lua pode receber o nome de parasselênio.

Pé-de-vento: vento violento de curta duração, que surge e desaparece rapidamente; tem lugar entre regiões adjacentes que apresentam grandes diferenças de pressão.

Pedrisco: glóbulo ou pedaço de gelo, com diâmetro variando entre 5 e 50mm ou mais, cuja queda constitui a saraiva.

Pêntada: período de cinco dias consecutivos muitas vezes usado no estudo de um ou de spanersos elementos meteorológicos.

Percolação: movimento descendente da água no solo ou através de uma camada nevada.

Perfil de Vento: representação gráfica da variação da velocidade do vento com função de altura ou distância.

Perfil Hídrico: curva que representa a variação de umidade do solo como uma função da profundidade.

Permafrost: solo escuro que permanece gelado por mais de dois anos em regiões árticas e em regiões montanhosas com planícies ou altiplanos de tundra onde se desenvolvem pequenos arbustos, musgos e líquens, muitas vezes ocorrendo camada de solo capeando, nível de gelo permanente ou que só degela, parcialmente, em ciclos maiores de aquecimento climático.

Permeabilidade: facilidade maior ou menor com que se efetua a penetração da água no solo por gravidade. Ela exprime, portanto, a velocidade da percolação.

Persistência: grau de constância de um elemento meteorológico quando uma massa de ar está sujeita a fatores modificadores.

Perturbação: este termo pode ser aplicado para uma área de baixa pressão, ou ciclone pequeno em tamanho e influência ou para uma área que esteja exibindo sinais de desenvolvimento ciclônico. Região favorável à ocorrência de tempestades.

Perturbação Tropical: área de convecção organizada, que se origina nos trópicos, ocasionalmente nos sub - trópicos e que mantém suas características por 24 horas, ou mais. Com freqüência, é a primeira fase de desenvolvimento de qualquer depressão tropical subsequente, tempestade tropical ou furacão.

Pico: ponto de interseção das frentes fria e quente de um ciclone extratropical.

Piezotropia: condição da atmosfera quando a densidade de algum elemento meteorológico depende unicamente da pressão.

Plotagem: representação das condições gerais do tempo de uma determinada estação meteorológica nas cartas de previsão de tempo por meio de símbolos e algarismos.

Pluviometria: estudo da precipitação incluindo sua natureza, distribuição e técnicas de medição.

Pluviômetro: Instrumento meteorológico utilizado para medir a quantidade de água precipitada. Constitui-se, basicamente, num funil de captação e um reservatório, graduado em mm (unidade de medida de chuva). Os pluviógrafos são pluviômetros que possuem um sistema de registro contínuo num gráfico.

Pluviómetro-Udómetro: instrumento que mede o índice de queda de chuva. Sua unidade de medida são centésimos de polegadas (0,01).

Poalha de Água: conjunto de gotículas de água arrancadas pelo vento de uma superfície muito extensa de água, geralmente das cristas das ondas, e transportadas à pequena distância na atmosfera.

Poeira: partículas pequenas de terra ou outra substância suspensa no ar.

Polarização Atmosférica: transformação da luz solar natural em luz polarizada, ocasionada pela dispersão na atmosfera terrestre.

Polegadas de Mercúrio: nome que vem do uso de barômetros mercuriais que comparam a altura de uma coluna de mercúrio com a pressão do ar.

Polínia: extensão de água cercada por gelo, geralmente banquisa costeira.

Ponto de Congelamento: processo de mudança de um líquido para o estado sólido. A temperatura à qual um líquido se solidifica sob qualquer condição. A água pura sob pressão atmosférica congela a 0º C. É o oposto de fusão. Em oceanografia, o ponto de congelamento da água é inversamente proporcional à salinidade: se esta for crescente, aquele diminui.

Ponto de Ebulição: temperatura na qual um líquido se transforma em estado gasoso. A temperatura na qual o equilíbrio da pressão do vapor entre um líquido e seu vapor é igual à pressão externa no líquido. O ponto de ebulição da água pura, considerando a pressão padrão é 100º C.

Ponto de Geada: temperatura máxima de formação de geada branca por sublimação, oriunda da umidade atmosférica sobre uma superfície polida e fria.

Ponto de Orvalho: temperatura na qual ocorre saturação do vapor d'água contido em uma parcela de ar. A temperatura do ponto de orvalho é sempre inferior ou igual à temperatura do ar.

Pôr do Sol: desaparecimento diário do Sol no oeste do horizonte devido ao movimento de rotação da Terra. Nos Estados Unidos, é considerado como aquele momento em que a extremidade superior do Sol desaparece no horizonte no nível do mar. Na Inglaterra, refere-se ao momento em que o centro do disco do sol desaparece. O pôr do sol é feito de acordo com o nível médio da água do mar.

Possibilidade de pancadas de chuva: previsão de pancadas de chuva com confiabilidade igual ou menor que 50%.

Precipitação: todas as formas de água, líquida ou sólida, que caem das nuvens. Podem ser na forma de aguaceiros, chuva, chuvisco, granizo.

Precipitação de Neve: precipitação típica do inverno que se manifesta com a queda de pequenos cristais de gelo que na maioria são ramificados. A neve forma-se de uma maneira semelhante à das gotas de chuva, com a diferença que a temperatura é mais baixa.

Predomínio de nublado: significa que, entre cinco a sete oitavos da abóbada celeste estão encobertos por uma camada de nuvem. O cálculo é baseado na soma de todas as nuvens daquela camada específica.

Predomínio de Sol: sol na maior parte do período.

Pressão: é a força por unidade de área, exercida pelo peso da atmosfera, sobre um ponto localizado na superfície da Terra ou acima da mesma.

Pressão Atmosférica: é a força por unidade de área exercida pelo fluido. Ela é relacionada com temperatura, densidade e volume específico através da equação do estado.

Pressão ao Nível do Mar: pressão atmosférica relativa ao nível médio do mar, normalmente, determinada a partir de pressão observada em estação.

Pressão da Estação: pressão atmosférica relativa à elevação da estação.

Pressão do Nível do Mar: pressão atmosférica média do nível do mar, normalmente, determinada a partir da pressão da estação em que é observada.

Pressão Padrão de Superfície: medida da pressão atmosférica em condições padrões.

Previsão de Clima: previsão numérica das condições meteorológicas futuras para um e seis meses, através de modelagem estatística de grande escala e de baixa resolução, expressa através de desvios positivos ou negativos em relação ao comportamento médio passado.

Previsão de Tempo: descrição detalhada de ocorrências futuras esperadas. A previsão do tempo inclui o uso de modelos objetivos baseados em certos parâmetros atmosféricos, a habilidade e experiência de um meteorologista. Também chamada de prognóstico.

Primavera: estação do ano que se inicia quando o Sol se aproxima do solstício de verão e é caracterizada pelo aumento da temperatura nas latitudes médias. Isto ocorre nos meses de março, abril e maio no Hemisfério Norte e nos meses de setembro, outubro e novembro no Hemisfério Sul. Do ponto de vista astronômico, este é o período entre o equinócio de Inverno e o solstício de Verão.

Prismas de Gelo: queda de cristais de gelo não ramificados, em forma de agulhas, prismas ou escamas, muita vezes tão pequenos que parecem em suspensão no ar. Podem cair de uma nuvem ou de céu limpo.

Psicrômetro: instrumento utilizado na medição da umidade ou conteúdo de vapor de água da atmosfera. O princípio de funcionamento do psicrômetro para determinar a umidade do ar, baseia-se no fato de a evaporação provocar descida de temperatura. Consiste em dois termômetros: termômetro seco e termômetro molhado ou bolbo molhado.

Pulsação: Leves variações nas leituras do barômetro que são provocadas pelos ventos de rajadas ou pela oscilação de um navio.


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Q

Quase-Geostrófica: característica do escoamento planetário na qual os movimentos em um dado instante são muito geostróficos, porém a evolução dos movimentos com o tempo se devem aos movimentos ageostróficos que são pequenos. Os movimentos atmosféricos da escala sinótica nas latitudes médias da terra são essencialmente quasigestróficos. A teoria simplificada para estudar os sistemas de tempo que utiliza este fato é chamada teoria quasigeostrófica.

Queda Térmica: mudança de temperatura por unidade de altura.

Quociente Pluviométrico: razão da quantidade de precipitação coletada durante um mês, para uma quantidade que seria obtida se a quantidade anual média fosse igualmente distribuída sobre todo os dias do ano.

Quociente Termodrômico: quociente destinado a calcular o grau de influência continental ou oceânica.


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R

Rabo-de-galo: nome dado às nuvens cirrus em longas riscas delgadas.

Radar: instrumento eletrônico usado para detectar objetos a distância através da maneira como esses objetos propagam ou refletem ondas de rádio. Precipitação e nuvens são fenômenos detectáveis pela força dos sinais eletromagnéticos por eles refletidos. Radar de Doppler e Nexrad são alguns exemplos de radares.

No radar meteorológico são empregadas ondas eletromagnéticas de alta energia para se alcançar grandes distâncias. As ondas eletromagnéticas ao passarem por uma nuvem, causam em cada gota uma ressonância na freqüência da onda incidente, de modo que cada gota produz ondas eletromagnéticas, irradiando em todas as direções. Parte desta energia gerada pelo volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar volta ao prato do radar e sabendo-se o momento em que o feixe de onda foi emitido pelo radar e quanto tempo depois o sinal retornou, determina-se à distância do alvo ao radar. A intensidade do sinal de retorno esta ligada ao tamanho e distribuição das gotas no volume iluminado pelo radar.

Uma característica importante dos radares meteorológicos modernos é o software para tratamento do grande volume de dados de refletividade gerados. Esse software permite ter-se em tempo real o mapa de chuva a um nível de altura constante. Os dados de chuva na área do radar são interpolados num nível de altura constante entre 1,5 a 18,0 km de altura, numa área de 360x360 km, com uma resolução de 2x2 km. Esta resolução espacial eqüivale a ter-se 32400 postos pluviográficos numa área de 152.000 km2 aproximadamente.

A partir de dois CAPPIs distintos, separados por um intervalo de tempo variável entre 20 e 50 minutos, determina-se através de uma correlação espacial entre as taxas de precipitação observadas a velocidade do sistema. De posse da velocidade e da direção de deslocamento da chuva é possível extrapolar os campos de precipitação, no tempo e no espaço e, desta forma, obter a previsão para até 3 horas à frente da chegada do sistema, numa determinada área.

A qualidade dos dados do radar meteorológico é investigada constantemente, pois o equipamento é sensível e pode ser descalibrado por spanersos fatores. Nesse sentido é importante manter telepluviômetros para aferição.

Radar de Doppler: radar meteorológico que mede a direção e a velocidade de um objeto em movimento como gotas de precipitação, determinando se o movimento atmosférico se distancia ou se aproxima, horizontalmente, do radar. Os efeitos do radar de Doppler são usados para medir a velocidade das partículas.

Radarsonda: equipamento usado para determinação dos ventos em altitude por meio de radar.

Radiação: processo pelo qual a energia é propagada através de um meio qualquer, sob a forma de ondas. Pode ser exemplificada pela radiação eletromagnética que emite calor e luz, ou por ondas de som.

Radiação Solar: são ondas eletromagnéticas curtas emitidas pelo Sol responsáveis pelo aquecimento terrestre.

Radiância: quociente entre a intensidade observada num certo elemento de superfície, numa dada direção e a área da projeção ortogonal deste elemento de superfície num plano perpendicular àquela direção.

Radiofusão: difusão de rotina de informações meteorológicas para aeronaves em vôos.

Radiovento: equipamento usado para a determinação dos ventos superiores pelo rastreamento por meios eletrônicos de um balão livre.

Raio: descarga elétrica visível produzida em resposta à intensificação da diferença de potencial existente entre nuvem e solo; entre diferentes nuvens; dentro de uma única nuvem ou entre uma nuvem e o ar circunvizinho.

Raio Verde: coloração, predominantemente, verde de curta duração, muitas vezes em forma de clarão, vista no bordo extremo de um astro quando este desaparece no horizonte.

Rajada de Vento: aumento súbito e significativo ou flutuações rápidas da velocidade do vento. Ventos de cume têm que alcançar pelo menos 16 nós (28,8 quilômetros por hora) e a variação entre cumes e calmarias é de pelo menos 10 nós (18,4 quilômetros por hora). A duração normalmente é menor do que 20 segundos.

Razão Adiabática: índice de queda da temperatura com a elevação.

Recurvatura: mudança na trajetória de um ciclone tropical de seu movimento inicial normal para oeste, em seu movimento normal posterior para o pólo e para este.

Relâmpago: é a manifestação luminosa que acompanha a descarga momentânea entre duas nuvens com cargas elétricas ou entre uma nuvem e o solo.

Relâmpago de Calor: relâmpago à distância que pode ser observado como um breve aclaramento próximo do horizonte, do céu ou de uma nuvem.

Relâmpago Difuso: tipo de relâmpago associado a uma descarga inteira.

Relâmpago em Bola: bola de fogo que às vezes aparece após um relâmpago.

Relâmpago Foguete: clarão de relâmpago que dá a aparência de uma rápida progressão perceptível aos olhos tanto à trajetória principal como sua ramificação.

Remoinho: vórtice mais ou menos desenvolvido na atmosfera constituindo uma irregularide local do vento. Todo vento próximo ao solo contém remoinhos, os quais em certos lugares produzem rajadas e amainamentos.

Resolução: grade de precisão do modelo. Por exemplo, o modelo ETA considera detalhes de relevo e condições regionais de uma grade de 40 por 40km.

Ressaca: elevação do nível do mar, provocado por condições meteorológicas adversas.

Rotor: função vetorial que representa o grau de movimento do vórtice ao redor de um ponto.

Rua de Nuvens: nuvens dispostas em filas, sensivelmente, paralelas à direção do vento e parecendo convergir, devido ao efeito de perspectiva, para um ou dois pontos opostos no horizonte.


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S

Saffir-Simpson: a medida de intensidade de um furacão numa classificação de 1 a 5. O potencial de danos é baseado na pressão barométrica, na velocidade dos ventos e na elevação do nível do mar.

Saraiva: pedras de gelo mais ou menos ovais variando em diâmetro de 5 mm ou mais. Podem cair separadas ou em blocos irregulares. São compostas de gelo vidrado ou de camadas opacas e claras, alternadamente; originam-se nas nuvens cumulonimbus. As temperaturas a superfície são normalmente superiores a 0º C.

Satélite: o termo é freqüentemente usado para definir objetos fabricados pelo homem e que estejam na órbita da Terra de forma geo-estationária ou polar. Algumas das informações colhidas por satélites meteorológicos incluem temperatura nas camadas superiores da atmosfera, umidade do ar e registro da temperatura do topo das nuvens, da Terra e do oceano. Os satélites também acompanham o movimento das nuvens para determinar a velocidade dos ventos altos, rastreiam o movimento do vapor de água, acompanham o movimento e a atividade solar e transmitem dados para instrumentos meteorológicos ao redor do mundo.

Satélite de Órbita Polar: satélite cuja órbita inclui passagens sobre ambos os Pólos da Terra.

Saturação: condição que existe na atmosfera quando a tensão parcial exercida pelo vapor d'água presente é igual à máxima tensão possível à mesma temperatura.

Seca: clima, excessivamente, seco numa região específica. Deve ser, suficientemente, prolongado para que a falta de água cause sério desequilíbrio hidrológico.

Scud: nome dado geralmente às nuvens pequenas que, normalmente, aparecem abaixo das nuvens que estão precipitando.

Seiche: oscilações da superfície de um lago ou outro corpo menor de água, provocada por pequenos tremores de terra, ventos ou variações da pressão atmosférica.

Sensação Térmica: valor em graus que determina a sensação da temperatura ambiente, levando em consideração a intensidade do vento local.

Sereno: vapor atmosférico leve ou pouco espesso que se transforma em chuva finíssima.

Ship: dados coletados por navios em rota ou fixos.

Simum: vento quente e seco que sopra na direção norte nos desertos da Argélia, Síria e Arábia.

Sincelos: pequenas colunas de gelo pendentes, semelhantes a caramelos formadas pela congelação de água do orvalho ou neve derretida, que escorre da beira dos telhados ou de outros objetos sólidos quando a temperatura está abaixo da congelação.

Siroco: vento quente que sopra do mediterrâneo proveniente do deserto do Saara. O siroco alcança o norte da África ainda quente e seco, mas ao atravessar o Mediterrâneo torna-se úmido, chegando ao sul da Itália quente e úmido. É geralmente acompanhado por uma sensível diminuição de visibilidade.

Sistema Convectivos: mostra a previsão de curto prazo, horas de antecedência e a evolução dos sistemas convectivos. Este produto permite o acompanhamento da evolução dos sistemas convectivos, normalmente associados a fortes chuvas, bem como a intensificação e a direção que o sistema poderá seguir.

Sistema Frontal: sistema frontal clássico, geralmente, composto de frente fria, frente quente e centro de baixa pressão na superfície chamado ciclone.

Sistema de Pressão: caráter inspanidual em escala ciclônica da circulação atmosférica, comumente, usado para indicar tanto uma alta como uma baixa pressão e menos usado para indicar um cavado ou uma crista.

Sistema de Alta Pressão: é a região da relativa alta pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou mesmo nível de pressão.
*Condição de tempo associada a sistemas de alta pressão: as regiões de alta pressão, normalmente, mantêm o tempo estável pois estas regiões desfavorecem a formação de nuvens, porém quando o sistema de alta pressão em superfície traz ventos úmidos do oceano para o continente favorece a formação de nuvens do tipo Estrato e Estratocúmulo.

Sistema de Baixa Pressão: é a região da relativa baixa pressão em comparação com a vizinhança no mesmo nível horizontal ou mesmo nível de pressão.
*Condição de tempo associada a sistemas de baixa pressão: esta situação favorece a condição de tempo instável e a formação de nuvens do tipo cúmulo e cumulonimbo, porém pequenas regiões de ar subsidente num sistema de baixa pressão podem apresentar tempo bom.

Sistemas de Pressão Semi-Permanentes: sistemas de pressão e ventos relativamente estáveis e estacionários onde a pressão é predominantemente alta ou baixa com a mudança das estações. Não são sistemas de natureza transitória, como os sistemas de baixa pressão migratória que resultam das diferenças de temperatura e densidade. Exemplos disso são: o sistema de baixa pressão da Islândia e o sistema de alta pressão das Bermudas no Atlântico Norte.

Sistema Frontal: sistema de frente delineado sobre uma carta sinótica de superfície; mais particularmente, um completo sistema pertencente a uma depressão frontal especificada.

Sistema Nebuloso: grupamento distinto e durável de nuvens, geralmente, compreendendo spanersas zonas diferenciadas denominadas de "setores nebulosos", congregando-os de maneira característica e em cada um dos quais o aspecto geral do céu como um todo apresenta particularidades marcantes.

Sondagem: determinação de um ou vários elementos meteorológicos da atmosfera superior por meio de instrumentos transportados por balão, aeronave, papagaio (pipa) , planador, foguete, etc.

Sondagem da Baixa Troposfera: as sondagens da baixa troposfera dizem respeito as condições meteorológicas até a altitude de 3 mil metros, em geral, dando ênfase especial a camada limite.

Sub-polar: faixa de baixa pressão entre as latitudes de 50 e 70 graus norte e sul.

Sub-resfriado: condição em que o vapor d'água presente numa camada de ar estável é resfriado até o ponto de congelamento ou abaixo deste, sem se condensar.

Subsidência: movimento descendente do ar, freqüentemente, observado em anticiclones. Mais predominante quando o ar está mais frio e mais denso no alto. O termo é usado, geralmente, para indicar o oposto de convecção atmosférica.

Subtropical: faixa entre as latitudes de 20 e 50 graus norte e sul.

Superfície de Captação: extensão da superfície receptora de águas que alimentam uma parte ou a totalidade dos cursos d'água.

Surto: mudança geral na pressão atmosférica, aparentemente, superposta às variações diurnas normais e ciclônicas.

Synop: dados de estações de superfície coletados nos horários sinóticos, codificados e distribuído para os spanersos órgãos de meteorologia.

Swell: onda formada longe da rebentação, geralmente associadas a sistemas sinóticos como uma baixa pressão, com ventos fortes e que geram ondas com energia suficientes para "sair" da zona da geração (proximidades da baixa). Também é conhecido como marulho.


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T

Tábua das Marés e Fases da Lua: apesar destas serem informações astronômicas são de grande relevância nas previsões oceânicas, pois as condições de maré astronômica associadas a sistemas meteorológicos podem determinar condições de ressaca e transtornos as regiões costeiras.

Tampa: palavra muitas vezes usada para indicar o ponto de inversão de temperatura. O ar no ponto de inversão é mais quente e mais leve que o ar estável mais denso e mais frio abaixo, e assim ele age como uma tampa evitando que o ar inferior se eleve.

Tanque de Evaporação: evaporímetro composto de um tanque, cuba ou tina bastante profunda e de superfície bastante grande, nos quais se mede o abaixamento do nível da água sob a ação da evaporação.

Temperatura: uma das variáveis do estado de gás e diz respeito ao grau da agitação molecular. Para um gás ideal, temperatura está relacionada com pressão, o volume específico e a densidade. A temperatura é medida em graus Kelvin (K) ou Celsius (C) que possuem uma diferença constante de tal forma que 273,16K = 0° C.

Temperatura Média: média da leitura de temperaturas verificada num período específico de tempo. Freqüentemente, a média entre temperaturas máxima e mínima.

Tempestade: chuva provocada por sistemas de meso-escala com intensa atividade convectiva, normalmente, acompanhada de ventos fortes, trovoadas e descargas elétricas.

Tempestade Tropical: ciclone tropical, cujos ventos de sustentação na superfície são de no máximo, 62 quilômetros a 116 quilômetros por hora.

Temperatura do Ar: temperatura reinante em um ponto da atmosfera.

Temperatura Potencial: temperatura que a parcela do ar em questão atingiria se ela fosse deslocada adiabaticamente para um nível de pressão de referência, onde a temperatura no nível de pressão é constante do gás, o calor especifico do ar, a pressão constante.

Temperatura Virtual: temperatura que o ar seco teria para igualar a sua densidade com a densidade da parcela do ar em questão, em condições iguais de pressão. Como o ar úmido é mais leve que o ar seco em condições iguais de pressão.

Tempérie: estado da atmosfera segundo os spanersos graus de calor e umidade. Estado das condições meteorológicas num momento e lugar determinados.

Tempestade de Areia: areia levantada no ar por ventos fortes.

Tempestade de Gelo: intensa formação de gelo sobre objetos ocasionada pelo resfriamento.

Tempestade de Granizo: tempestades que ocorrem somente com a presença de grandes nuvens cumulonimbus e que são produzidas pelas rápidas correntes de ar ascendentes e descendentes que chegam a alcançar 30 ou 40 nós.

Tempo: conjunto de condições atmosféricas e fenômenos meteorológicos que afetam a biosfera e a superfície terrestre em um dado momento e local. Temperatura, chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade, etc., formam o conjunto de parâmetros do tempo.

Tempo Bom: esta é uma descrição subjetiva. Considerado como condições agradáveis do tempo, com respeito ao período do ano e à localização física.

Tempo Estável: tempo bom; condições de céu claro ou parcialmente nublado.

Tempo Instável: mau tempo; condições favoráveis para chuva.

Tempo Médio de Greenwich: nome usado pelas comunidades científicas e militares para definir às 24 horas do dia. O “Tempo Padrão” começa em Greenwich, Inglaterra, casa do Observatório Real, que primeiro utilizou este método de tempo mundial. Este é também o Principal Meridiano de Longitude. O globo é spanidido em 24 zonas de tempo de 15 graus de arco ou o tempo de uma hora, separadamente. Para o leste deste meridiano, as zonas de tempo de 15 graus de arco ou o tempo de uma hora, separadamente. Para o leste deste meridiano, as zonas de tempo vão de uma a doze horas, antecedidas pelo sinal de menos (-), pois o número de horas deve ser subtraído para se obter o Tempo de Greenwich (GMT). Para oeste, as zonas de tempo vão de uma a doze horas, mais são antecedidas pelo sinal de mais (+), indicando que o número de horas deve ser somado para se obter o GMT. Outros nomes para esta medida de tempo são: Coordenadas Universais do Tempo (UTC) e Zulu (Z).Observação: em meteorologia é a avaliação de um ou mais variáveis ou fenômeno meteorológico como, pressão, temperatura ou vento no intuito de descrever o estado da atmosfera.

Tempo Severo: geralmente, qualquer evento destrutivo do tempo mas, normalmente, se aplica a tempestades localizadas, nevascas, temporais intensos com trovoadas ou tornados.

Tendência Geopotencial: variação do geopotencial com tempo em um dado local. A equação da tendência geopotencial é uma importante ferramenta para previsores de tempo.

Termociclogênese: formação de uma depressão ou de um anticiclone na parte inferior da troposfera, causada segundo a teoria concernente, pelas variações de pressão na tropopausa superior e na estratosfera interior e pelas variações de temperatura nas camadas baixas.

Termôgrafo: instrumento que permite um registo contínuo da temperatura num papel.

Termômetro: instrumento usado para medir a temperatura. As diferentes escalas usadas em meteorologia são: Celsius, Fahrenheit e Kelvin ou Absoluto.
Termômetro Seco: termômetro usado para medir a temperatura do ar. Um dos dois termômetros que compõem um psicrômetro.

Terral: vento que sopra da Terra, brisa terrestre.

Topo: superfície bem definida criada por uma formação meteorológica qualquer cobrindo 4/8 do céu, acima da qual existe visibilidade ilimitada, horizontal e vertical.

Tormenta: Súbita tempestade de breve duração bastante afim a uma trovoada, mas não, necessariamente, acompanhada de trovão. Duração mais longa que de uma rajada.

Tornado: uma coluna giratória e violenta de ar que atinge a superfície. Um tornado, raramente, dura mais do que uma hora e, freqüentemente, ocupa uma área de dois quarteirões de cidade. Quando se forma sobre superfícies líquidas, são menos intensos e com menores dimensões e conhecidos como tromba d’água por levantar uma coluna de água.

Torvelinho: diminuto de tornados que ocorrem em ar seco e com falta de nuvens e chuva.

Trajetória: caminho seguido por um corpo ou parcela do fluido ao se movimentar no espaço.

Transmissão: propagação da energia ou do calor de um lugar para o outro.

Trend: termo de uso internacional indicativo das previsões do tipo tendência para pouso de aeronaves.

Tromba d'água: tornado que ocorre sobre a água. A tempestade eleva para a atmosfera a água da superfície. Uma tromba d’água em geral desaparece quando encontra terra.







Trópicos Meteorológicos: dois cinturões bem definidos de alta pressão barométrica, que circundam completamente a Terra.







Trovão: som emitido pela rápida expansão de gases ao longo da descarga elétrica provocada pela passagem de um relâmpago. Acima de 3/4 da descarga elétrica do raio, o trovão aquece os gases da atmosfera, dentro e imediatamente em torno deste canal. As temperaturas podem chegar a mais de 10 mil graus Celsius em fração de segundos, resultando numa violenta onda de pressão composta de compressão e rarefação.

Trovoada: combinação de trovão e relâmpago com ou sem chuva.

Tufão: nome atribuído a um ciclone tropical com ventos contínuos de 118 quilômetros por hora, ou mais, e que costuma acontecer no oeste do Oceano Pacífico Norte. Este mesmo ciclone tropical recebe o nome de furacão no leste do Pacífico Norte e no norte do Oceano Atlântico e é chamado de ciclone no Oceano Índico.

Turbidez: redução da transparência da atmosfera provocada pela absorção e dispersão da radiação por partículas líquidas ou sólidas mantidas em suspensão e que não sejam nuvens.

Turbulência: movimentos irregulares e instantâneos do ar, compostos de vários pequenos rodamoinhos que se deslocam no ar. A turbulência atmosférica é causada por flutuações fortuitas no fluxo do vento. Pode decorrer de uma corrente térmica ou de correntes convectivas, diferenças de terreno e velocidade do vento ao longo de uma zona fronteiriça ou da variação de temperatura e pressão.

Tremulina: agitação aparente dos objetos à superfície do Globo, quando vistos na horizontal. Ocorre, principalmente, em Terra quando o Sol está muito brilhante. É devido a flutuações de curto período no índice de refração das camadas superficiais da atmosfera.

Twister: nome utilizado nos Estados Unidos para tornado.


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U

Udógrafo: são udômetros utilizados de modo a fornecer um registo contínuo da precipitação.

Udômetros: instrumento mais simples de medir a precipitação da chuva. A quantidade de precipitação que se encontra no recipiente é medida em intervalos de tempo regulares.

Umidade: quantidade de vapor de água no ar. É, freqüentemente, confundido com umidade relativa do ar ou ponto de condensação. Tipos de umidade incluem: umidade absoluta, umidade e umidade específica.

Umidade Relativa: relação entre a umidade existente no ar e a temperatura.


Unidades: são medidas padrões das variáveis do estado e de movimento dos fluidos, corpos e matéria em geral. As unidades básicas padrões usadas são metro, quilograma, segundo e graus Celsius e Kelvin.

Updrafts: movimento ascendente e muito rápido de colunas de ar para altitudes de 180 mil metros. Este fenômeno ocorre num furacão.

UTC: tempo médio de Greenwich.


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V

Vapor de Água: água em forma gasosa. É um dos componentes mais importantes da atmosfera. Devido ao seu conteúdo molecular, o ar que contém vapor d'água é mais leve que o ar seco. Isto contribui para que o ar úmido tenda a elevar-se na atmosfera.

Velocidade Angular: taxa de variação do ângulo com o tempo em um movimento rotacional.

Velocidade de Fase: velocidade com que as cristas e cavados de uma onda inspanidual deslocam no espaço.

Velocidade de Grupo: velocidade com que os pacotes de ondas movimentam no espaço. Ao contrário das velocidades de fase, as velocidades de grupo nas três direções formam um vetor.

Velocidade Vertical: componente vertical do movimento de uma parcela do ar. Sua intensidade é fraca em comparação com os componentes horizontais de movimento.

Velocidade do Vento: quantificação do movimento do ar numa unidade de tempo. Pode ser medida de vários modos. Quando está em observação, é medida em nós ou milhas náuticas por hora.

Ventania: vento numa velocidade entre 34 a 40 nós.

Vento: parte horizontal do movimento das parcelas de ar.

Vento Ageostrófico: diferença entre o vento e o vento geostrófico. Esta parte do vento é spanergente e pequeno em magnitude em relação ao vento geostrófico.

Vento Catabáticos: são ventos que se precipitam pelas encostas inclinadas das montanhas para os vales. É o oposto de ventos Anabáticos.

Ventos alísios: ventos fortes derivados do movimento de rotação da Terra, posicionados próximos ao Equador.

Vento Geostrófico: definido como vento uniforme e estacionário tangencial às isóbaras retas e paralelas em uma atmosfera sem atrito. É proporcional ao gradiente de pressão. A força de Coriolis atua para a esquerda e a força do gradiente de pressão atua para a direita do vento geostrófico no Hemisfério Sul. As duas forças estando em perfeito balanço, as parcelas do ar não sofrem aceleração. Longe de superfície e barreiras orográficas e longe dos centros de pressão, onde as isóbaras apresentam grandes curvaturas, o vento observado na escala sinótica nas latitudes médias é aproximadamente geostrófico.

Vento Gradiente: é o movimento curvilíneo estacionário tangencial às isóbaras paralelas com curvatura das parcelas do ar sem atrito. As três forças que atuam sobre as parcelas do ar, gradiente de pressão, Coriolis e centrípeta, mantém um perfeito balanço e as parcelas não sofrem aceleração da magnitude do vento gradiente. Em volta de centros de baixa pressão o vento gradiente é maior que o vento geostrófico e em volta dos centros de alta pressão o vento gradiente é menor que o vento geostrófico.

Vento Térmico: vento geostrófico na base e no topo de uma camada atmosférica. A variação do vento geostrófico com altura se deve ao gradiente térmico na horizontal.

Vento de Leste: normalmente, aplicado aos largos padrões de ventos persistentes com um componente de leste como os ventos convergentes do leste.

Ventos do Oeste: normalmente, aplicado aos largos padrões de ventos persistentes com um componente oeste. É o movimento atmosférico persistente dominante, centrado sobre as latitudes médias de cada Hemisfério. Quando estão próximos da superfície da Terra, os ventos do oeste se estendem de aproximadamente 35 até 65 graus de latitude. Nos níveis mais altos eles se estendem na direção dos pólos e do equador.
Ventos Convergentes: dois cinturões de ventos persistentes, originários de alta pressão subtropical central, que sopram do leste na direção da cavada equatorial. Basicamente, são ventos de nível mais baixo caracterizados por um grande poder de direção. No Hemisfério Norte, os ventos convergentes sopram do nordeste e no Hemisfério Sul, sopram da direção sudeste.

Veranico: período maior do que cinco dias com ausência de chuva, baixa umidade relativa do ar e temperaturas máximas elevadas, ocorre durante o inverno devido ao predomínio de uma massa de ar seco.

Verão: do ponto de vista astronômico é o período entre o solstício de verão e o equinócio do outono. É caracterizado pelas temperaturas mais quentes do ano, exceto em algumas regiões tropicais. Isto ocorre durante os meses de junho, julho e agosto no Hemisfério Norte, e durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro no hemisfério Sul.

Vetor Q: indica a direção do movimento ageostrófico na baixa troposfera e aponta para a região de ascenso.

Véu de Nuvens: lençol de nuvens, completamente transparente, o que permite a perfeita localização do sol ou da lua.

Visibilidade: medida da capacidade de se avistar e identificar um objeto a distância. A visibilidade mencionada em um boletim meteorológico constitui na distância horizontal para um observador na superfície na qual um objeto específico pode ser visto e identificado.

Virga: precipitação pequena e rápida produzida pelas nuvens e que contém água ou partículas de gelo, mas que evapora antes de alcançar o chão. Vista a distância, pode às vezes, ser confundida com uma nuvem em forma de funil ou tornado. Em geral é produzida por nuvens do tipo altocúmulo, altoestrato, ou cúmulosnimbos de grandes altitudes.

Visibilidade Meteorológica: distância máxima a que se pode ver e identificar contra o céu no horizonte um objeto negro de dimensões convenientes.

Volume Específico: volume de um gás por massa unitária. O volume específico da água em condições normais é de 1 litro por quilograma.

Vórtice: movimento circular assumido pelo fluido, aparecendo na forma de um funil.

Vorticidade: estabelece um campo vetorial que dá a medida microscópica de rotação em cada ponto do fluído. É um campo vetorial definido como rotacional da velocidade.

Vorticidade Absoluta: dada pelo rotacional da velocidade absoluta. Em meteorologia dinâmica em grande escala, geralmente está interessado somente com o componente vertical da vorticidade absoluta.

Vorticidade Potencial: definida como o produto da vorticidade absoluta e a estabilidade estática

Vorticidade Relativa: dada pelo rotacional da velocidade relativa. Em meteorologia dinâmica em grande escala, geralmente está interessado somente com o componente vertical da vorticidade relativa.


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W

Williwaw: nome dado ao vento no Alaska que sopra fortes rajadas de ar frio, misturado com chuva e neve, e dura apenas um ou dois minutos. É, normalmente, acompanhado por uma parede de nuvens escuras e um aguaceiro tempestuoso.
Williy-Willies: nome dado na Austrália para furacões.


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Z

ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul: região com muitas nuvens associadas a chuvas ora forte ora intermitente que persiste por no mínimo quatro dias e podem causar grandes transtornos como alagamentos, desabamentos e transbordamento.

Zona de Auroras: região ao redor de ambos os pólos magnéticos dentro da qual a aurora é mais freqüente e ativa.

ZCIT - Zona De Convergência Intertropical: área de ventos convergentes nos Hemisférios Norte e Sul, geralmente, localizada a 10 graus entre o norte e o sul do Equador. É uma extensa área de baixa pressão atmosférica onde, tanto o efeito Coriolis como o declínio da baixa pressão atmosférica estão enfraquecidos permitindo, ocasionalmente, a formação de perturbações tropicais.

Zona Frontal: camada atmosférica de transição que separa duas massas de ar e na qual as propriedades são intermediárias entre as massas de ar envolvidas.

Zonda: é o nome dado ao vento seco e quente que, ocasionalmente, sopra de Oeste nas cordilheiras das montanhas nos Andes, descendo pelo lado da cordilheira resguardado do vento.

Zulu - Coordenadas do Tempo: um dos vários nomes para às 24 horas do dia, usado pelas comunidades científicas e militares. Outros nomes para esta medida de tempo são Coordenadas Universais do Tempo (UTC) e Tempo Médio de Greenwich (GMT).


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